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Castro patrocinou evento de Doria sobre jogos de azar um dia antes da chacina

Na véspera da megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, o governo do Rio de Janeiro autorizou o repasse de R$ 700 mil em patrocínio para um evento empresarial de João Doria, realizado em Londres. O encontro, promovido pelo Lide Reino Unido, discutia justamente o setor de jogos e apostas, tema que o próprio governo fluminense havia liberado por decreto meses antes. As informações são da coluna de Ancelmo Gois.

O contraste entre as duas ações — uma operação policial marcada pela violência e a liberação de verbas públicas para um evento de luxo no exterior — expõe a contradição de prioridades dentro da administração estadual.

  • 27 de outubro de 2025 → Governo Cláudio Castro (PL-RJ) destinou R$ 700 mil em patrocínio para o Fórum de Investimentos Brasil-Reino Unido, promovido pelo Lide (grupo fundado por João Doria).
  •  O evento ocorreu em Londres nos dias 27 e 28/10.
    – Tema central: regulamentação de jogos de azar (cassinos, bingos, apostas esportivas).
  • Palestrantes: Arthur Lira (presidente da Câmara), Michel Temer, Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e executivos do setor de bets.
  • Patrocinadores privados: Betano, PixBet, SportingBet, SuperBet, Esportes da Sorte.
  • 28 de outubro de 2025** → Um dia depois do patrocínio ser formalizado, a Polícia Civil do RJ deflagrou a Operação Contenção nas favelas do Complexo da Penha, Muzema e Jacarezinho.
  •  Resultado oficial: **121 mortos** e 113 presos.
  • Movimentos de direitos humanos, ONU e STF classificam como **chacina**.

Prova documental
Diário Oficial do RJ (ed. 30/10): publicação do Extrato de Dispensa de Licitação nº 039/2025 (Processo SEI-160001/001752/2025) confirma o repasse de R$ 700 mil à Lide Global Events Ltd.
Objeto do contrato: “patrocínio institucional” ao evento em Londres.

Por que o timing chama atenção
O setor de apostas é apontado pelo GAECO/MP-RJ e pela PF como um dos principais canais de lavagem de dinheiro de milícias e tráfico.

A megaoperação policial foi justificada como combate ao “narcoterrorismo”, mas críticos (Anistia Internacional, Human Rights Watch, Conectas) a veem como ação eleitoreira para 2026.

Castro, pré-candidato à Presidência, usou a operação para se projetar nacionalmente, mas agora é cobrado pelo STF (min. Flávio Dino) a prestar esclarecimentos em 48 h.


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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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