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VÍDEO: Pastor de Igreja Batista prega contra nordestinos e incita ódio ao povo da região

Luiz Antonio Vieira, da Primeira Igreja Batista de Piabetá, sediada em Magé (RJ), fez um culto recheado de xenofobia contra o Nordeste por conta da expressiva votação de Lula por lá.

Um pastor identificado como Luiz Antonio Vieira, líder da Primeira Igreja Batista de Piabetá, sediada em Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, proferiu um forte discurso xenofóbico contra nordestinos durante um culto da denominação que ocorreu na última quinta-feira (3), por conta da derrota monumental sofrida por Jair Bolsonaro (PL) naquela região, na disputa em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu como vencedor, em 30 de outubro.

Vieira começa dizendo que “não tem nada contra os irmãos que nasceram no Nordeste”, citando inclusive o nome de uma mulher que seria do Recife (PE), sua fiel, para na sequência desfilar um repertório xenófobo e ofensivo ao povo da região.

“No domingo eu falei aqui que eu iria na convenção da assembleia da ordem dos pastores pra falar. Eu vou esperar para quando a assembleia da ordem for em outro lugar. Não vou gastar um centavo em nenhum hotel do Nordeste, não vou comer em nenhum restaurante do Nordeste, não vou comprar nada no Nordeste”, disse o pastor.

Luiz Antonio Vieira, da Primeira Igreja Batista de Piabetá, sediada em Magé (RJ), fez um culto recheado de xenofobia contra o Nordeste por conta da expressiva votação de Lula por lá.

Um pastor identificado como Luiz Antonio Vieira, líder da Primeira Igreja Batista de Piabetá, sediada em Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, proferiu um forte discurso xenofóbico contra nordestinos durante um culto da denominação que ocorreu na última quinta-feira (3), por conta da derrota monumental sofrida por Jair Bolsonaro (PL) naquela região, na disputa em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu como vencedor, em 30 de outubro.

Vieira começa dizendo que “não tem nada contra os irmãos que nasceram no Nordeste”, citando inclusive o nome de uma mulher que seria do Recife (PE), sua fiel, para na sequência desfilar um repertório xenófobo e ofensivo ao povo da região.

“No domingo eu falei aqui que eu iria na convenção da assembleia da ordem dos pastores pra falar. Eu vou esperar para quando a assembleia da ordem for em outro lugar. Não vou gastar um centavo em nenhum hotel do Nordeste, não vou comer em nenhum restaurante do Nordeste, não vou comprar nada no Nordeste”, disse o pastor.

O clérigo bolsonarista intensifica as ofensas e chama o povo nordestino de preguiçoso e fala ainda que ele vive de migalhas.

“É um povo que estão (sic) lá, preguiçosos. Porque os que não são vieram embora pra cá, vieram trabalhar. O nordestino é preguiçoso, gosta de viver das migalhas. Não é para você sentir ódio. Não é nordestinofobia. Não tenho fobia de nordestino, mas a grande verdade é essa”, completa.

Em inúmeros registros em vídeo, o pastor Vieira aparece “pregando” com imagens de Jair Bolsonaro ao fundo, ou então com adereços que remetiam à candidatura do presidente derrotado de extrema direita. Na manhã deste domingo (6), o perfil de sua igreja no Facebook tinha sido tirado do ar.

*Com Forum

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Venezuelana refuta fala de Bolsonaro e diz que casa abrigava ação social

Uma das venezuelanas visitadas pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, em 2021, rechaçou a fala do presidente sobre ter encontrado adolescentes vindas da Venezuela “arrumadas para ganhar a vida”, insinuando prostituição infantil.

A declaração do presidente foi dada a um podcast na sexta-feira (14), quando também se referiu ao encontro dizendo que “pintou um clima”. Segundo a mulher, no dia em que Bolsonaro fez a visita, estava acontecendo uma ação social para refugiados no local.

“Não tem nada a ver com o que ele está falando agora”, diz a venezuelana, que pediu para ter seu nome preservado, pois teme retaliação. O UOL confirmou que ela estava no local no dia da visita do presidente.

Esse dia foi uma ação que acontecia na casa. Uma brasileira que fazia curso de estética vinha até aqui para fazer a prática do que estava aprendendo, de corte de cabelo, design de sobrancelha. Então, nós reuníamos um grupo de mulheres e era isso o que acontecia naquele diaMulher venezuelana que estava durante visita de Bolsonaro em São Sebastião.

Ainda de acordo com a mulher, havia adolescentes na casa naquele dia, entre elas, sua filha e sua sobrinha.

O encontro de Bolsonaro com venezuelanas em São Sebastião foi transmitido, na época, por redes sociais. Nas imagens, é possível ver que Bolsonaro conversa com as mulheres, algumas com máscara de proteção contra a covid-19 e algumas de rosto descoberto.

Na ocasião, o presidente falou contra o isolamento social para combater a pandemia e conversou com sobre as dificuldades na Venezuela. Se Bolsonaro suspeitou de prostituição infantil no local, não fez qualquer menção a isso durante a visita, nem sequer se mostrou desconfortável com qualquer situação.

Frase de Bolsonaro viralizou

Durante entrevista a um podcast, Bolsonaro descreveu o encontro com mulheres venezuelanas.

“Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas; de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei, ‘posso entrar na tua casa?’ Entrei”, disse o presidente.

“Tinha umas 15, 20 meninas, [num] sábado de manhã, se arrumando —todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando num sábado para quê? Ganhar a vida. Você quer isso para a tua filha, que está nos ouvindo aqui agora. E como chegou neste ponto? Escolhas erradas”, prosseguiu Bolsonaro.

O trecho da fala sobre “pintar um clima” com menores de idade viralizou neste sábado (15) e chegou aos Trending Topics do Twitter –lista dos assuntos mais comentados na rede social. Somados, os termos “pintou um clima”, “Bolsonaro pedófilo” e “Bolsonaro pervertido” chegaram a somar quase 90 mil menções no Twitter.

*Com o Uol

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Intolerância religiosa: mulher foi agredida e perdeu visão do olho direito por escutar o samba da Grande Rio em homenagem a Exu

Bruna Domingues Vaz conta que bastou tocar o samba da escola para o agressor se irritar. Casos de intolerância religiosa cresceram nos últimos anos no estado do Rio.

Segundo o G1, uma manicure perdeu a visão do olho direito num ataque de facão de um desconhecido, incomodado com o samba enredo da Grande Rio, escola campeã do carnaval carioca, que homenageou este ano o Orixá Exu. O caso foi registrado em Itaboraí, e o agressor está foragido há quase seis meses.

A vítima, Bruna Domingues Vaz, disse que bastou tocar o samba dentro de casa, para o agressor, que estava num bar do outro lado da rua, iniciar a confusão.

“Cheguei lá e perguntei a ele qual era o problema. A gente tava no nosso horário, o porquê da ironia de falar se a gente era macumbeiro ou pagodeiro. Ali ele se exaltou e veio para cima de mim”, contou Bruna Domingues Vaz.

“Ele já veio com facão e não queria saber aonde ia pegar e em quem ia pegar. Eu estava na calçada, foi na hora que eu passei, e o facão veio me acertar”, relembra.

Intolerância religiosa

Os casos de intolerância religiosa cresceram nos últimos anos no estado do Rio de Janeiro. As religiões de matriz africana são os principais alvos dos ataques.

Em maio deste ano, o pastor Felipe Valadão, da Igreja Batista Lagoinha, fez uma pregação pública contra as religiões de matriz africana. Ele foi denunciado pelo Ministério Público.

“Avisa para esses endemoniados de Itaboraí que o tempo da bagunça espiritual acabou. Pode matar galinha, pode fazer farofa, prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade.”

Patrimônio cultural do Rio de Janeiro, um altar erguido nas proximidades dos Arcos da Lapa em homenagem a Zé Pelintra, uma das entidades da umbanda, já foi alvo de 22 ataques em apenas quatro anos.

“Eles depredavam na madrugada, pichavam com mensagens de ‘vou quebrar tudo’, ‘vou dar marretada na cabeça de vocês’, ‘demônios’ e essas palavras de ordem que tendem para intolerância”, conta o produtor cultural, Diego Gomes.

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa recebeu 47 registros de intolerância no ano passado. Seguidores da umbanda e do candomblé são as principais vítimas desse gênero de violência.

Mas os responsáveis pelo estudo afirmam que na ampla maioria dos casos não há sequer registros formais nas delegacias.

“Se você não tem uma rede de proteção que encoraja as pessoas a denunciarem e consequentemente há uma impunidade, você vê que não há uma medida dos órgãos públicos tratarem como tem que tratar, como crime, obviamente você encoraja as pessoas a seguirem adiante”, diz o babalaô Ivanir dos Santos.

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Vídeo: Para quem acha que o bolsonarismo (seita da morte) se resume à humilhação de uma senhora pobre, veja

Esse fato narrado por Mauro Paulino, na GloboNews, revela que o episódio de um bolsonarista humilhando uma senhora pobre, vídeo que viralizou nas redes, não é caso isolado, ao contrário, é a prática que une essa falange de cães raivosos que seguem piamente as práticas de seu adestrador.

Assista:

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Terreiros de umbanda e candomblé marcham contra intolerância religiosa no entorno do DF

Terreiros de umbanda e candomblé na região de Águas Lindas de Goiás, cidade que fica no entorno do Distrito Federal, realizaram um protesto, nesta segunda-feira (2), contra episódios recentes de intolerância religiosa ocorridos no município. O ato foi chamado de I Marcha do Povo de Axé de Águas Lindas e reuniu centenas de pessoas com faixas e cartazes.

Terreiros de umbanda e candomblé na região de Águas Lindas de Goiás, cidade que fica no entorno do Distrito Federal, realizaram um protesto, nesta segunda-feira (2), contra episódios recentes de intolerância religiosa ocorridos no município. O ato foi chamado de I Marcha do Povo de Axé de Águas Lindas e reuniu centenas de pessoas com faixas e cartazes.

“Esse ano a gente passou por duas situações muito sérias, a primeira ficou nacionalmente conhecida, que foi a invasão de um terreiro, durante a perseguição ao Lázaro. E, no mês passado, a gente teve a destruição de uma loja de artigos religiosos. Então, a gente está aqui pra exigir respeito, exigir que a gente possa professar nossa religião em paz e coexistir com as demais”, firmou Rubens Bias, conselheiro de saúde do DF e filho de santo do terreiro Sol do Oriente.

O ato percorreu algumas das principais ruas do centro de Águas Lindas. A cidade fica a 50 km de Brasília.

Racismo religioso

O caso mais recente de intolerância contra religiões afro na cidade ocorreu no dia 21 de março deste ano, quando a loja Iansã Ilê, de materiais religiosos, foi invadida e depredada por uma pessoa que se dizia “cristã”. Imagens de orixás e outros materiais próprios do culto das religiões afrobrasileiras também foram quebrados.

O segundo caso foi a abordagem violenta ao terreiro de Pai André, ocorrido em 15 de junho de 2021, localizado na região de chácaras do município. Policiais motivados pela busca de Lázaro Barbosa, então procurado pelo assassinato de uma família na Ceilândia (DF), adentraram o espaço religioso, bateram no caseiro da chácara e quebraram objetos religiosos.

Ao menos dez terreiros da região sofreram alguma abordagem considerada violenta durante a força tarefa empreendida para a prisão de Lázaro. “A nossa religião é a única que a gente sempre fala de intolerância. Até quando nós vamos falar de intolerância religiosa?”, afirmou Mãe Beth de Iansã, yalorixá do Terreiro Sol do Oriente.

Casos semelhantes também têm ocorrido no Distrito Federal. No dia 23 de março, um homem armado com um facão invadiu o terreiro Ilê Axé Omò Orã Xaxará de Prata/Ofa de Prata, situado na zona rural de Planaltina, e destruiu diversas esculturas de orixás que ficavam expostas no local.

Só no ano passado, foram registradas 22 ocorrências de discriminação religiosa em todo o DF, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública. A grande maioria contra terreiros e religiões de matriz africana.

Segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), no ano passado foram registradas 571 denúncias de violação à liberdade de crença, mais do que o dobro (243) das denúncias registradas em 2020.

Reivindicações

Entre as reivindicações da I Marcha do Povo de Axé de Águas Lindas estão a realização de um mapeamento dos terreiros existentes no município, a instalação de uma delegacia de crimes raciais, nos moldes da que já existe no DF, a instalação de uma ouvidoria para casos de crimes religiosos, além da criação de um espaço público municipal e um dia de celebração direcionado à cultura afro-brasileira.

Os terreiros também solicitam a participação da cultura afro-brasileira na Feira Cultural de Águas Lindas do Goiás, a criação de um Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, tal como a garantia da voz dos afro religiosos nas instâncias governamentais que discutem políticas públicas.

*Com Brasil de Fato

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