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Exploração máxima da mão de obra e exclusão sumária do pobre do orçamento federal são os apelos do Estadão à “direita civilizada”

Segundo o secular Estadão, uma direita adequada aos novos tempos, democrática, republicana, moderada, qualificada e liberal, tem por obrigação, arrancar a fórceps as últimas gotas de sangue e suor do trabalhador sem qualquer aumento do salário mínimo como sonha Armínio Fraga do finado tucanato.

Numa dobradinha liberal, o mesmo periódico quer a segregação total e absoluta do pobre no orçamento da união.

Essa é, inapelavelmente, a conta que mais rende no Brasil.

Assim, a direita voltará aos salões imperiais com as plumas tucanas, mesmo que em outras casacas felpudas e as cartolas atochadas até o pescoço dos Faria Limers, no congado dos Bandeirantes.

Mas quem seria capaz desse feito da direita civilizada?

Ora, o bolsonarista Tarcísio de Freitas, que já se pronunciou contra a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, além de se expressar fortemente contra a cobrança de impostos dos milionaríssimos paratatás.

Essa é a abrangência máxima que o Estadão cobra da nova safra dos senhores, doutores, escravistas, possuidores máximos da renda nacional.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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