A pesquisadora Tatiana Coelho de Sampaio, bióloga é chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o laboratório Cristália,.
Tatiana esclarece o que é a polilaminina, um medicamento experimental inédito no mundo, desenvolvido ao longo de 25 a 27 anos de pesquisa no Brasil.
Essa droga, derivada de uma proteína extraída da placenta humana, demonstrou capacidade de regenerar axônios (prolongamentos dos neurônios responsáveis pela transmissão de sinais motores) e restaurar movimentos em pacientes com lesões medulares graves, como paraplegia e tetraplegia.
O Que é a Polilaminina e Como Funciona?
Origem: A laminina é uma proteína naturalmente produzida pelo corpo durante o desenvolvimento do sistema nervoso central. A equipe da UFRJ descobriu uma forma de sintetizá-la a partir de fragmentos de placenta (um resíduo pós-parto), tornando-a “polivalente” (daí o nome polilaminina) para promover a regeneração neural.
Mecanismo: Quando injetada diretamente no local da lesão na medula espinhal (em doses mínimas, como 1 micrograma por kg de peso), ela estimula o crescimento de novas conexões nervosas, bloqueia a formação de cicatrizes inibitórias e restaura a comunicação entre o cérebro e o corpo.
Diferente de tratamentos atuais, que focam em neuroproteção ou terapias experimentais como células-tronco, a polilaminina visa a regeneração direta dos tecidos danificados.
Aplicação ideal: Recomendada para lesões agudas, dentro de até 3-6 meses após o trauma (causados por acidentes de trânsito, quedas, mergulhos ou tiros). Quanto mais cedo, melhores os resultados, combinados com fisioterapia intensiva.
Resultados Promissores em Testes
A pesquisa passou por fases rigorosas: modelos em ratos (recuperação em 1 dia), cães (recuperação total em medulas rompidas) e cerca de 10 pacientes humanos em estudos experimentais autorizados por comitês éticos. Exemplos de casos reais:
Bruno (31 anos): Acidente de carro com lesão cervical completa. Tratado em 24 horas, recuperou movimentos totais em semanas e hoje caminha normalmente.
Hawanna Cruz (mulher, lesão em 2017): Queda do terceiro andar causou tetraplegia. Após 3 anos, o tratamento restaurou movimentos graduais nos braços e pernas ao longo de um ano.
Outros pacientes (idades 27-33 anos): Recuperação parcial a total de mobilidade, sem efeitos colaterais graves relatados após monitoramento de 7 anos.
A Tatiana Sampaio enfatiza: “Não existe medicamento igual no mundo. É o que temos de mais avançado para regenerar axônios.” Os testes confirmaram segurança e eficácia, mas ela aguardou anos para divulgar, priorizando robustez científica.
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