Ano: 2024

Flávio Bolsonaro aparece em inquérito de Marielle, em vídeo que o acusa de envolvimento com milícias

Marielle endossava as críticas de Freixo à família Bolsonaro, por envolvimento com milícias do Rio, às vésperas do planejamento de sua morte.

O nome de Flávio Bolsonaro consta no inquérito da Polícia Federal sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. No documento, o nome de Flávio aparece em vídeo do deputado Marcelo Freixo (PSOL), no qual associava o filho mais velho do ex-presidente ao armamento e às milícias do Rio de Janeiro. O vídeo foi compartilhado por Marielle, que endossava as críticas à família Bolsonaro.

O que diz o inquérito da PF
Ao trazer um amplo histórico das razões para o crime, a PF elenca a “animosidade entre os Brazão e o PSOL” em tópico próprio do relatório para as razões dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão em mandar matar a vereadora.

Mas no item 12.2.3, os investigadores levantam pesquisas de confrontos entre o PSOL e a vereadora Marielle Franco contra os interesses dos mandatários do crime, entre eles a criação da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e a nomeação de Domingos Brazão, pelo Plenário da Alerj, ao TCU do Rio de Janeiro.

Neste último episódio, a PF aponta que a nomeação foi questionada pela oposição, o PSOL, “sob a alegação de não ter sido observado o rito procedimental previsto em lei, bem como em razão de sua incapacidade para exercício do cargo, que supostamente deveria ser ocupado por um servidor de carreira”.

Segundo a PF, às vésperas do início do plano de seu assassinato, no dia 26 de outubro de 2017, Marielle compartilhou uma postagem em suas redes sociais, no qual o deputado estadual Marcelo Freixo acusa Flávio Bolsonaro por votar a favor de Domingos Brazão ao TCE-RJ.

Vídeo não era sobre Brazão, mas sobre milícias
O GGN buscou o vídeo e, apesar de trazer a denúncia de Freixo contra a nomeação de Domingos Brazão, o tema principal era outro: o projeto de desarmamento, tema também sensível às milícias do Rio de Janeiro.

Enquanto Marielle denunciava, em seu comentário, a tentativa de derrubada do projeto de desarmamento, no vídeo, Freixo atacava diretamente Flávio Bolsonaro, não somente por votar contra o projeto de desarmamento, como por ter aprovado a nomeação de Brazão e por defender as milícias.

*GGN

Irmãos Brazão são transferidos do DF para outras prisões federais

Os três são suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco – crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes.

O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foram transferidos de Brasília para outros presídios federais na manhã desta quarta-feira (27/3). Rivaldo Barbosa continuará em Brasília.

Os três são suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco – crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes –, no Rio de Janeiro (RJ).segundo o Metrópoles.

Eles foram detidos durante a Operação Murder Inc., da Polícia Federal (PF), nesse domingo (24/3).

A ação teve apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol/PCERJ) e da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), além de participação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Reduto político e milícia
Domingos e Chiquinho Brazão têm reduto político e eleitoral em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro historicamente dominado pela milícia.

Domingos Brazão ameaçou conselheiro do TCE, diz delação: ‘Começo por neto, depois filho e, por último, ele morre’

Relatório final da PF relembra ameaças de morte Brazão a colega do Tribunal de Contas do Estado.

O relatório final da Polícia Federal que detalha a investigação sobre os mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes recorda ameaças públicas de morte do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ) Domingos Brazão a José Maurício Nolasco em 2017. “Se ele fizer isso ele morre”, teria dito Domingos. Ele e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, foram citados como mentores intelectuais do assassinato de Marielle junto com o ex-chefe da polícia civil Rivaldo Barbosa.

*Extra

Se a justiça não prender Bolsonaro agora, estará alimentando a serpente do fascismo de maneira irreversível

Manter Bolsonaro livre depois do episódio da embaixada da Hungria, para onde correu em busca de abrigo diplomático para não ser preso, numa clara insurgência contra o judiciário brasileiro, deixa duas coisas bastante claras, Bolsonaro quer construir um ambiente de tumulto no país.

Para ser mais claro, ele quer reproduzir a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023, já que, mesmo o mundo abissal, sabendo que ele foi o comandante daquela balbúrdia terrorista, que daria início a uma escalada golpista, seguida de uma sangrenta ditadura, até então não sofreu qualquer penalidade pelo ataque à constituição e à democracia brasileira.

Para quem deixou morrer mais de 700 mil brasileiros por covid, nutrindo a ideia de buscar a cômodo e assassina imunidade de rebanho, sem qualquer fundamento, colocar na cadeia, mais de mil tolos, para Bolsonaro, é café pequeno, é palitar os dentes de um banquete sanguinário infinitamente maior que não lhe custou, até então, qualquer consequência.

Pois bem, se nos dois dias em que usou a embaixada da Hungria como rota de fuga da justiça, fosse decretada sua prisão, lógico, Bolsonaro não se entregaria e faria da embaixada húngara e arredores um santuário miliciano para que romeiros do Brasil inteiro construíssem de balbúrdia política e social no país.

É esse o modus operandi de Bolsonaro desde que esteve no exército, quando foi preso por garimpo ilegal e, em seguida, ameaçar os próprios quartéis de explodir bombas em seu interior, assim como dinamitar a estação de água do Guandu, o que lhe custou a expulsão das Forças Armadas e, junto, a maior desonra que um soldado poderia ter.

Ou seja, Bolsonaro nunca teve plano B para nada, sempre apostou na esbórnia institucional, na quebra total de hierarquia, na queima, em praça pública, da constituição brasileira, contanto que sua bazófia triunfe, custe o que custar.

Por isso seu governo foi uma rede criminosa, bem ao estilo da milícia, que ele tanto apaixonadamente defendeu. De lambuja, ainda empregava em seu esquema de peculato e formação de quadrilha, parentes de milicianos mais próximos, como é o caso de Adriano da Nóbrega, condecorado por ele com a maior honraria do estado do Rio.

Bolsonaro está peitando as instituições brasileiros, peitando o Estado brasileiro com seu Estado paralelo, sem qualquer compromisso com a legalidade, ao contrário, quer afrontar a mesma e dizer “quem manda”.

É um momento delicado, porque há muita misura para enjaular um animal raivoso, que não tem como cometer mais crimes. A sociedade passa a não entender por que o judiciário está cheio de dedos para pôr as mãos num delinquente confesso.

PSol pede que PGR investigue Braga Netto por nomear Rivaldo Barbosa

Os deputados do PSol pedem para Gonet investigar porque Braga Netto bancou a nomeação de Rivaldo Barbosa um dia antes da morte de Marielle.

O PSol pediu nesta segunda-feira (25/3) que o Ministério Público Federal investigue o general Walter Braga por nomear o delegado Rivaldo Barbosa como chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle Franco. Barbosa é apontado pela Polícia Federal como o “autor intelectual” da morte da vereadora e foi preso no domingo (24/3).

Em 2018, final do governo Temer, o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal na segurança pública. Braga Netto era o interventor, ou seja, tomava todas as decisões da segurança do estado, inclusive na Polícia Civil e Militar. O general, posteriormente, foi ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro e candidato à vice-presidência na chapa do ex-presidente em 2022.

No pedido enviado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a bancada do PSol na Câmara dos Deputados apontou que, segundo a PF, Braga Netto foi avisado pela inteligência da Polícia Civil que o nome de Rivaldo não era aconselhado para chefiar a corporação.

Que perseguição é essa com Bolsonaro? Quem nunca dormiu duas noites na embaixada da Hungria no Brasil?

Bolsonaro poderia dormir na mansão de um filho em Brasília, são três mansões compradas em dinheiro vivo durante seu governo. Mas modesto como é, preferiu pegar seus panos de bunda e ir para embaixada da Hungria e ficar mais de cinco minutos do lado de fora batendo palmas para entrar.

Qual ex-presidente da República nunca fez o mesmo?

A embaixada da Hungria é igual a todas as outras, que sempre serviram de casa da mãe Joana para ex-presidentes.

Só porque Bolsonaro teve o passaporte cassado para não dar nas canelas e fugir da cadeia? Isso faz dele suspeito, porra!

O paralelo entre o assassinato de Marielle e a rachadinha de Flávio Bolsonaro

Não foram somente os irmãos Brazão que guardavam interesses imobiliários com milícias na zona oeste. O senador Flávio Bolsonaro também..

A razão para o assassinato de Marielle Franco foram os interesses imobiliários na zona oeste do Rio de Janeiro junto às milícias. Apesar de comprovados os responsáveis, não foram somente os irmãos Brazão que guardavam estes mesmos interesses. A família Bolsonaro, notadamente o senador Flávio Bolsonaro, também. E acusações já abertas contra ele comprovam a coincidência e até dos mesmos personagens envolvidos.

Os irmãos Brazão mandaram matar Marielle pelo ativismo da vereadora contra a expansão das milícias na zona oeste do Rio de Janeiro, incluindo Jacarepaguá, Osvaldo Cruz e Rio das Pedras, onde os mandantes detinham negócios imobiliários e interesses de regularização para o domínio das milícias.

Para o assassinato, os irmãos – que representam a influência política das milícias – contaram com a participação de diversos milicianos da região para a execução dos crimes. Um deles foi Ronald Paulo Alves Pereira, conhecido como Major Ronald. Apesar de não ter sido alvo de mandato policial desta semana, o miliciano foi peça chave no crime: quem passou a informação a Ronnie Lessa do paradeiro de Marielle Franco no dia do seu assassinato.

Os negócios imobiliários de Flávio com milicianos no Rio das Pedras
O enredo da morte de Marielle acima narrado repete personagens, local e interesses de uma das acusações de rachadinha contra o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Trata-se dos investimentos de Flávio em três construtoras (São Felipe Construção Civil Eireli, São Jorge Construção Civil Eireli e ConstruRioMZ) nas mesmas regiões de Rio das Pedras para prédios da milícia, com dinheiro de “rachadinha” do antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O caso foi desvendado em 2020, por reportagem do Intercept, que obteve os documentos sigilosos da investigação do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ). Os procuradores cruzaram informações bancárias de 86 pessoas suspeitas no esquema ilegal que irrigava o ramo imobiliário da milícia – o mesmo que motivou o assassinato de Marielle.

*GGN

AGU de Bolsonaro pode complicar ex-presidente se falar à PF

Segundo ex-comandante da Aeronáutica, Bolsonaro questionou Bruno Bianco, ex-AGU, por “ato” contra resultado da eleição de 2022.

Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União do governo Bolsonaro, pode complicar mais a situação jurídica do ex-presidente na Justiça caso tenha de prestar depoimento à Polícia Federal (PF). Bianco confirmará à PF a versão dada pelo ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior de que Bolsonaro questionou Bianco por um “ato” contra o resultado da eleição, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Segundo o ex-comandante militar, Bianco respondeu a Bolsonaro que não haveria qualquer alternativa jurídica para contestar o resultado da eleição, que transcorreu de forma legal. A conversa aconteceu no Palácio da Alvorada, em 1º de novembro de 2022, dois dias após Lula derrotar Jair Bolsonaro nas urnas.

Se for chamado a falar à PF como testemunha, Bianco confirmará a versão do brigadeiro Baptista Júnior. O ex-AGU acrescentará que, durante sua gestão, a pasta nunca recebeu consulta formal sobre uma forma para questionar as eleições.

E que, quando foi questionado em conversas, sempre defendeu a legalidade das eleições. Bianco também ressaltará que colaborou com a transição de governo, e que a AGU agiu como órgão de Estado

O covardão poderá fugir a qualquer momento com medo de ser preso

Todo cuidado com ele é pouco

É mais simples do que parece o que Bolsonaro conseguiu ao entrar na Embaixada da Hungria, no Brasil, às 21h37 da segunda-feira de Carnaval em fevereiro último. Até sair de lá, 48 horas depois, espontaneamente ou enxotado, Bolsonaro tornou-se intocável. Com ele ninguém poderia mexer.

Saiu de lá porque quis, ou porque foi convencido de fora a sair, ou de dentro pelo embaixador. Enquanto não saiu, esteve a salvo das leis e da Justiça brasileira – afinal, a Convenção de Viena de 1961 diz que embaixadas e consulados são territórios protegidos e invioláveis.

Quem está dentro pode sair a hora que quiser, e ainda goza de imunidade. Não pode ser preso, por exemplo, a não ser em flagrante. Mas quem está fora só pode entrar se tiver permissão. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que se diz amigo de Bolsonaro, autorizou a entrada.

Em janeiro de 2019, Orbán participou da posse do seu colega de extrema direita, em Brasília. Bolsonaro retribuiu a visita na volta da viagem que fez à Rússia em fevereiro de 2022 para solidarizar-se com o presidente Vladimir Putin às vésperas da invasão da Ucrânia. Não, Putin não é comunista.

Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por ter atentado contra a democracia ao longo do seu governo. Seu passaporte foi apreendido para impedir que ele deixe o país. Está proibido de se comunicar com pessoas alvos da mesma suspeita. Vive sendo convocado a dar explicações.

Foi um asilado temporário de Orbán. Burlou as restrições que a Justiça brasileira lhe impôs. Cometeu um crime por isso? Não é crime pedir asilo. Não é crime conceder asilo. Bolsonaro quis reforçar aos olhos dos que lhe dão fé sua condição de perseguido político. É assim que se apresenta.

Naquele mesmo dia, horas antes de entrar na embaixada, Bolsonaro avisara aos seus seguidores que faria um comício, no dia 22 de fevereiro, na Avenida Paulista para tirar uma foto com eles e defender-se das acusações que pesam sobre seus ombros. O comício foi um sucesso, mas nada mudou.

Qualquer pessoa em apuros com a Justiça, sem argumento convincente para brandir a seu favor, pode se dizer perseguida. Provas e fortes evidências reunidas até agora indicam que Bolsonaro é tudo menos um perseguido. Mas ele repete que é e tem gente que acredita. É seu direito.

É direito do presidente do inquérito sobre as ameaças à democracia, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pedir satisfações a Bolsonaro. Moraes deu-lhe um prazo de 48 horas para responder porque refugiou-se na embaixada da Hungria, e com qual intenção.

Bolsonaro antecipou-se à pergunta e, em nota postada, ontem à tarde, nas redes sociais, afirmou que sua estada na embaixada foi apenas para atualizar “os cenários políticos das duas nações”. Poderia ter atualizado por telefone, e-mail, ou chamar o embaixador ao seu encontro. Ele iria.

Mas não. Preferiu ir ao encontro dele acompanhado por dois agentes de segurança, carregando malas de roupa. Mandou comprar um pedaço de pizza e providenciar uma cafeteira. E não se sabe o que fez mais por lá. O embaixador entende português, Bolsonaro não entende húngaro.

*Blog do Noblat

Justiça britânica aceita recurso de Julian Assange e adia decisão sobre extradição para os EUA

Reino Unido pede novas garantias aos EUA, que querem julgar o australiano fundador do WikiLeaks.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, vai continuar sua defesa nos tribunais do Reino Unido após o país europeu adiar, nesta terça-feira (26), o veredito sobre uma possível extradição para os Estados Unidos, que desejam julgar o australiano pela divulgação de documentos confidenciais.

Os juízes deram um prazo de três semanas para as autoridades americanas garantirem que Assange poderia ser beneficiado pela Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão, e não seria condenado à pena de morte. A decisão é uma vitória parcial da equipe jurídica do australiano, já que o tribunal rejeitou o argumento de que o caso seria politicamente motivado.

De acordo com a decisão dos juízes Victoria Sharp e Jeremy Johnson, se tais garantias não forem apresentadas até o dia 16 de abril, Assange poderá recorrer do seu pedido de extradição, aprovado em junho de 2022 pelo governo britânico. Caso os EUA as apresentem, porém, o tribunal terá que decidir se são ou não satisfatórias em uma audiência marcada inicialmente para 20 de maio.

O tribunal afirmou que, por não ser um cidadão americano, Assange possivelmente não teria direito a invocar o direito à liberdade de expressão e poderia ser posteriormente acusado de um delito capital, o que torna ilegal extraditá-lo. O Reino Unido tem a obrigação de “não ordenar a extradição do requerente se ele pudesse ser condenado à morte pelo delito em questão”, disseram os juízes.

Em fevereiro, o australiano faltou por motivos médicos a audiências, às quais compareceram dezenas de simpatizantes para expressar apoio. Na ocasião, seus advogados argumentaram que o processo contra ele é “político” e que uma extradição colocaria em perigo sua saúde e até sua vida.

Segundo o advogado Edward Fitzgerald, seu cliente está sendo julgado por “práticas jornalísticas comuns” para obter e publicar informações e enfrenta uma sentença desproporcional nos EUA. Já a advogada Clair Dobbin, que representa o governo americano, diz que Assange publicou “indiscriminadamente e conscientemente os nomes de pessoas que serviam como fontes de informação para os EUA”.

Do lado de fora do tribunal de Londres, sua esposa, Stella Assange, pediu nesta terça que Washington retire as acusações contra o seu marido. “A administração Biden não deveria oferecer garantias, deveria abandonar esse caso vergonhoso que nunca deveria ter sido aberto”, disse ela a jornalistas. “Julian nunca deveria ter ficado na prisão um único dia. Isso é uma vergonha para todas as democracias. Julian é um prisioneiro político.”

Com base principalmente na Lei de Espionagem, de 1917, promotores dos EUA movem 18 acusações contra o australiano. A Justiça americana argumenta que Assange está sendo processado por conspiração e por supostamente tentar violar as senhas e invadir um computador do Departamento de Defesa. Há pressão para que o presidente americano, Joe Biden, retire essas acusações, feitas durante o governo do ex-presidente Donald Trump.