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Sob o governo Claudio Castro, a maior matança do Rio de Janeiro

A megaoperação da polícia no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) resultou em pelo menos 64 mortes, tornando-se um dos episódios mais letais de operações policiais na história recente da cidade.

O evento ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, e a resposta da comunidade foi imediata, com moradores levando aproximadamente 60 corpos para a Praça São Lucas.

A veracidade desses números ainda é incerta, podendo haver mais vítimas que não foram contabilizadas oficialmente.

Historicamente, essa operação superou os números de mortes anteriores em ações policiais como a da Favela do Jacarezinho e a da Vila Cruzeiro, marcando uma escalada de violência nas políticas de segurança pública sob a administração de Cláudio Castro.

De acordo com o ICL, moradores relataram que muitos corpos ainda se encontravam nas áreas altas dos morros, enquanto Raull Santiago, ativista presente no local, descreveu a operação como um evento brutal e sem precedentes, destacando o sofrimento das famílias.

As reações a essa operação foram intensas, com uma nota de 27 organizações da sociedade civil denunciando as ações da polícia e afirmando que “segurança pública não se faz com sangue”. As entidades defenderam que a operação é um reflexo da violência estrutural e do fracasso das políticas de segurança do estado.

A Polícia Civil e Militar do Rio, com cerca de 2.500 agentes na Operação Contenção, foi mobilizada para prender líderes do crime organizado e realizar buscas em território fluminense. No entanto, os bloqueios nas ruas e a subida do nível de alerta nas operações da cidade indicam que a situação chegou a um ponto crítico.

O governador Cláudio Castro expressou que a operação não se trata de uma abordagem convencional de segurança pública, mas sim de um estado de defesa, sugerindo a necessidade de uma colaboração com forças federais, já que o estado se encontra isolado em seus esforços para combater o CV.

Os relatos contínuos de violência e a luta da comunidade refletem um ciclo vicioso de dor e desespero, exacerbando a percepção de que a política de segurança do Rio falha em proteger os cidadãos. Santiago, em sua descrição perturbadora, enfatizou a dor dos familiares em luto, destacando o impacto emocional que essas perdas têm sobre a comunidade.

As condições nos locais de alta criminalidade são descritas como insuportáveis, com moradores clamando por intervenção e solução.A comunidade enfrenta uma realidade assustadora, onde a violência não parece ter fim, e as operações policiais, em vez de trazer segurança, muitas vezes resultam em mais mortes e sofrimento.

As vozes de desespero e dor ecoam em ruas que, em teoria, deveriam ser protegidas pelas forças do estado. A busca desesperada por respostas para a insegurança expõe a gravidade da crise de segurança ao qual o Rio de Janeiro está submetido.

Por fim, diante do luto e das exigências por justiça e mudança, a sociedade civil continua a se mobilizar, clamando por uma abordagem mais humana e eficaz para a segurança pública, questionando a lógica da militarização e da violência como métodos de resolução de conflitos.

As vozes dos moradores e ativistas se tornam cada vez mais essenciais, representando não apenas as vítimas, mas também a esperança de que um futuro diferente se torne possível, onde a vida e a dignidade sejam respeitadas.

Matança


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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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