Ano: 2024

Lula diz que imposto mínimo sobre milionários vai custear isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil: “Temos que tirar de alguém”

“Salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação, esse sim deveria pagar Imposto de Renda”, disse o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (11) que os trabalhadores pagam, proporcionalmente, mais impostos do que pessoas ricas – e que é preciso “tirar de alguém” para viabilizar a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

O presidente deu a declaração ao ser questionado, em entrevista à rádio O Povo/CBN, sobre a proposta em análise pelo governo de criar uma espécie de “imposto mínimo de milionários” para compensar a perda de arrecadação com a mudança na tabela de isenção.

“O rico paga proporcionalmente menos imposto do que o trabalhador. Eu acho que nós temos que tirar de alguém. E esse debate, para mim, não tem que ser feito um debate escondido, não. Tem que ser público”, afirmou.

A isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha de Lula, que de tempos em tempos reafirma que pretende cumprir o compromisso até o final do mandato, em 2026.

Neste ano, o governo estabeleceu, com aval do Congresso, que quem ganha até R$ 2.824 por mês, o equivalente a dois salários mínimos, não paga IR.

Até 2022, o limite de isenção estava em R$ 1.903,98, valor que subiu para R$ 2.640 em maio do de 2023.

Lula afirmou que levar o limite até R$ 5 mil é uma questão de “justiça”.

“Você não pode cobrar 27% ou 15% de um trabalhador que ganha R$ 4 mil e deixar os cara que recebem herança que não paga. É apenas uma questão de justiça”, disse.

“O que nós queremos é o seguinte: é isentar aquelas pessoas até R$ 5 mil e no futuro isentar ainda mais. Na minha cabeça, a ideia é que salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação, esse sim deveria pagar Imposto de Renda”, acrescentou.

Saque-aniversário e crédito consignado
Lula também comentou na entrevista o projeto que o governo pretende enviar ao Congresso para terminar com o saque aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e para alterar as regras do empréstimo consignado.

A ideia em discussão no Ministério do Trabalho é utilizar a multa rescisória de 40% dos trabalhadores como garantia dos empréstimos consignados, aqueles cujo pagamento é feito com desconto no salário dos funcionários.

A expectativa no governo é, via consignado no setor privado, substituir a linha de crédito que os bancos ofertam na antecipação do saque-aniversário.

“Acho que os trabalhadores vão concordar de que, se tiverem o consignado, eles não precisam comprometer o seu Fundo de Garantia, porque, hoje, um trabalhador que receber uma parte do Fundo de Garantia, ele não pode retirar nem se for mandado embora, é um absurdo”, afirmou Lula.

Segundo o presidente, o saque-aniversário tem causado “problema na poupança do Fundo de Garantia”, porém o governo “tem a noção de que a gente não pode acabar porque vai mexer com muita gente”.

Lula afirmou que o tema será discutido e que não há pressa para enviar o projeto ao Congresso.

“Tudo isso a gente quer fazer de forma conversada, acordada. Eu não sei se dá para fazer esse ano ainda. É importante que a gente não tenha pressa para não fazer uma coisa errada”, disse.

O FGTS é direito de toda pessoa com contrato de trabalho formal, trabalhadores domésticos, rurais, temporários, intermitentes, avulsos, safreiros e atletas profissionais. Trata-se de um valor de 8% do salário que é depositado pelo empregador, mensalmente, em nome do funcionário.

O saque do FGTS é permitido em situações específicas estabelecidas por lei, como demissão por justa causa, compra da casa própria e doença grave do trabalhador ou de seu dependente. Quem optou pelo saque aniversário, tem regras diferentes.

 

Vídeo vazado mostra reunião festiva de oligarquias e perpetuação do poder em SC

Encontro reuniu políticos do MDB, PSD, PL, PP e PDSB que elegeram, juntos, 267 dos 295 prefeitos no Estado nas eleições municipais.

Era uma segunda-feira de eclipse solar quando um “petit comité” se reunia na casa de um ex-deputado federal, em Florianópolis, num encontro social. O atual governador Jorginho Mello, quatro ex-governadores, prefeitos, senadores, desembargadores e deputados catarinenses aparecem descontraídos em um vídeo vazado que viralizou logo após as eleições municipais no WhatsApp.

“No fundo, no fundo nós somos do mesmo time, de forma que passamos o bastão pro outro, mas continuamos no mínimo no estádio”, dizia Esperidião Amin, que já foi deputado, governador, prefeito e hoje é senador bolsonarista.

MDB, PSD, PL, PP e PDSB representavam o Executivo, o Legislativo e até mesmo o Judiciário catarinense naquele encontro de 8 de abril. Ainda que oficialmente a reunião não tenha registros de agenda de trabalho, estes partidos elegeram, juntos 267 dos 295 prefeitos no Estado nas eleições municipais — dentre eles, dois presentes na reunião: o prefeito reeleito de Florianópolis, Topázio Neto, e o ex-vice governador, ex-governador, ex-deputado, ex-senador e ex-prefeito Leonel Pavan, vitorioso na cidade de Camboriú.

Três poderes de SC no vídeo
É ele quem surge, no vídeo, apontando, orgulhoso, para os amigos. “Aqui está a história de Santa Catarina”. Ao seu redor, homens acima dos 60 anos, brancos e que circulam por diferentes espaços de poder — Executivo, Legislativo e Judiciário.

Esperidião Amin (PP) já elegeu a mulher, Ângela Amin, e o filho, João Amin, a diferentes cargos públicos. Pavan elegeu a filha vereadora e, agora, prefeita de Balneário Camboriú no pleito de 2024, em uma disputa acirrada com o candidato de Jair Bolsonaro. Paulo Bornhausen, filho do ex-governador e ex-senador Jorge Bornhausen, também aparece no vídeo. Hoje ele é secretário de Estado.

A história de Santa Catarina foi resumida pelo prefeito eleito como uma reunião de amigos que já ocuparam toda a sorte de cargos públicos. Pouco mais de um mês após esse encontro, quatro dos presentes na reunião, que são também pensionistas do Estado, inclusive o próprio Pavan, recebiam um aumento salarial concedido sem divulgação oficial pelo governador Jorginho Mello. O aumento custou R$ 520 mil aos cofres públicos em apenas três meses.

Os quatro ex-governadores discursam no vídeo. Paulo Afonso Vieira e Eduardo Pinho Moreira, ambos do MDB, aparecem em cortes rápidos. Os convidados mencionam que a residência onde ocorre a festa é o Vaticano, sob risos entusiasmados. Apenas os últimos dois ex-governadores vivos desde a época da redemocratização não aparecem na reunião: Raimundo Colombo e Carlos Moisés.

Oligarquias e sucesso eleitoral
Os partidos dos convidados do vídeo viral foram os mais bem sucedidos nas eleições catarinenses. O PL, liderado pelo governador Jorginho Mello, abocanhou 90 das 295 prefeituras do Estado. O MDB veio na sequência, com 70, logo à frente do PP, com 53. O PSD ficou em quarto, com 41 prefeituras. O PT, único partido do campo progressista a eleger prefeitos em Santa Catarina, elegeu sete. Com ICL.

A distribuição do poder nas cidades mais populosas seguiu lógica semelhante: Florianópolis, Chapecó, São José, Balneário Camboriú e Criciúma ficaram com o PSD; Blumenau, Palhoça e Itajaí estão com o PL. Joinville e Lages são exceções: mas o Novo e o Cidadania, que elegeram os prefeitos nas cidades, levaram respectivamente o PSD e o PL nas suas coligações.

As assessorias do MDB e dos ex-governadores Leonel Pavan e Esperidião Amin foram procuradas para verificarem a autenticidade do vídeo viral. Até o fechamento desta edição, apenas a assessoria do atual senador Amin respondeu, confirmando que o encontro ocorreu em 8 de abril deste ano na casa do ex-deputado Mauro Cavallazzi.

“Esses encontros com ex-parlamentares e/ou atuais parlamentares e lideranças, acontecem esporadicamente, organizados pelo citado acima e demais amigos. Não existe motivo. É um encontro que acontece esporadicamente”.

 

 

 

Lula diz que “voto não tem dono” e que “Boulos pode ganhar a eleição” em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (11), em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza, que o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), pode virar sobre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e vencer a eleição no segundo turno. Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha na última quinta (10) mostra que Nunes lidera a disputa com 55% das intenções de voto, contra 33% de Boulos.

Segundo Lula, “o voto não tem dono”, e a campanha do psolista precisa utilizar o tempo de televisão e os debates para conquistar o eleitor. “O voto não tem dono. O votos nós temos que captar, conquistar. Toda vez que eu abrir a boca para falar, eu tenho que ter a noção de que eu tenho que conquistar alguém. Então o Boulos tem duas semanas, tem vários programas de televisão, vários debates para poder convencer as pessoas. E eu, se puder ajudá-lo, vou ajudá-lo a ganhar esta eleição, porque eu acho que ele pode fazer um bem muito grande para a cidade de São Paulo”, opinou.

No segundo turno, Guilherme Boulos deve apostar na sua imagem como o “candidato da mudança” para atrair o eleitorado que votou em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno e demonstra insatisfação com a atual gestão da capital paulista. No primeiro turno, Boulos obteve 29,07% dos votos, um resultado próximo ao de Ricardo Nunes, que ficou com 29,48%. Pablo Marçal, por sua vez, alcançou 28,14%.

Outro ponto ressaltado por Lula foi a quantidade de pessoas que se confundiram na hora de votar e digitaram 13 na urna. “O Boulos pode ganhar as eleições. O Boulos é uma figura muito preparada. Nós tivemos um problema no primeiro turno. É muito difícil você convencer um petista, que estava habituado a votar no 13 desde 1980, a votar 50, a votar outro número. Tivemos 50 mil pessoas que votaram no 13. Eu inclusive gravei para o Boulos dizendo ‘olha, quem está habituado a votar no 13 tem que votar agora no 50 na cidade de São Paulo’”, disse.

Com a frustrada campanha de Marçal, Faria Lima já aposta em Tarcísio para 2026 na disputa presidencial

Tarcísio de Freitas é um neofascista característico, diria mais, ele, como governador, carrega marcas de mão pesada contra os pobres tão ou mais reacionária que Bolsonaro.

Bolsonaro é praticamente carta fora do baralho em 2026, por mais destrutivo, mais destruído o cenário em que ele tam bém seja candidato, as cenas de selvageria dentro da própria direita seriam inimagináveis.

Seja como for, por mais que o banqueiro Daniel Esteves queira dar um toque de Midas na campanha de Tarcísio, sendo que ele, como governador, não disse a que veio, há muita água para rolar debaixo dessa ponte.

O que elite econômica sempre quis é que a vida dos pobres piore, ano após ano. Para essa gente, não basta ser pobre, tem que ser miserável, liquidado,  esmagado pelos donos do dinheiro grosso.

Nisso, não há nada  de ideológico, mas de preconceito, ódio de classe. Por isso, o dono do banco BTG Pactual já está adiantando sua campanha por Tarcísio na disputa presidencial de 2026.

Amianto liberado por bombardeios de Israel deve multiplicar mortes por câncer em Gaza, alertam especialistas

Mortes por doenças ligadas ao mineral após atentado às torres gêmeas em 2001 foram mais que o dobro das dos ataques.

Além das dezenas de milhares de mortes causadas na Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses contra a região deixam os sobreviventes expostos a uma substância que tem o potencial de multiplicar o número de mortes na região nos próximos anos: o amianto.

Presente em grande parte das estruturas de Gaza, esse mineral é altamente cancerígeno quando disperso e liberado na atmosfera.

“É considerada uma fibra extremamente cancerígena, dependendo do tamanho, da absorção e da quantidade pode gerar sérias complicações. É um produto cancerígeno, então pode dar um câncer de pulmão e pode dar um câncer na pleura chamado mesotelioma, totalmente relacionado à exposição a essa fibra”, explica ao Brasil de Fato o pneumologista Walter Costa da Uerj.

Ao destruir as edificações da região, os bombardeios de Israel fazem com que grandes quantidades de amianto sejam transportadas pelo ar em minúsculas partículas, que são inaladas pela população. De acordo com estimativas das Nações Unidas, cerca de 800 mil toneladas de escombros bombardeados em Gaza podem estar contaminados com amianto.

“Em cada prédio que se derruba a quantidade de amianto é significativa porque tem nas telhas, tem nas fibras ocasionadas nas construções. E isso indiscutivelmente vai gerar um impacto não só dentro dessa fase inicial, mas principalmente no decorrer dos anos pessoas que estão convivendo nessa situação de exposição a essas micropartículas.”

*BdF

A CCJ, Comissão de Constituição do Jair quer o fim do STF

O que foi aprovado ontem na CCJ   um estatuto que, possivelmente, foi escrito pelo próprio Bolsonaro para seguir impune por uma fieira de crimes cravejados em sua folha corrida.

O sujeito, que fez carreira política, defendendo o justiçamento na base do “bandido bom é bandido morto”, agora quer uma mudança nesse entendimento e exige dos seus aliados na Câmara dos Deputados, a pauta, “bandido bom é bandido solto”, em mais um ato de desespero da flagrante derrota política das eleições para prefeito.

Nesse caso, a busca não foi nem azeitar sua inevitável condenação pelo STF, mas simplesmente varrer do mapa toda a corte, tirando-lhe qualquer poder de decisão sem aprovação do Congresso.

O descaramento é tanto que não há mais biombos, tudo para livrar da cadeia Jair Bolsonaro, o que tudo indica não demorará para acontecer.

Campanha de Nunes trata Bolsonaro como saco de lixo infectante e descarta seu apoio

Campanha de Nunes trata Bolsonaro como saco de lixo infectante e descarta seu apoio.

Articuladores da campanha de Nunes disseram que a melhor opção do candidato à reeleição, no segundo turno, é distanciar-se do neofascista Jair Bolsonaro. Figura tóxica, que transformaria em obstáculo à conquista de votos.

A orientação descartante de resíduos vem da papa fina que apoia Nunes, a começar por Tarcísio de Freitas, principal avalista de Nunes quando Bolsonaro o traiu.

Malafaia espumando ódio contra Bolsonaro, em entrevista, jogou dejetos no ventilador dizendo que Bolsonaro é um covarde que chora como criança assustada com medo de ser preso pelos seus incontáveis crimes.

De Bolsonaro supostamente lider da direita, não sobrou nem a carcaça. Foi descartado em um lugar na geografia política longe do convívio dos ex aliados por ser considerado material de toxina poluente.

Bolsonaro não botou os pés na canoa de Marçal, menos ainda na de Nunes

Se Nunes está indignado com Bolsonaro por se sentir traído por ele, e Marçal idem, está claro que Bolsonaro teve uma atitude miserável e pueril de deixar os dois encalhados em terreno alagadiço, enquanto o traidor nadava de cachorrinho, de pé de pato e canudinho numa lagoa rasa que lhe dava pé, onde ele era a única piranha.

Na verdade, nem figuração de canoeiro Bolsonaro fez, meteu um, nem lá, nem cá, muito pelo contrário. Fez cera, procrastinou o máximo que podia até chegar  nas eleições sem candidato.

O genocida é um velhaco do baixo clero e sempre viveu de ultrafisiologismo, jamais colocou azeitona na empada de alguém. isso está enlouquecendo o já destrambelhado bolsonarista, já que metade votou em Nunes e a outra parte em Marçal, contrariando Bolsonaro que, na verdade, não queria voto em Marçal nem em Nunes, ou seja, em ninguém. Queria fingir que estava pescando de arpão em Angra.

Trocando em miúdos, quando sairmos desse exame superficial das eleições e surgir, de forma clara, a chave do caso, teremos a métrica exata do absíntio letal que detonou a direita brasileira, mesmo sem saber as razões dessa sentença de Bolsonaro.

Se Flávio Bolsonaro diz que o clã Bolsonaro apoiará Tarcísio em 2026, é porque é mentira

Flávio Bolsonaro, todos sabem, é o mais cínico do clã, o clã estatal mais caro do país.

Aliás, alguém precisa fazer a conta do quanto custa essa corriola anualmente aos cofres públicos.

E os caras ainda querem falar em Estado livre. É tratar o povo brasileiro como otário.

Mas o assunto aqui é outro: o patrão de Fabrício Queiroz deu uma entrevista logo após o resultado das eleições para marcar território. Entrevista esta com  pinta de cavadinha.

A entrevista, claro, foi monótona e irrelevante, mesmo o jornalista Guilherme Amado dando um tom de importância às palavras de Flávio, que não têm nem nunca terão.

E na altura dos fatos, ele quis mandar algum recado, dizendo que, em 2026, que o clã apoiaria Tarcísio para presidente, das duas uma, ou ele sabe que Tarcísio não será candidato, e neste caso, é citado como boi de piranha ou ele mente descaradamente dizendo que o clã entregaria a rapadura da família nas mãos de alguém fora do clã.

Ou seja, a entrevista dele é daquelas coisas importantes que não têm qualquer importância, Flávio quis somente mandar um recado de que a acachapante derrota política de Bolsonaro não altera em nada sua suposta liderança nacional na direita

“Quando a gente precisou dele, ele não foi. Agora não precisamos mais”, diz aliado de Nunes sobre apoio de Bolsonaro

Estrategista da campanha diz que Nunes não vai mais mencionar ex-presidente, apenas Tarcísio de Freitas.

Se no primeiro turno em São Paulo a participação de Jair Bolsonaro na campanha de Ricardo Nunes (MDB) fez falta, no segundo turno quem não quer o ex-presidente em seu palanque é o prefeito paulistano, informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO.

Nunes nunca vai declarar publicamente, mas em privado integrantes de sua equipe tem dito que, nesta etapa da disputa, a presença de Bolsonaro não só não ajuda como pode até prejudicar a tarefa de conquistar o voto do centro.

“O que pode atrapalhar o Nunes é o Bolsonaro querer fazer campanha agora. Se Bolsonaro entrar agora na campanha do Nunes, só vai atrapalhar. Quando a gente precisou dele, ele não foi. Agora não precisamos mais”, disse à reportagem o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP). “Bolsonaro agora quer vir na janelinha? Janelinha não.”

Isso porque a tendência do eleitorado de direita já é votar em Nunes contra Guilherme Boulos (PSOL) automaticamente, como já declararam lideranças que apoiaram Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno. A última pesquisa da Quaest antes do primeiro turno indicava que 67% dos eleitores de Marçal votariam em Nunes em um eventual segundo turno contra Boulos.

Quem já declarou apoio no prefeito de São Paulo foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que no primeiro turno comparou Nunes a um “copo de veneno”.

O diálogo com Bolsonaro tem se limitado a auxiliares e estrategistas.

“O Nunes não vai mais falar de Bolsonaro. Só de Tarcísio (de Freitas)”, diz um desses estrategistas, que avalia que o empenho do governador a favor do prefeito foi fundamental para a chegada ao segundo turno.

De acordo com ele, nesta etapa a campanha será de “comparação entre os históricos” dos concorrentes.