‘Um novo começo para os povos indígenas e o Brasil’, diz Lula sobre retorno do manto Tupinambá

Presidente participou da celebração do retorno do manto sagrado Tupinambá ao Brasil, no Rio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou nesta quinta-feira (12) o retorno, após séculos, do manto sagrado Tupinambá, que estava na Dinamarca, ao Brasil, afirmando que o momento é crucial para refletir sobre o drama que atinge a população indígena brasileira desde os anos 1500.

Durante a celebração do retorno do manto sagrado Tupinambá ao Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), Lula lamentou a escravização dos povos indígenas pelos colonizadores e afirmou que a chegada do objeto representa um “momento especial não só para os indígenas, mas para a história de todos os brasileiros e brasileiras”.

“O retorno do manto sagrado Tupinambá é um marco e um começo de uma nova história de conquista dos povos indígenas”, afirmou Lula.

O evento ocorreu sob críticas, com os indígenas reclamando do fato de não terem acompanhado o processo de chegada do objeto ao Brasil. Em seu discurso, o presidente Lula ressaltou a importância das críticas e afirmou que seu governo busca representar os povos indígenas, ao contrário do governo anterior.

O manto sagrado Tupinambá foi devolvido ao Brasil após 300 anos na Dinamarca. Cada um dos mantos é um tesouro inestimável. Eles são feitos de penas brilhantes, e são considerados um dos artefatos mais preciosos já produzidos pelos povos indígenas das Américas. A peça foi doada ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro. As negociações pela repatriação envolveram a embaixada brasileira em Copenhague, o Museu Nacional do Brasil e o Museu Nacional da Dinamarca.

No entanto, o presidente também afirmou que gostaria que o manto ficasse na Bahia, e pediu ao governador Jerônimo Rodrigues que criasse um espaço onde ele possa ser exibido e preservado.

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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