Mês: agosto 2024

Justiça determina bloqueio de bens de Jair Bolsonaro por dívida bancária de R$ 360 mil

Decisão foi tomada após diversas tentativas de intimar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Justiça do Distrito Federal determinou nesta sexta-feira (23) a apreensão dos bens de Jair Renan Bolsonaro por uma dívida bancária de R$ 360 mil. A decisão foi tomada após diversas tentativas de intimar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação é movida pelo Santander, que cobra o pagamento de de um empréstimo obtido junto à instituição financeira.

Proferida pela 1ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília, a decisão atende a um pedido feito pelo banco na última segunda-feira, 20, uma semana depois de Jair Renan declarar patrimônio de cerca de R$ 42 mil ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — o 04 é candidato a vereador em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

Justiça tenta intimar Jair Renan
Em 24 de maio, o banco recorreu à Justiça e solicitou a expedição de um novo mandado de intimação para o atual endereço de Jair Renan. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro está morando, desde março passado, em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

A solicitação com o novo endereço ocorre após tentativas frustradas de localizar Jair Renan. Até então, um oficial de Justiça vinha tentando encontrar o 04 no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, local onde funcionava a sede da Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia.

Também houve uma tentativa, frustrada, de intimar Jair Renan em uma casa no Lago Sul de Brasília. Esta ocorreu no dia 16 de maio, mas novamente o oficial de justiça não conseguiu encontrar o filho do ex-presidente.

A defesa de Jair Renan não se pronunciou.

Dívida de R$ 360 mil
Jair Renan Bolsonaro e a empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia são cobrados por uma dívida de R$ 360.241,11. O banco acusa o 04 de não cumprir um acordo firmado em junho de 2023.

À época, o filho do ex-presidente reconheceu dívida e fez acordo para o parcelamento de R$ 291 mil, com promessa de pagamento em 60 meses, até 2028. Jair Renan, no entanto, não depositou nenhuma parcela.

Réu
Em 25 de março, a Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e tornou réus Jair Renan Bolsonaro e outras cinco pessoas. Todos são acusados de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A decisão é da 5ª Vara Criminal.

A denúncia acusa o filho do ex-presidente Bolsonaro e outros réus, incluindo o seu ex-instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho, de forjar declaração de faturamento da RB Eventos e Mídia, de Jair Renan.

*ICL

O que fez Pablo Marçal desabrochar é o mesmo que fará murchar

O tirocínio de Pablo Marçal é falso, a começar pelo seu slogan, mostrando que teve que plagiar Lula “faz o L” com o “faz o M”.

Isso foi de uma ousadíssima burrice, já que o camarada se vendeu até então como alguém que troca pneu de carro em movimento, conserta turbina, no ar, de avião em queda, e por aí vai.

Lógico, o que ficou claro é que o sujeito não sabe nada de coisa nenhuma e, simplesmente nada responde a qualquer pergunta de outros candidatos.

Mas, para isso, há limites. Na verdade, ele está numa rua sem saída, utilizando truques baratos que lhe custarão a própria cabeça.

E aqui nem estamos falando na sua ficha corrida na bandidagem, que pode lhe custar a liberdade.

A ideia de ressurgimento de alguém da direita que possa rivalizar com Lula, é tudo o que sonha parcela da sociedade que, comandada pela oligarquia, mantém acesa uma chama de ódio racial e social, o que sustentou Bolsonaro até aqui.

De um lado, Marçal está tomando o lugar de Bolsonaro, que é, em última análise, um perdedor. Jamais seria presidente se não fosse a fraude montada por ele e Moro, para prender Lula sem prova e ele se torna presidente.

Tanto isso é verdade que, com a máquina nas mãos, utilizando as sujeiras mais vis e copiando até programas sociais de Lula, como o Bolsa Família, que ele tanto odiava, Bolsonaro perdeu para Lula, numa derrota acachapante, porque, como já disse, ele estava com a faca e o queijo nas mãos, ou seja, o cofre e as instituições, que davam a ele um sentimento infinito de poder .

Tudo baseado em atos artificiais que foi interpretado por ele como um poder supremo.

Por isso, é muito cedo para opinar sobre a apoteose falaciosa de Marçal, até porque todos sabem que, em matéria de sujeira, o coach de coisa nenhuma não colocará freios em suas práticas, o que certamente deixará os demais candidatos em posição de bate pronto para devolver-lhe uma fala na mesma moeda.

Vídeo: Tabata aponta ligações de Marçal com o tráfico de drogas

Em peça de campanha, a candidata a prefeita de São Paulo escancara o relacionamento de Pablo Marçal e seu entorno com o PCC.

Candidata a prefeita de São Paulo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) divulgou nas redes sociais na noite desta quinta-feira (23) uma peça de campanha em que escancara as ligações do ex-coach Pablo Marçal, também candidato a prefeito da capital paulista, com o PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior organização criminosa do Brasil.

Tabata cita no vídeo Renato Cariani, Leonardo Avalanche, André do Rap, ‘Piauí’, Valquito, Escobar, Júlio César Pereira (o ‘Gordão’) e Francisco Chagas de Souza (o Coringa): “tem uma figura que liga todos esses elementos”, diz a candidata, mostrando uma foto de Marçal em seguida. Assista:

Bolsonaro bebe do próprio veneno e descobre, com Marçal, que não detém o monopólio do fascismo

Se fosse uma ação na bolsa, o ex-presidente estaria em queda livre.

A disparada do ex-coach Pablo Marçal na pesquisa Datafolha em São Paulo comprovou o que muitos já começavam a intuir: a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro na política brasileira é cada vez menor. Isso já era óbvio pelo desempenho pífio de seu candidato Alexandre Ramagem, na cidade do Rio de Janeiro, e ficou escancarado com a baixa transferência de votos para o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Mais do que isso, Marçal comprovou de vez que é possível liderar o fascismo tupiniquim sem a bênção do patriarca. Basta ser tão ou mais abjeto do que o chamado “mito” – o que Marçal consegue ser sem muito esforço.

É isso que explica a revolta de Jair e seus filhos com o ex-coach. Com a onda Marçal, eles já começam a se ver como bagaços chupados da laranja mecânica do fascismo. Já tem até bilionário, como Hélio Seibel, acionista da Klabin e da Leo Madeiras, financiando abertamente a concorrência. Se fosse uma ação na bolsa de valores, Jair Bolsonaro, incomível, imbrochável mas sobretudo INELEGÍVEL, estaria hoje em queda livre. Ele não é mais necessário para a continuidade do fascismo. Qualquer um, com apoio de bilionários e alguma capacidade de comunicação, pode aparecer do nada prometendo acabar com o comunismo imaginário dos adversários. A “ação Bolsonaro” ficou tão desvalorizada que periga até o procurador-geral Paulo Gonet despertar do sono profundo e apresentar as primeiras denúncias criminais contra o ex-presidente.

O fenômeno Marçal também traz lições para o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do MDB. Seu maior erro estratégico foi submeter sua campanha aos caprichos do bolsonarismo. Aceitou um vice imposto pelo ex-presidente e rebaixou sua campanha para receber o apoio de um político que está prestes a ser indiciado por vários crimes. Tudo porque tinha medo de que Bolsonaro apoiasse o deputado Ricardo Salles (PL-SP) para a prefeitura de São Paulo. Agora, em terceiro lugar na disputa, ainda que o Datafolha aponte um possível empate técnico, Nunes terá que fingir ser ainda mais bolsonarista – o que pode afundar ainda mais sua campanha. Teria sido muito melhor para ele apostar na própria gestão, como fazem por exemplo Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, e João Campos, em Recife, em vez de nacionalizar a disputa como se o paulistano estivesse diante de um terceiro turno da disputa entre o presidente Lula e Bolsonaro.

Para Guilherme Boulos, candidato do Psol com apoio do PT, a erosão do bolsonarismo pode ser uma boa notícia, ainda que Marçal pareça ser um candidato mais perigoso e disruptivo. Além de consolidar a transferência dos que votaram no PT em 2022, uma vez que tem menos votos em São Paulo do que o presidente Lula registrou dois anos atrás na cidade, ele deve começar a costurar desde já o apoio, no segundo turno, de nomes como Tabata Amaral, do PSB, e de José Luiz Datena, do PSDB. A propósito, o fiasco de ambos também simboliza a decadência, de um lado, do poder do capital, que apoia Tabata, e de outro, da mídia tradicional, representada pelo apresentador da Band.

A boa notícia, para o Brasil, é que a franquia Bolsonaro poderá aos poucos desaparecer, a partir da eventual derrota nas eleições municipais. A má notícia é a de que o fascismo sempre se reinventa, com novos atores. E como todos os fascistas são “libertários” a serviço do grande capital, eles não podem reclamar por terem perdido o monopólio da canalhice. Bolsonaro perdeu tanto valor que já pode até ser preso.

*Leonardo Attuch/247

Do picadeiro midiático de Joaquim Barbosa ao banditismo de Pablo Marçal

Pela ficha corrida do rapaz, não há qualquer “obra de arte” no mundo do crime que Pablo Marçal não possa arquitetar para ampliar suas chances como candidato a prefeito de São Paulo, o que, de cara, transforma Bolsonaro num finado vivo.

O estilo do sujeito é este, o de confronto com a realidade, com a racionalidade ou qualquer coisa perto do civilizatório.

A cena de sua exploração religiosa com uma mulher cadeirante, é de um filme de terror. Mas o camarada não se intimida, assim como ele, sabendo que toda aquela fala não passava de charlatanismo em estado puro, ele, de alguma forma, culpava a cadeirante por não acontecer a cura prometida.

O sujeito tem sangue frio e disposição de um cangaceiro novo aonde não há limite para a barbárie nas suas aventuras criminosas.

De pronto, o que se pode dizer, é que Bolsonaro já virou um ex-mito para aqueles que, agora, consideram Marçal o novo deus da estupidez nacional.

Se Bolsonaro ainda não virou um Aécio, ou seja, politicamente morto-vivo, certamente, está a passos bem mais largos para isso.

Mas é bom lembrar que tudo isso começou quando a direita, associada à mídia, produziu a farsa do mensalão, tendo Joaquim Barbosa como protagonista daquele festival de horrores, que tinha objetivo primeiro, tirar Zé Dirceu da sucessão natural de Lula e, junto, outro ícone do PT, José Genoíno, que precisou ir também para a fogueira do torquemada para ser filmado pelas lentes da Globo, por vários ângulo para causar maior impacto possível contra o Partido dos Trabalhadores.

A Globo, que é o maior partido da oligarquia nacional, que carrega o DNA escravocrata, tem ódio visceral de trabalhadores, de pobres e, sobretudo, de negros.

Seria preciso cortar o “mal pela raiz”, tudo sintonizado com o pensamento, o sentimento e as práticas da direita nacional.

O resultado dessa monumental estupidez, comandada à época pelos tucanos, foi a autodestruição, a chegada de Bolsonaro ao poder e, agora, alguém que dobra as fichas num tipo ainda mais marginal, porque acha friamente que é esse o melhor caminho para se chegar ao poder diante de uma parcela da sociedade que foi imbecilizada pela grande mídia.

Lógico, há um filão de aspectos que corroboraram com isso. Mas a essência do fascismo, cada dia mais delinquente no Brasil, tem como semente a mídia que se confunde com o que existe de pior na oligarquia nativa.

Ainda está muito longe de Pablo Marçal obter êxito na sua caminhada, sobretudo se ela não for decapitada pelo passado criminoso do coach dos idiotas.

A conferir.

As cirices de Cirão das massas

Ciro Gomes, como se sabe, é um político samambaia, já que, de eleição em eleição, cresce para baixo, justamente porque é um problema, não consegue alimentar com qualquer referência que o boquirroto triunfalista arrota.

Ciro sempre foi um blefe, um playboy, um tolo, por isso só ladra dentro de um quadrado que já está sacramentado,

Esse novo estágio pró-extrema direita é uma adubação química que já rondava as ideias de quem sempre teve a esquerda como inimiga, arando um terreno reacionário para ver se, esbofeteando a própria produção de slogans de uma vida inteira, consegue morder algumas coisas pelas beiradas.

Na verdade, Ciro entrou no jogo de apoiar a Folha e o Glen Greenwald contra Alexandre de Moraes para condensar cálculos que possam obstruir o crescimento da popularidade de Lula, usando Bolsonaro como muralha de titica.

Na realidade, isso só mostra fraqueza de quem nunca teve luz própria e, agora, acentua claramente que sempre foi um político que emergiu de um tubo de vidro e que terminou sem nunca ter começado.

Suas falas serão sempre de efeito, sem qualquer consequência real para a vida nacional.

Suspeita de participação da Polícia Civil de SP motivou abertura de inquérito envolvendo ex-assessor de Moraes

Celular de Tagliaferro ficou seis dias na delegacia quando ele foi preso por violência doméstica.

A suspeita de envolvimento da Polícia Civil de São Paulo no vazamento de mensagens motivou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abrir um inquérito para apurar o caso, segundo fontes próximas a ele.

A desconfiança do ministro se deve ao fato de o celular do perito Eduardo Tagliaferro, ex-chefe de Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ter ficado seis dias retido na delegacia em 2023.

Foi o período durante o qual Tagliaferro ficou preso, após um flagrante por violência doméstica. Na ocasião, o celular ficou sob custódia da Delegacia Seccional de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

O inquérito foi aberto depois de o jornal Folha de S.Paulo revelar que Moraes fugiu do rito ao ordenar ao TSE, de modo informal, relatórios sobre alvos do inquérito das fake news, que tramita no Supremo.

Morars afirma não haver ilegalidade nisso. Os ministros do STF Flávio Dino, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia, além da Procuradoria-Geral da República, defenderam publicamente o colega.

Uma das primeiras medidas tomadas no âmbito do inquérito foi a intimação de Tagliaferro para prestar depoimento à Polícia Federal. A oitiva está marcada para a manhã desta quinta-feira (22).

Paralelamente, a própria Polícia Civil instaurou um procedimento interno na sua Corregedoria para apurar a suposta participação do seu quadro de pessoal nos vazamentos.

Os mistérios por trás da riqueza de Pablo Marçal, por Luís Nassif

Marçal alegou ter indicações de que entrou na mira do COAF, esbravejou contra as autoridades e abriu a possibilidade de sair do país.

Vamos a alguns dados biográficos de Pablo Marçal.

1 – Ele atua em um setor propício para lavagem de dinheiro.
Não estou afirmando que ele lava dinheiro, mas que o setor é propício.

A lavagem de dinheiro ocorre em setores onde não há referências maiores sobre os preços praticados. Nos setores tradicionais da economia, há uma relação entre o custo de produção e o preço de venda. Em mercados organizados, há as cotações em bolsa. Empresas do setor real têm balanço com registro de todos os dados de sua atividade.

A lavagem de dinheiro ocorre em setores onde é difícil mensurar preço ou faturamento. Por exemplo, leilões de artes, passes de jogador de futebol, moedas digitais e faturamento na Internet.

Não há nenhuma indicação mais precisa sobre a origem do faturamento de Pablo Marçal. Nas últimas eleições, a Polícia Federal foi atrás das empresas mencionadas na declaração de renda do candidato. Todas ocupavam a mesma sala em um escritório de Barueri, tinham o mesmo contador e nenhuma estrutura física.

2 – Ele está cercado de pessoas suspeitas de ligações com o tráfico.

A lavagem de dinheiro ocorre em setores onde não há referências maiores sobre os preços praticados. Nos setores tradicionais da economia, há uma relação entre o custo de produção e o preço de venda. Em mercados organizados, há as cotações em bolsa. Empresas do setor real têm balanço com registro de todos os dados de sua atividade.

A lavagem de dinheiro ocorre em setores onde é difícil mensurar preço ou faturamento. Por exemplo, leilões de artes, passes de jogador de futebol, moedas digitais e faturamento na Internet.

Não há nenhuma indicação mais precisa sobre a origem do faturamento de Pablo Marçal. Nas últimas eleições, a Polícia Federal foi atrás das empresas mencionadas na declaração de renda do candidato. Todas ocupavam a mesma sala em um escritório de Barueri, tinham o mesmo contador e nenhuma estrutura física.

“Polícia Civil investiga a participação de dois antigos homens de confiança do presidente nacional da legenda do ex-coach em operações da facção criminosa, como financiamento do tráfico, fraudes imobiliárias e até mesmo controle de uma casa de prostituição; acusados alegam inocência”

Em seu canal, Renato Cariani – fisiculturista acusado de ligações com o tráfico – anunciou uma sociedade com Pablo Marçal.

Mantém relações estreitas com Angola, que se tornou um centro de contrabando de diamantes e de lavar dinheiro através de redes internacionais, além de ser rota da cocaína da América do Sul destinada à Europa. Antes dele, esteve em Angola a Igreja Universal do Reino de Deus, sendo expulsa por acusações de irregularidades financeiras. Até agora, não há informação de que Marçal esteja envolvido em malfeitos por lá. Mas também mantém profunda admiração pela Universal.

Nas suas últimas lives, Marçal alegou estar recebendo indicações de que entrou na mira do COAF (Conselho para Controle de Atividades Financeiras), esbravejou contra as autoridades e abriu a possibilidade de sair do país.

Pode ser mais uma maneira de ganhar engajamento. Pode ser também que seus arroubos e suas proezas econômicas tenham, finalmente, chamado a atenção das autoridades.

*GGN

Pablo Marçal e a cocaína: articuladores de sua campanha trocaram carros de luxo pela droga para o PCC

Informações constam de inquérito da Polícia Civil de São Paulo.

Integrantes do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), relacionados ao presidente nacional Leonardo Avalanche e ao influenciador digital Pablo Marçal, são investigados por supostamente trocar carros de luxo por cocaína, destinada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação, conduzida pela Polícia Civil, envolve Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB, e Júlio César Pereira, conhecido como Gordão, segundo informa o jornal Estado de S. Paulo.

Os suspeitos, que negam envolvimento com o crime organizado, foram ligados a negociações que supostamente financiaram o tráfico de drogas, gerando lucros significativos. Os eventos desencadearam com a apreensão de armas e drogas em posse de Francisco Chagas de Sousa, apelidado de Coringa, em agosto de 2020. Os investigadores descobriram que Coringa agia no tráfico interestadual, usando veículos como pagamento de drogas.

Em 30 de julho de 2020, Gordão teria solicitado a Coringa auxílio para vender um veículo BMW X5, mencionando que Escobar explicaria o negócio. Essas transações são parte de um esquema que inclui a venda de drogas e a divisão de lucros entre os envolvidos, conforme relatórios da polícia.

Adicionalmente, foram encontradas evidências de atividades criminosas em um telefone celular de Gordão, com conversas que indicavam o controle de membros da facção e a coordenação de punições. A investigação continua em andamento, com novas descobertas sendo reveladas periodicamente.

Embora Marçal tenha levantado acusações sem provas contra o psolista Guilherme Boulos sobre uso de cocaína, é a sua campanha que se vê cada vez mais envolvida com o tráfico de drogas e com o crime organizado.

Áudios obtidos pela PF mostram que Pablo Marçal participava de esquema de golpes bancários

O bolsonarista capturava e-mails para atrair as vítimas do esquema.

Áudios obtidos pela Polícia Federal mostram o bolsonarista Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, conversando sobre a captura de endereços de e-mails que foram usados para atrair vítimas de um esquema de golpes bancários, informa o Globo. A conversa foi utilizada pela Justiça para fundamentar a condenação de Marçal por integrar o grupo criminoso. No entanto, a pena dele foi extinta por prescrição do processo.

A quadrilha disparava e-mails com assuntos chamativos, como avisos falsos de inadimplência e irregularidades no CPF, para atrair vítimas e ter acesso a senhas. Segundo a sentença, Marçal era o encarregado de capturar listas de e-mails para que o grupo que o contratou infectasse o computador das vítimas com programas invasores.

Em um dos áudios, o ex-coach conversa com acusado de liderar o grupo sobre a seleção dos e-mails. Um programa era usado para captar as contas que eram de fato acessadas pelos usuários, aumentando a chance de as vítimas clicarem nos links maliciosos. “Quero ver a produção de e-mail capturado. Aqueles e-mails que você capturou no primeiro dia não estavam bons”, disse o chefe do grupo.

Em resposta, Marçal perguntou se ele próprio não poderia disparar os e-mails. “Não tem jeito de eu enviar de lá (endereço onde o grupo se reunia)? Eu mesmo pôr para enviar os que eu estou pegando?”, questionou. O líder recusa a oferta e pede para Marçal apenas “capturar os e-mails”.

A sentença ainda cita outros seis áudios que comprovam a participação de Pablo Marçal no esquema. Em um deles, o ex-coach afirma que está compactando os e-mails capturados para enviá-los ao líder do grupo, e diz que dois computadores estão capturando os endereços eletrônicos e outros dois estão enviando as mensagens.

Outro diálogo mostra o comandante do esquema dando orientações a Marçal sobre como fazer a seleção dos e-mails para evitar endereços inativos. O ex-coach responde que “vai fazer isso”.