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O que mudou no Rio depois da carnificina de Claudio Castro?

Nada! Rigorosamente nada!

Reduziu o consumo de drogas na favela ou no asfalto após a chacina?

Não, não há evidências de redução no consumo de drogas em lugar nenhum.

Pelo contrário, relatos e apreensões indicam que o tráfico continua ativo, com rotas de abastecimento intactas e distribuição de drogas prosseguindo apesar das mortes e prisões no Complexo do Alemão e da Penha.

Sem Queda no Consumo

O consumo não reduziu (estimado em 10t/mês pré-operação), e rotas de reabastecimento (ex.: 30 pistolas de SP em 12/11) indicam retomada rápida.

O impacto no faturamento é “ínfimo” para desarticular o CV, segundo o subsecretário de inteligência da PM-RJ (audiência no Senado, 5/11).

Faturamento Bilionário

Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2025) estima que facções como CV e PCC geraram R$146,8 bilhões em 2022 com ilícitos — quase 10x mais que cocaína (R$15 bi ou ~US$2,8 bi).

No RJ, o CV usa drogas como pilar principal, mas diversifica (extorsão, armas), com o Rio como “abrigo para chefes nacionais”

O histórico de expansão do CV (com mais dinheiro circulando) sugere que o mercado se recupera sem perdas duradouras, perpetuando lucros bilionários.

Para redução real, especialistas (ex.: Observatório de Segurança) defendem foco em finanças e inteligência federal, não só repressão letal.

A chacina de Cláudio Castro chamada “Operação Contenção”, realizada em 28 de outubro de 2025 nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Os Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, continuam dominados pelo Comando Vermelho (CV), mesmo após a megaoperação policial, com barricada, com tudo.

Ou seja, a operação de Claudio Castro, simplesmente não desmantelou o controle territorial do CV.

Relatos de moradores, denúncias ao Disque Denúncia e ações policiais recentes indicam que o tráfico retomou rotinas, com barricadas, monitoramento via câmeras e movimentação de armas.

Uma semana após a ação, moradores relatam que a rotina voltou, mas com sangue nas ruas e trauma psicológico.

Escolas e comércios reabriram, mas barricadas do CV persistem em acessos, e há relatos de “recolher obrigatório” imposto pela facção em áreas específicas.

O Globo (7/11) descreve bandidos mantendo bases na Serra da Misericórdia (mata que separa Alemão e Penha), onde 60+ corpos foram encontrados durante a operação.

QG Nacional do CV
Os complexos (26 comunidades, ~112 mil moradores) são o “quartel-general” do CV desde os anos 1990, coordenando decisões para outros estados (BA, GO, PA, AM, MA).

A operação matou 12 lideranças regionais de fora do RJ, mas o núcleo fluminense, incluindo treinamentos de guerrilha e distribuição de drogas, segue operacional.

Tudo não passou de um grande espetáculo. Nada se moveu em prol do estado do Rio de janeiro e sua população. Já Claudio Castro segue fazendo coreto político em cima dos caixões para sua candidatura ao Senado.


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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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