Ano: 2024

Arce denuncia golpe brando dos EUA e alerta: Bolívia enfrenta “enorme” ameaça

Em discurso no fim de maio, Arce reiterou que “forças obscuras e antipatrióticas” internas e externas conspiram contra a integridade da Bolívia por meio de operações híbridas.

Reiterados alertas do presidente Luis Arce sobre um “golpe brando” contra a Bolívia e agressivas declarações procedentes dos Estados Unidos dirigem hoje a bússola das suspeitas para Washington e sua embaixada em La Paz. Em 27 de maio último, a propósito do 215° aniversário da criação do Regimento Primeiro de Infantaria Colorados da Bolívia Escolta Presidencial, Arce afirmou que as forças conspiradoras ocultam seus propósitos de atentar contra a ordem constitucional.

Qualificou de “sinistros” estes planos objetivando um golpe brando ou uma redução do mandato governamental. Disse Arce que, atualmente, assim como no passado, a Bolívia enfrenta “enormes” ameaças externas e internas contra a integridade territorial e a soberania da pátria.

Destacou que durante seu mandato houve êxitos, apesar de uma conjuntura global de tensões e disputas pela hegemonia mundial, como os importantes avanços com Rússia e China no tema do lítio e que se encaminha para a incorporação da Bolívia aos países Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Os Brics são um espaço onde se abrem enormes possibilidades de comércio, acesso a recursos financeiros e à aceleração de nosso desenvolvimento econômico e social, que nos projetará para um novo futuro (…)”, considerou.

Persistir na soberania é a chave
Indicou que, por tal motivo, é chave persistir na via soberana, anti hegemônica e multipolar. O chefe de Estado explicou que, como vários países, a Bolívia tem “certas dificuldades na disponibilidade de dólares”, no entanto, não significa que haja uma crise econômica estrutural, como pretende a oposição, para gerar uma crise política e encurtar o mandato governamental.

Indicou que é “(…) importante trabalhar em uma doutrina de segurança e defesa que expresse o afastamento definitivo da velha doutrina de segurança nacional e dos afãs da Doutrina Monroe, que vive por meio do Comando Sul” com o objetivo de apropriar-se dos recursos estratégicos bolivianos.

Forças obscuras conspiram contra a Bolívia
Arce reiterou que “forças obscuras e antipatrióticas” internas e externas conspiram contra a integridade do país por meio de operações híbridas “como golpes suaves” e a sabotagem da economia. Assegurou em outro discurso pelo 72° aniversário do Colégio Militar de Aviação que se pretende impor a ansiedade mediante rumores, percepções falsas e táticas de potências imperiais, com as quais busca-se mostrar a Bolívia como um Estado “falido”. “Sem dissimular querem controlar o lítio, as terras raras, a água doce e outros recursos estratégicos (…)”, explicou.

Acrescentou que se busca deter o progresso do país, impedir que o povo seja dono dos recursos estratégicos e participe mediante uma democracia amplamente participativa das decisões de Governo. “(Têm) o infame propósito de balcanizar-nos, pretendendo que o processo da revolução democrática popular e industrializadora fracasse”, afirmou.

*Diálogos do Sul

Temendo ser preso, Bolsonaro pressiona Congresso por anistia a golpistas

Parlamentares aliados ao ex-mandatário condicionam seu apoio à escolha dos próximos presidentes da Câmara e do Senado à aprovação de um projeto que blinde Bolsonaro.

Jair Bolsonaro (PL) tem intensificado a pressão sobre seus aliados para garantir a aprovação de um projeto de lei que anistie os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, informa Andréia Sadi, do g1. Ele enfrenta um inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder após sua derrota para o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022 e vê na anistia uma forma de evitar possíveis condenações judiciais.

Para garantir apoio ao projeto de anistia, o bolsonarismo está condicionando seu apoio à escolha dos próximos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, cujas eleições estão previstas para 2025. Na Câmara, há uma avaliação de que a aprovação da anistia é possível, independentemente de quem suceder o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). No Senado, acredita-se que o cenário será favorável se Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) assumir a presidência após o término do mandato de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Desde a operação contra a tentativa de golpe em 8 de fevereiro, Bolsonaro teme uma prisão iminente. Por isso, seus apoiadores têm trabalhado intensamente em prol da proposta, tanto no Congresso quanto junto aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O principal interlocutor do bolsonarismo com os magistrados tem sido o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz o 247.

Além da anistia, Bolsonaro também busca reverter sua inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele aposta na futura composição do TSE, onde Nunes Marques assumirá o comando em 2026. Contudo, aliados consideram essa reversão altamente improvável.

Juiz manda Bannon, aliado dos Bolsonaro, entregar-se para cumprir pena

Juiz federal americano ordenou que Bannon, aliado de Trump e dos Bolsonaro, se entregue para cumprir pena de 4 meses de prisão.

Ex-assessor de Donald Trump e aliado da família Bolsonaro, o estrategista político Steve Bannon irá para a prisão em breve. Um juiz federal americano ordenou nesta quinta-feira (6/6) que Bannon se entregue até julho para cumprir uma pena de 4 meses de prisão a que foi condenado.

O estrategista foi considerado culpado por se recusar a cooperar com o Congresso americano na investigação dos ataques ao Capitólio, em janeiro de 2021. Steve Bannon não atendeu a uma intimação para depor ao comitê da Câmara dos EUA que apurou o caso.

A sentença que condenou Bannon, de outubro de 2022, foi assinada pelo juiz Carl Nichols, que havia permitido a ele permanecer em liberdade enquanto recorria da condenação. O magistrado, agora, ordenou que o trumpista se entregue para cumprir pena até 1º de julho.

“Há boas razões para se livrar de Netanyahu”, diz ex-premiê de Israel

Em entrevista ao Metrópoles, Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro israelense, acusa Benjamin Netanyahu de negligenciar a segurança do país.

Tel Aviv – Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro de Israel e crítico contumaz de Benjamin Netanyahu, disse não considerar que o país tenha cometido crimes de guerra ou genocídio, mas, sim, uma série de erros no confronto contra o Hamas na Faixa de Gaza. “Israel tem o direito de reagir para se defender”, afirmou o político em conversa com o Metrópoles, citando lideranças mundiais que tiveram a mesma opinião após o brutal ataque terrorista sofrido em 7 de outubro de 2023.

“Onde poderíamos reagir? No deserto?”, questiona Olmert, que governou Israel entre 2006 e 2009. Como os integrantes do grupo extremista Hamas estavam na Faixa de Gaza, não havia outro modo de enfrentar os adversários. “A única maneira de chegar ao Hamas, por mais que não quiséssemos e não queríamos que isso fosse uma política, aconteceu. Não é resultado de uma tentativa calculada de matar pessoas inocentes”, defende.

Olmert também reconhece que milhares de civis e inocentes foram mortos, mas que Israel não deve ser visto como vilão, tampouco como único culpado pela tragédia. O ex-primeiro-ministro pede para o mundo enxergar o que o Hamas fez inicialmente. “Eles causaram a morte de tantos outros palestinos”, afirmou.

A defesa de Olmert, entretanto, é somente do país e do povo. Ele não poupa munição contra seu grande adversário político: o atual primeiro-ministro e seu sucessor, Benjamin Netanyahu.

“Ele cometeu crimes contra o próprio povo, não atirando [diretamente neles], mas destruindo todos os fundamentos, princípios e valores com os quais o Estado de Israel foi construído”, disparou. E acusou o político de não respeitar a democracia e negligenciar a segurança do país.

“Há boas razões para se livrar de Netanyahu. Há boas razões para indiciá-lo e para derrubá-lo”, afirmou Olmert.

Brasil compra 263 mil toneladas de arroz importado: “Leilão foi um sucesso”, diz ministro

Governo correu contra o tempo e obteve a nova decisão às 7h, desta quinta-feira. O leilão estava marcado para às 9h.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou à CNN Brasil que o governo comprou 263 mil toneladas de arroz importado, no leilão desta quinta-feira, após liberação da justiça. O produto foi adquirido por R$ 25, o saco de 5kg, e será repassado ao consumidor final por R$ 20.

“Um sucesso onde tínhamos maiores expectativas. Não tem arroz no mercado no mundo nos preços que estavam sendo praticados no Brasil depois da enchente no Rio Grande do Sul e nem os produtores estavam recebendo por isso. Era pura especulação”, disse.

“Não pode um saco de arroz custar R$ 38, R$ 40. O mundo está oferecendo para o Brasil por R$ 25. A prova está aí, agora no leilão. Haverá uma subvenção do governo para que o consumidor compre por R$ 20, o pacote de 5kg”, comemorou.

Após recurso ao Tribunal Regional Federal (TRF-4), o governo conseguiu manter a realização do leilão nesta quinta-feira. O pedido foi apresentado pela Advocacia Geral da União, contra decisão da justiça federal de Porto Alegre que considerava “prematuro” fazer o leilão porque a produção nacional seria suficiente.

Para o TRF-4, porém, “é difícil estimar o tamanho dos estragos, em virtude das próprias condições locais com diversas áreas inundadas e de difícil acesso”, no Rio Grande do Sul.

O governo correu contra o tempo e obteve a nova decisão às 7h, desta quinta-feira. O leilão estava marcado para às 9h.

Parlamentares de oposição informaram à CNN, via assessoria, que preparam novo recurso nesta quinta. O objetivo é anular todos os processos licitatórios de compra do arroz importado.

A impunidade de Bolsonaro e filhos está saindo muito caro ao país

Bolsonaro trouxe do inferno os piores diabos para vagabundear e desbloquear o fascismo no país.

A receita é a violência, e ontem os parlamentares do novo cangaço bolsonarista, mostraram que o inferno é logo ali.

Bolsonaro tem como padrão criminoso desde sempre como militar e político o histrionismo midiático e o terrorismo contra as instituições.

Daí sua expulsão do exército em reação a negativa do comando pelo aumento do soldo. Ou seja, terrorismo/Bolsonaro não é assunto de momento.

Luiza Erundina, 89 anos, passou mal e está internada no hospital após ser atacada por deputados bolsonaristas durante sessão na câmara.

Bolsonaro desperta nos seus discípulos a ira e a ganância desenfreadas. Forma um bando que está desafiando e atacando as instituições do Estado.

Se esse monstro-vigarista não for enjaulado, a coisa vai piorar, porque ele e os seus se sentirão intocáveis para intensificar seus crimes e assaltos, como a privatização das praias e o ataque a parlamentares contrários a eles.

Basta!

Esse sujeito é psicopata e age como tal.

Deputada Júlia Zanatta pagou hospedagem com verba pública para ir a casamento de colega

Parlamentar compareceu à cerimônia na cidade de Xanxerê; ela afirma que teve compromissos com lideranças políticas durante os dias em que esteve em Santa Catarina e que, por isso, tem direito de ter o reembolso da Câmara.

Parlamentar compareceu à cerimônia na cidade de Xanxerê; ela afirma que teve compromissos com lideranças políticas durante os dias em que esteve em Santa Catarina e que, por isso, tem direito de ter o reembolso da Câmara.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) recebeu reembolso da Câmara por duas diárias de um hotel em Xanxerê, em Santa Catarina, onde esteve nos dias 1º e 2 de setembro. No sábado, 2, ela compareceu ao casamento da colega de bancada, a também deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), na cidade. O valor que recebeu de volta da Casa foi de R$ 780.

Procurada pelo Estadão, Zanatta disse que “tem direito ao uso da cota” com base no ato 43/2009, da Mesa Diretora da Câmara. O documento prevê verbas para “custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”, o que não incluiria a presença em uma casamento. No entanto, a deputada afirma que, além do casamento da correligionária, participou também de encontros com “lideranças e apoiadores locais”.

No Instagram, Zanatta compartilhou uma foto com os noivos, Caroline de Toni e Matheus Bortoluzzi, empresário do agronegócio, com produção de sementes e cereais, e filho do ex-prefeito de Xanxerê, Bruno Bortoluzzi. “Que Deus abençoe essa união. Felicidades ao casal e obrigada pelo convite”, escreveu.

Segundo agenda disponibilizada pela assessoria da deputada, a passagem por Xanxerê fez parte de um roteiro pelo oeste de Santa Catarina, com presença também nos municípios de Chapecó e Coronel Freitas e reuniões com apoiadores e lideranças locais, entrevistas e visita a clubes de tiro. Entre as autoridades encontradas foram estavam um vereador de Coronel Freitas e o presidente da Câmara de Chapecó, Fernando Cordeiro (PSC). Especificamente em Xanxerê, estão descritos uma entrevista a uma rádio local e um encontro com prefeitos da região, no sábado, 2, segundo o Estadão.

A assessoria da deputada também encaminhou imagens retratando momentos do roteiro da parlamentar nos três municípios. Em Xanxerê, as fotos mostram um café com apoiadoras que fizeram parte da campanha dela para o cargo. O Estadão perguntou sobre registros do encontro com prefeitos, que estava previsto para as 9h do sábado, mas não obteve retorno. Depois desse ato, as únicas atividades registradas no roteiro foram um almoço, a preparação para o casamento e a própria cerimônia, onde foi acompanhada pelo marido, Guilherme Colombo.

Deputada federal Júlia Zanatta em compromissos no oeste de Santa Catarina entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro. Imagens foram enviadas pela assessora para comprovar outras agendas no Estado Foto: Reprodução/Instagram/@juliazanattasc
A assessoria ainda enviou um vídeo das redes sociais da parlamentar com um almoço com apoiadores, que, segundo informou, teria ocorrido em Xanxerê no domingo, 3, para justificar a segunda diária paga no hotel.

Conforme informações presentes na nota fiscal disponibilizada no Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, as diárias no hotel custaram R$ 624, pagos à vista, com um desconto de R$ 156. A nota indica, ainda, um “valor bruto” de R$ 780 (sem o desconto), que aparece no Portal da Transparência como o valo

Questionada, a deputada afirmou não saber o motivo dessa diferença de valores e recomendou ao Estadão que procurasse a Câmara dos Deputados para entender a situação. Segundo ela, a nota estava correta. Ela ainda disse que buscaria o valor pago em sua fatura do cartão para confirmar à reportagem, mas até a publicação deste texto, não respondeu.

Procurada, a Câmara disse que “houve um erro no lançamento dos valores por parte do gabinete parlamentar, que, ao solicitar o reembolso, encaminhou o valor bruto da nota (R$ 780,00), sem atentar para o desconto que consta no documento (R$ 156,00)”. A Casa também afirmou que pedirá a devolução do valor excedente ao gabinete de Zanatta.

“Conforme estabelece o Ato da Mesa 43/2009, que normatiza o uso da cota, o parlamentar assume inteira responsabilidade pela nota fiscal que apresenta. Cabe à Câmara, no âmbito administrativo, verificar os gastos apenas quanto à regularidade fiscal e contábil da documentação comprobatória”, disse a Casa por meio de nota.

Rússia pode usar armas nucleares se soberania ou território forem ameaçados, diz Putin

Entretanto, líder russo negou que país planeje atacar integrantes da Otan, a aliança militar ocidental.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou o Ocidente nesta quarta-feira (5) que seu país pode usar todos os meios disponíveis para se defender se sua soberania ou integridade territorial forem ameaçadas.

Falando a editores seniores de agências de notícias internacionais em São Petersburgo, ele afirmou que a doutrina nuclear da Rússia permite que armas nucleares sejam usadas em resposta a uma série de ameaças.

“Por alguma razão, o Ocidente acredita que a Rússia nunca as usará [armas nucleares]”, disse Putin quando questionado sobre o risco de escalada nuclear.

Ainda assim, ponderou que a Rússia não tem planos de atacar Estados-membros da Otan, a aliança militar ocidental.

A doutrina nuclear publicada pela Rússia em 2020 define as condições sob as quais um presidente russo consideraria usar uma arma nuclear.

De acordo com a determinação, poderiam ser utilizadas como resposta a um ataque com armas nucleares ou outras armas de destruição em massa, ou ao uso de armas convencionais contra a Rússia “quando a própria existência do Estado é colocada sob ameaça”.

Putin rejeitou as afirmações ocidentais de que a Rússia empregou o uso de armas nucleares e destacou que os Estados Unidos foram o único país a ter usado armas nucleares na guerra – atacando as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945.

Alerta contra ataques a territórios russos
O presidente russo também alertou que as decisões de aliados de permitir que a Ucrânia use mísseis ocidentais cada vez mais poderosos para atacar o território russo são uma escalada séria no conflito, e advertiu que tais armas teriam que ser operadas por sistemas e agentes ocidentais.

O presidente Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar armas fornecidas pelos EUA contra alvos militares dentro da Rússia, mas Washington ainda proíbe Kiev de atacar a Rússia com ATACMS, que têm um alcance de até 300 km, e outras armas de longo alcance fornecidas pelos americanos.

Questionado sobre o assunto, Putin citou diferentes armas, mas ressaltou que o uso de ATACMS ou mísseis britânicos Storm Shadow contra a Rússia poderia levar a uma resposta mais dura de Moscou.

“Vamos melhorar nossos sistemas de defesa aérea e destruí-los”, pontuou Putin.

“Em segundo lugar, estamos pensando que se alguém acha possível enviar tais armas para uma zona de guerra para atacar nosso território e criar problemas para nós, então por que não temos o direito de enviar nossas armas da mesma classe para aquelas regiões do mundo onde ataques podem ser feitos em instalações sensíveis dos países que fazem isso contra a Rússia? Ou seja, a resposta pode ser assimétrica”, destacou.

Netanyahu ameaça ‘reação forte’ contra Hezbollah em escalada de ataques na fronteira com Líbano

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu alertou nesta quarta-feira (05/06) que seu exército está preparando uma resposta “extremamente forte” ao movimento libanês Hezbollah, diante da escalada de ataques na fronteira entre o Líbano e Israel.

“Qualquer um que pense que eles podem nos prejudicar está muito enganado” comentou o premiê, durante uma visita à cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, onde bombeiros locais registraram incêndios “provocados por ataques de foguetes e drones do Hezbollah”, segundo o jornal The Times of Israel.

No dia anterior, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa, tenente-general Herzi Halevi, havia antecipado a informação de que Tel Aviv estava prestes a tomar uma decisão sobre como lidar com o Hezbollah, que publicamente declarou apoio aos palestinos em meio à intensificação das agressões israelenses em Gaza, desde 7 de outubro.

Na mesma terça-feira (04/06), o vice-líder do grupo libanês declarou que o Hezbollah não está buscando ampliar seu conflito com Israel, mas que “está pronto para lutar contra qualquer guerra que lhe seja imposta”.

“Pronto para a batalha. [Hezbollah] não permitirá que Israel garanta nenhuma vitória […] Se Israel quiser travar uma guerra total, estamos prontos para isso”, enfatizou xeque Naim Qassem, reforçando que a frente libanesa está “permanentemente ligada a Gaza”.

Alinhado ao Irã, o Hezbollah e Israel têm estado em confronto bélico nos últimos oito meses, ao mesmo tempo em que as forças israelenses atacam Gaza. Segundo a emissora catari Al Jazeera, a comunidade internacional manifesta preocupação de que o conflito no Oriente Médio se amplie e possa eclodir entre os adversários fortemente armados.

Vale lembrar que em 24 de maio, o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, havia alertado o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que a resistência do Líbano realizaria “mais surpresas” contra as forças israelenses caso não cessassem suas agressões na fronteira libanesa-israelense e continuassem negando o fim dos ataques na Faixa de Gaza.

Vídeo: ‘Quebro sua cara’: reunião do Conselho de Ética arquiva ação contra Janones e termina em xingamentos e agressões

O processo, que foi arquivado por 12 votos a 5, teve como relator o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato a prefeito de São Paulo.

Em meio a empurrões, xingamentos, gritaria e ameaças de “pegar lá fora”, o Conselho de Ética arquivou nesta quarta-feira (5) o processo de cassação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG), acusado de organizar um esquema de “rachadinha” em seu gabinete.

O processo, que foi arquivado por 12 votos a 5, teve como relator o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato a prefeito de São Paulo, que também bateu boca com o coach Pablo Marçal, também pré-candidato, e que compareceu à reunião.

No final, Janones chamou Nikolas para resolver “lá fora”. Ambos partiram um para cima do outro e foram separados por seguranças da Câmara e outros parlamentares.

Vídeos nas redes sociais mostram que a confusão se alastrou pelos corredores, com novos xingamentos e ameaças de agressão.

— Só nós dois, moleque golpista. Quebro a sua cara com um soco — disse Janones;

— Bate, rachadinha — retrucou Nikolas.

No X, Nikolas afirmou que Janones fez xingamentos contra ele, a família e a honra. “Provoca, chama para a briga e quer que a gente fique calmo? NInguém é de ferro”, escreveu. Também na plataforma, Janones chamou o adversário de “frouxo”.

Placar da votação

O placar da votação desta quarta ficou em 12 a 5 pela aprovação do parecer do relator, pelo arquivamento do pedido de cassação.

A representação contra Janones foi apresentada pelo PL, após dois ex-assessores do parlamentar afirmarem que ele cobrava funcionários lotados em seu gabinete na Câmara a repassar parte dos seus salários. O caso é investigado pela Polícia Federal.

Em entrevista ao Globo, Cefas Luiz Paulino e Fabrício Ferreira de Oliveira disseram que a prática envolvia até mesmo os valores recebidos como 13º e chegava a 60% dos vencimentos.

No relatório, Boulos alega que as acusações contra Janones são anteriores ao exercício do mandato dele, que se iniciou em 2023. Segundo o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, as suspeitas já eram de conhecimento público desde 2022.

“Não há justa causa, pois não há decoro parlamentar, se não havia mandato à época — o que foge do escopo, portanto, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar — o mesmo caso visto agora”, escreveu o deputado.

Nesta quarta, Boulos voltou a argumentar que a discussão deve ser em torno do período em que o fato ocorreu.

— Nós não estamos aqui discutindo o mérito de rachadinha. Essa não é a discussão que o relatório faz e esse conselho está fazendo, essa é a discussão que a Justiça fará, e deve fazer — argumentou Boulos.