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A direita travou e Lula governa sem uma oposição minimamente decente, inclui-se aí a mída

A direita brasileira nunca teve estofo para lidar com as questões que afligem os pobres.

Aquela proeminência intelectual dos caciques do PSDB, cheia de mesuras e cortesias, não passavam de reverências típicas da nobreza da aristocracia para um grupo seleto de endinheirados.

Os golpes em Dilma e em Lula não foram por acaso, basta fazer uma comparação entre o resultado nu e cru da aprovação de FHC, depois de 8 anos de governo, míseros 21%, e, numa posição diametralmente oposta, o recorde de aprovação de Lula, chegando a 87% com os mesmos 8 anos de governo.

A minha tese é a de que não existe direita e extrema direita no Brasil. Na verdade, é a velha direita sem modos que abraça o fascismo e, junto, qualquer regra de civilidade, porque, pela democracia, jamais voltariam ao poder.

Esse apagão da oposição, representada por um amontoado de cabeças de bagre, ao invés de bater, só apanha dos ministros de Lula convocados pelo Congresso.

Isso é vexatório e nos deixa constrangidos, para não dizer que provoca vergonha alheia, tal o desconhecimento e incultura que a direita utiliza da intolerância e da bandalha como recurso retórico para tentar emparedar seus convidados.

O resultado é uma tragédia para a própria República, porque dali não sai nada  que alcance ao menos o sentimento coletivo do país.

Isso é fruto de uma direita que acabou por falta de propostas. E o que se vê no Congresso são os bêbados do fim da esbórnia numa exibição de incultura nunca vista dentro do parlamento.

É evidente que, quem construiu essa ponte para o inferno, foi a própria mídia que, antes de qualquer coisa, é preguiçosa por ser incapaz de produzir um debate nacional que contemple a sociedade, mesmo em oposição ao governo.

Mas a mídia não é nada além de especulações baratas, moralismo tosco, apologia à arma, à violência, com frases falsas de religiosidade charlatã e mais nada, o que não deixa de ser péssimo para o país, até porque a tendência é a direita se  aprofundar num radicalismo medieval por se ver incapaz de um mínimo de pensamento propositivo que lhe confira, um tanto que seja, o respeito da sociedade brasileira.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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