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PF apreende agenda de general Heleno com anotações golpistas escritas de ‘próprio punho’

Segundo os investigadores, as anotações estão alinhadas com outros documentos descobertos no âmbito da operação da quinta-feira, como a minuta de um decreto golpista.

Polícia Federal (PF) apreendeu, na residência do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro (PL), uma agenda com anotações de teor golpista escritas de ‘próprio punho’ pelo militar.

A agenda foi apreendida durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira (8) pela PF com o objetivo de apurar uma trama para uma tentativa de golpe de Estado, que culminou no dia 8 de janeiro do ano passado. Além de Heleno, Bolsonaro e outros integrantes da sua gestão, incluindo assessores, ex-ministros e militares, também foram alvos da ação policial.

De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, fontes ligadas à investigação revelaram que a agenda do ex-ministro continha anotações com teor antidemocrático, alinhando-se com outros documentos golpistas previamente descobertos ao longo das diligências. Entre esses documentos, destaca-se a minuta de um decreto golpista encontrado no escritório de Jair Bolsonaro, na sede do PL, que também foi apreendido pela PF.

As anotações feitas à mão na agenda de Augusto Heleno indicam um possível plano para restringir o poder de atuação do ministro Alexandre de Moraes. O general basearia suas ações em um suposto entendimento jurídico, fundamentado em um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU). Além disso, as notas mencionam que ordens de um juiz considerado suspeito seriam ilegais, com a possibilidade de prisão do delegado que as cumprisse

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Pastores controlam agenda de Milton Ribeiro e verba do Ministério da Educação

Reportagem mostra que religiosos atuam como lobistas, fazem parcerias com prefeituras e têm trânsito livro no ministério.

O Ministério da Educação tem um “gabinete paralelo” formado por pastores, que, mesmo sem vínculo formal com o órgão, controlam a agenda do ministro Milton Ribeiro, intermediam a relação com prefeituras e fazem parte de definições sobre o orçamento da pasta.

A informação foi revelada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta sexta-feira (18). O grupo seria capitaneado pelos pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.

De acordo com a apuração, a dupla forma “um gabinete paralelo que facilita o acesso de outras pessoas ao ministro e participam de agendas fechadas onde são discutidas as prioridades da pasta e até o uso dos recursos destinados à educação no Brasil”.

A reportagem identificou a presença dos dois pastores em 22 agendas oficiais no MEC, 19 delas com a presença do ministro, nos últimos 15 meses. Algumas são descritas como reunião de “alinhamento político” na agenda oficial de Ribeiro, que também é pastor.

Nos eventos com a presença do ministro e diante de gestores municipais, os pastores falam em nome do governo federal. Em viagem de Ribeiro ao município de Centro Novo do Maranhão (MA), em maio do ano passado, o pastor Gilmar dos Santos afirmou ser o responsável por garantir verbas para prefeituras.

Quem abriu as portas do governo à dupla, segundo integrantes da bancada evangélica, foi o deputado João Campos (Republicanos-GO), pastor da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova, ligado à convenção de Madureira.

*Com Brasil de Fato

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