Segundo o secular Estadão, uma direita adequada aos novos tempos, democrática, republicana, moderada, qualificada e liberal, tem por obrigação, arrancar a fórceps as últimas gotas de sangue e suor do trabalhador sem qualquer aumento do salário mínimo como sonha Armínio Fraga do finado tucanato.
Numa dobradinha liberal, o mesmo periódico quer a segregação total e absoluta do pobre no orçamento da união.
Essa é, inapelavelmente, a conta que mais rende no Brasil.
Assim, a direita voltará aos salões imperiais com as plumas tucanas, mesmo que em outras casacas felpudas e as cartolas atochadas até o pescoço dos Faria Limers, no congado dos Bandeirantes.
Mas quem seria capaz desse feito da direita civilizada?
Ora, o bolsonarista Tarcísio de Freitas, que já se pronunciou contra a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, além de se expressar fortemente contra a cobrança de impostos dos milionaríssimos paratatás.
Essa é a abrangência máxima que o Estadão cobra da nova safra dos senhores, doutores, escravistas, possuidores máximos da renda nacional.