Ano: 2024

Ao menos 180 corpos são encontrados em cova comum no hospital de Khan Yunis, na Faixa de Gaza

Em 7 de abril, as tropas israelenses se retiraram da cidade no sul da Faixa de Gaza.

Os corpos de 180 pessoas foram encontrados pelos serviços de emergência palestinos em uma cova comum no Complexo Médico Nasser na cidade sul de Gaza de Khan Yunis, relatou a emissora Al Jazeera.

Os corpos, incluindo os de mulheres idosas e crianças, foram descobertos no pátio do hospital durante o fim de semana, segundo o relatório.

7 de abril, as tropas israelenses se retiraram da cidade, com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmando que as Forças de Defesa de Israel eliminaram o movimento palestino Hamas em uma estrutura militar na cidade.

Israel lançou uma incursão terrestre na Faixa de Gaza após o Hamas atacar o estado judeu em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 240 outras. Até agora, mais de 34.000 pessoas foram mortas por ataques israelenses na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades locais.

Vídeo: israelense chuta bandeira da Palestina, que explode

Apesar da explosão, israelense sofreu ferimentos leves e se recusou a ser encaminhado ao hospital. O incidente ocorreu na Cisjordânia

Um israelense, de identidade desconhecida, foi vítima de uma explosão após chutar uma bandeira da Palestina em uma área do assentamento de Kochav Hashahar, na Cisjordânia. Ainda não foi possível determinar quando o incidente ocorreu.

Imagens começaram a circular nas redes sociais nesse domingo (21/4) e mostram o momento em que a vítima caminha até a bandeira, que está fincada em um campo, e tenta removê-la. A informação é do jornal The Times of Israel.

Depois disso, o homem é surpreendido por um dispositivo explosivo, que, segundo a mídia israelense e palestina, estava enterrado no chão e explodiu com o chute.

Após a explosão, uma nuvem de fumaça e escombros se formou. Os passageiros no veículo, que gravavam a tentativa de retirar a bandeira, chegaram a gritar assustados.

Veja:

Ativistas de mais de 30 países navegam rumo a Gaza com toneladas de ajuda humanitária para romper o cerco

Internacionalista Thiago Ávila representa o Brasil na iniciativa da “Flotilha da Liberdade”, que desafia Israel para levar 5 mil toneladas de alimentos e medicamentos.

Partirá de Istambul na próxima quarta-feira a Flotilha da Liberdade, coalizão de organizações e ativistas de mais de 30 países que há anos realiza expedições marítimas com ajuda humanitária com o objetivo de desafiar o bloqueio ilegal israelense em curso na Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária à população palestina.

“A fome está sendo utilizada por Israel como uma arma de guerra. Já 27 crianças morreram de fome em Gaza e os índices de catástrofe estão entre os mais graves existentes no mundo. Na história recente, a situação que o povo de Gaza enfrenta só é comparável à situação que 2 regiões da Somália passaram em 2011 e em partes do Sudão do Sul em 2017, com a diferença de que em Gaza hoje toda a população está sendo submetida a esse crime contra a humanidade”, afirma Thiago Ávila, representante do Brasil na Flotilha da Liberdade.

Israel mantém Gaza sob ocupação militar desde 1967 e sob cerco total desde 2007. Isso significa que qualquer criança de 0 a 17 anos (a maioria da população de Gaza está entre essa faixa etária) nunca viveu um único dia de sua vida em liberdade. As restrições impostas por Israel mesmo antes de outubro de 2023 impediam a entrada de itens essenciais como equipamentos médicos, alimentos (que ultrapassasse um cruel cálculo de calorias para cada pessoa, mas ainda mantendo a insegurança alimentar), materiais escolares e até coisas supérfluas e chocantes como vestidos de noiva, chocolates e óculos de mergulho.

As restrições, que já faziam organizações denunciarem Israel por transformar Gaza na “maior prisão sem teto do mundo” pioraram muito após outubro de 2023, quando o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que os palestinos em Gaza ficariam sem água, sem comida, medicamentos ou eletricidade como punição coletiva após os ataques de 7 de outubro. “Nós estamos enfrentando animais humanos e agiremos de acordo”, afirmou o ministro quando fechou totalmente as passagens para ajuda humanitária de Israel, além do cerco marítimo e aéreo e o controle que detém sobre a fronteira de Rafah, que separa o Egito do sul de Gaza.

Palestinos realizam greve na Cisjordânia em protesto contra brutalidade de Israel

Palestinos realizaram uma greve geral neste domingo (21/04) na Cisjordânia para protestar contra a brutalidade das Forças de Defesa de Israel (IDF) após um ataque em um campo de refugiados no qual pelo menos 14 pessoas foram mortas.

Sindicatos e organizações sociais da Cisjordânia aderiram a paralisação. Segundo a agência de notícias Wafa, a greve “paralisou todos os aspectos da vida”, incluindo escolas, universidades, lojas comerciais, bancos e fábricas fechadas. O transporte público também está paralisado.

Ainda de acordo com a Wafa, a greve ocorre após apoio do Fatah, que pediu união de todos os palestinos neste momento que a região “enfrentam uma brutal agressão israelense”.

O ataque israelense ocorreu por horas no sábado (20/04) no campo de Nour Shams, na província de Tulkarm. Soldados realizaram uma agressão contra o local, uma ofensiva que impactou infraestruturas, como redes de eletricidade, fontes de água e internet.

A operação em Nur Shams também resultou na destruição de propriedades de palestinos e ainda no impedimento de ambulâncias transportarem os feridos para unidades hospitalares.

O ataque deste final de semana é mais um episódio de violência de Israel contra os palestinos. Uma contagem do Ministério da Saúde da Palestina aponta que cerca de 500 palestinos foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia desde o início da guerra de Israel contra o Hamas.

Na Faixa de Gaza, um ataque efetuado pelas forças israelenses em Rafah, no sul, matou pelo menos 22 pessoas.

Segundo a Xinhua, as ruas das aldeias, vilas e cidades da Cisjordânia estão praticamente vazias.

De acordo com a Wafa, entre as vítimas do bombardeio que atingiu várias casas da cidade do enclave estão 18 menores de idade. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que pouco mais de 34 mil pessoas foram mortas na região desde o início das operações israelenses.

*Opera Mundi

O cronograma da PF para os indiciamentos de Jair Bolsonaro

A depender do planejamento da Polícia Federal, Jair Bolsonaro e seus aliados terão um indiciamento por mês até o final do semestre.

A depender do planejamento da Polícia Federal, Jair Bolsonaro e seus aliados terão um indiciamento por mês até o final do primeiro semestre do ano: um em maio e outro em junho.

A PF acredita que até maio o inquérito sobre a venda das joias da Arábia Saudita será finalizado. Para junho, a corporação prevê o fim do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro e seus pares.

Nesta semana, uma equipe de Polícia Federal irá aos Estados Unidos para obter mais informações da cooperação internacional com o FBI sobre a venda das joias por Bolsonaro, Mauro Cid e o pai de Cid, o general Mauro César Lourena Cid, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

A corporação acredita que, com as informações obtidas com a cooperação com o FBI, o inquérito será finalizado. Em maio, o relatório será concluído e o indiciamento pedido.

Em junho, será a vez do mais importante dos três inquéritos abertos contra Jair Bolsonaro, sobre os esforços para dar um golpe em 2022, culminando no 8 de Janeiro, em 2023.

O bagaço da Laranja

A cronologia trágica da direita brasileira, é explícita. Desde quando as Organizações Globo criaram o Instituto Innovare, em 2004, ou seja, um ano depois de Lula assumir o seu primeiro mandato, com o intuito de erguer mais um embuste, como é praxe dos Marinho, para se infiltrar no sistema jurídico brasileiro e, diante das informações de seu funcionamento, entender em que tipo de piso a Globo caminharia para usar o judiciário como produto político a favor dos interesses da velha oligarquia.

Não que o judiciário brasileiro não fosse por si só o cão de guarda do patriarcado brasileiro, sempre foi e levará muitos anos para se libertar desse chiclete grudado no cromo alemão de suas Excelências.

Não se pode esquecer que quem deu o rótulo de legalidade à sanguinária escravidão dos negros no Brasil, foram os homens de preto, togados, com o perfume floral de algo realmente institucional. Mas isso é um outro assunto.

O que menos queremos aqui é fazer cera, procrastinar um assunto que já está para lá de liquidado.

Então, inicia-se a farsa do mensalão, que é, sem sombra de dúvida, a mais dantesca e funesta farsa jurídica desse país.

Enfim, para não prolongar, Zé Dirceu foi transformado no maior bandido nacional, enquanto Roberto Jeferson era elevado à condição de protetor da legalidade. Um dos maiores pilantras da história desse país, foi ouvido pela Folha, sob o comando de Renata Lo Prete, que o embalou como o homem bomba.

A história não poderia ser mais ridícula, patética, sem qualquer fundamento, mais que isso, sem um cisco que fosse de prova de crime de Zé Dirceu que, diga-se de passagem, ao contrário de Roberto Jeferson, nunca havia sido acusado de qualquer malfeito.

Mas tudo isso tinha, em tese, uma senha, a paciência da sociedade brasileira com os fracassos repetidos e contínuos da direita, havia chegado ao fim.

Remédio: para a direita voltar ao poder, golpe, que só não se consumou porque houve uma reação da sociedade em defesa de Lula. Mas as cabeças de Zé Dirceu e Genoíno, dois grandes expoentes do PT, tinha que ser sacrificadas, o que discordo francamente, sempre achei que a esquerda deveria ir para o enfrentamento com aquela escumalha golpista.

Joaquim Barbosa, um dos maiores deslumbrados da história desse país, vestiu com gosto a carapuça de torquemada, fazendo caras e bocas de frente para as câmeras da Globo para, no final, carnavalizar a tal “teoria do domínio do fato”, que significava claramente, “eu não tenho provas contra Zé Dirceu e Genoíno, portanto, vou chutar esse bate-entope jurídico e a mídia faz o resto do trabalho sujo.

Logo em seguida, vem a Lava Jato, que dispensa comentários, porque a intenção aqui é dizer que, depois do que fizeram com Dirceu, partiram para cima de Dilma e, em seguida, de Lula, para Moro sapecar na sua sentença, que não tinha nenhuma prova contra Lula e que, sem prova, inventou uma presepada jurídica chamada “Atos de Oficio”.

O que um troço desses tem de provas, além de porra nenhuma? Nada! Mas as Miriams, os Mervais, os Sardembergs, os Demétrios, as Leilanes Neubarth, etc, estão aí para dizer qualquer merda, com ar de compenetrados e fazer com que a direita não desista de tentar voltar ao poder, mesmo que seja em pelo, num jumento como Bolsonaro.

Só que, agora, até o jumento arriou os quatro pneus, sobrando apenas o rebotalho do que existe de mais nefasto no mundo neopentecostal, porque já não tem mais nada além desse bagaço humano chamado Malafaia.

Israel está lutando em quatro frentes – mas a derrota pode ocorrer em casa

As FDI estão envolvidas em conflitos simultâneos com o Hamas, o Hezbollah e o Irão e na Cisjordânia – mas não tinham contado com as divisões sociais e políticas que isso causaria. As forças israelitas combatiam o Hamas dentro de Gaza e envolviam-se em trocas de tiros diárias com o Hezbollah na fronteira norte com […]

As FDI estão envolvidas em conflitos simultâneos com o Hamas, o Hezbollah e o Irão e na Cisjordânia – mas não tinham contado com as divisões sociais e políticas que isso causaria.

As forças israelitas combatiam o Hamas dentro de Gaza e envolviam-se em trocas de tiros diárias com o Hezbollah na fronteira norte com o Líbano. Um conflito de baixa intensidade, constituído principalmente por ataques aéreos, continuava com as forças apoiadas pelo Irão na Síria. Israel também foi alvo – embora de forma ineficaz – de drones disparados pelos Houthis no Iémen.

Mas a data dos comentários de Gallant foi significativa. Ele falava em 2 de abril, um dia depois de Israel ter bombardeado uma instalação diplomática iraniana na capital síria, Damasco. Dentro de duas semanas, Israel acrescentaria outra frente ao conflito multifrontal de Gallant, depois de o Irão ter lançado 300 mísseis e drones contra Israel em retaliação a esse ataque.

Embora Israel já tenha estado aqui antes – nomeadamente em 1967 e 1973, quando travou guerras com exércitos árabes convencionais que pressionavam a partir de várias direcções – este conflito, ou uma série de conflitos inter-relacionados, é muito diferente. A abertura de uma nova frente com o Irão levanta novas questões sérias, e não apenas sobre se o país tem capacidade para combater múltiplos adversários no que – pelo menos por enquanto – parece ser um estado de conflito sem fim.

A realidade é que, embora Israel tenha planeado durante pelo menos uma década uma guerra que poderia envolver simultaneamente combates em Gaza e contra o Hezbollah no norte, as suposições sobre como essa campanha seria conduzida parecem ter sido erradas. Com Cafezinho.

O principal conceito de organização da estratégia das Forças de Defesa de Israel nos últimos anos tem sido o Plano Plurianual Momentum. O ponto de partida desse plano foi a ideia de que era altamente improvável que Israel tivesse de combater forças terrestres convencionais, como aconteceu uma vez nas guerras dos seis dias e do Yom Kippur. Com base nas suas experiências da segunda guerra do Líbano em 2006 e dos conflitos anteriores em Gaza, as FDI concluíram que os seus principais inimigos seriam “exércitos terroristas difusos, baseados em foguetes”.

Embora militarmente inferiores, estes não seriam simples grupos militantes ou de tipo guerrilheiro, mas adversários avançados, bem treinados e ideologicamente motivados, operando em redes complexas e por vezes interligadas.

O “conceito operacional de vitória” que os planeadores estabeleceram neste cenário era aquele que previa Israel travando pequenas guerras de forma inteligente, decisiva e rápida.

Governo Tarcísio decide substituir professores pelo ChatGPT nas escolas públicas de SP

O governo do estado de São Paulo, liderado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas, anunciou que passará a utilizar a ferramenta de inteligência artificial ChatGPT para auxiliar na produção de aulas digitais destinadas a professores da rede estadual. A iniciativa marca uma mudança no método de produção do material didático, que até então era elaborado exclusivamente […]

O governo do estado de São Paulo, liderado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas, anunciou que passará a utilizar a ferramenta de inteligência artificial ChatGPT para auxiliar na produção de aulas digitais destinadas a professores da rede estadual.

A iniciativa marca uma mudança no método de produção do material didático, que até então era elaborado exclusivamente por professores curriculistas.

Conforme um documento obtido pela Folha, o novo processo incluirá uma “primeira versão da aula” gerada pelo ChatGPT, com base em temas e referências pré-definidos pela Secretaria de Educação.

Posteriormente, os professores curriculistas serão responsáveis por avaliar e ajustar o conteúdo, garantindo sua conformidade com os padrões pedagógicos antes de uma revisão final pela equipe interna da secretaria.

A Secretaria de Educação de São Paulo confirmou que o teste do uso de inteligência artificial está programado para o terceiro bimestre deste ano, abrangendo alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.

A medida visa “melhorar a qualidade” das aulas previamente elaboradas e incluir novas atividades e exemplos práticos.

Este novo método também alterará a carga de trabalho dos professores, que passarão a entregar três aulas a cada dois dias úteis, aumentando o volume semanal de aulas.

A decisão segue a tendência anteriormente adotada por Renato Feder, secretário de Educação, de priorizar conteúdos digitais e alinhar o material didático às demandas das avaliações nacionais como o Saeb.

No entanto, a estratégia de substituir livros didáticos impressos por slides digitais havia sido criticada por erros encontrados no material, levando a um recuo parcial do governo, que decidiu manter a adesão ao Programa Nacional do Livro Didático.

Mísseis poderosos, orçamentos bilionários e disparidade nos caças: o arsenal aéreo de Israel e Irã

Os países vivem escalada de tensões. O Irã fez um ataque direto inédito contra Israel no sábado (13), que, segundo a imprensa americana, revidou nesta quinta (18). A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio israelense ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, que matou um comandante da Guarda Revolucionária.

Menos de uma semana após o ataque de 300 drones e mísseis do Irã contra Israel, explosões foram ouvidas em território iraniano na noite de quinta-feira (18).

O ataque, atribuído a Israel por um oficial americano ouvido pelo “New York Times”, atingiu uma base militar na cidade de Isfahan, que tem instalações nucleares, porém não causou grandes estragos. Com g1.

Os dois países vivem em uma escalada de tensões sem precedentes desde que o consulado iraniano na Síria foi atacado, em 1 de abril, matando o chefe da Guarda Revolucionária, braço mais poderoso do Exército e após a Revolução de Islâmica de 1979 no Irã. Veja aqui a cronologia da crise.

Como Israel e Irã não dividem fronteira, um eventual conflito aberto entre os países poderia acontecer pelo ar, com o uso de jatos, caças e outras aeronaves e o lançamento de mísseis. O bombardeio realizado pelo Irã no sábado (13) é um exemplo.

Background image

Em relatório enviado ao STF, PF afirma que Twitter está permitindo “reorganização da Milícia Digital”

Corporação também afirmou que a rede mentiu ao dizer que manteve bloqueadas as contas de pessoas investigadas.

Em relatório enviado a Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que investiga o empresário Elon Musk, a Polícia Federal (PF) afirmou que o X [ex-Twitter] está viabilizando a “reorganização da Milícia Digital” ao permitir que brasileiros possam acessar links para acompanhar lives transmitidas, de fora do país, por políticos e militantes investigados, informa o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.

“Nesse momento, vislumbra-se uma reorganização da Milícia Digital dentro dos limites da jurisdição brasileira, com a reativação dos perfis na plataforma X, por meio da disponibilização aos usuários brasileiros de links para acompanharem lives transmitidas fora do país pelos investigados”, diz trecho do documento produzido pelo delegado da PF que toca o inquérito sob relatoria de Moraes.

A PF também afirmou que o X faltou com a verdade ao dizer que manteve bloqueadas as contas de políticos e militantes investigados.

“Ao contrário da resposta encaminhada pela empresa X, [a polícia] identificou várias contas objeto de constrição judicial, que estão ativas no Brasil, permitindo que os usuários brasileiros da plataforma sigam os perfis bloqueados.

Além disso, apesar de não disponibilizar o tweets publicados, o provedor da rede social X está viabilizando que as referidas contas disponibilizem link para que os usuários da rede social no Brasil acessem o recurso de transmissão ao vivo ‘live’, para acompanharem o conteúdo publicado pelas pessoas investigadas que tiveram suas contas bloqueadas.

A análise identificou que o acesso à plataforma ocorria de forma diversa a depender do hardware/sistema operacional utilizado
para acessá-la. Ou seja, caso um perfil específico como o do blogueiro Allan Lopes dos Santos – que mora nos EUA e é considerado foragido pela Justiça brasileira– fosse acessado a partir de um computador pessoal a mensagem que surgia na tela do operador indicava que a conta se encontrava retida

Todavia, se o acesso fosse feito por meio do aplicativo Twitter instalado em smartphone, sem o uso de VPN, era possível em 08 de abril de 2024, às 09h16, acessar informações do perfil @allanldsantos, inclusive podendo segui-lo”, anotou a Polícia Federal.

O relatório da Polícia Federal prosseguiu: “O perfil @tercalivre, também com ordem judicial de bloqueio, ficou acessível pelo aplicativo X (Twitter) em 10 de abril de 2024, conforme captura de tela abaixo. No momento em que o print do perfil foi capturado é possível observar que havia uma transmissão ao vivo”.

A PF afirmou que usuários do X estariam usando um recurso chamado “Spaces”, uma espécie de audioconferência, para viabilizar que perfis bloqueados participem das transmissões ao vivo e possam ser ouvidos no Brasil.

“Nesse ponto, cabe trazer os elementos de prova formalizados no Relatório de Análise nº 001/2022, juntado aos autos do inquérito que evidenciou o modo de agir do autointitulado GDO (“gabinete do ódio”) que, assim como nos eventos ora investigados, utilizou a plataforma Twitter (atual X) para colocar em prática suas ações criminosas, com a criação e a repercussão de notícias não lastreadas ou conhecidamente falsas a respeito de pessoas ou temas de interesse.”