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Política

Governo gastou mais de R$ 30 milhões em rádios e TVs de pastores que apoiam Bolsonaro

Agência Pública – Secom pagou R$ 28 milhões para agências veicularem campanhas na Record de Edir Macedo
Pastor dono de TV e rádio alegou prejuízo financeiro com pandemia
Igrejas e veículos de pastores que se reuniram com presidente devem mais de R$ 194 milhões ao governo.

Mais de R$ 30 milhões – esse é o valor que a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) gastou em campanhas veiculadas em rádios e TVs de líderes religiosos que apoiam Jair Bolsonaro. Segundo levantamento da Agência Pública, o governo pagou com verba pública ações publicitárias em cinco veículos ligados a pastores de igrejas evangélicas que se reuniram com o presidente no início de junho, em Brasília. Na ocasião, os líderes se encontraram com Bolsonaro para “interceder pela nação e levantar um clamor pelo Brasil”, como afirmou Silas Malafaia, um dos organizadores do encontro.

Segundo a reportagem apurou, o valor gasto pela Secom em campanhas nesses veículos equivale a quase 10% de tudo que a secretaria desembolsou desde o início do governo Bolsonaro. Na semana passada, ela foi incorporada ao Ministério das Comunicações, recriado pelo presidente.

Parte do valor gasto cobre os custos das agências de comunicação contratadas pelo governo para desenvolver as campanhas, mas a maioria vai para as próprias redes de TV e rádio, como anúncio publicitário. Segundo a apuração, dos mais de R$ 30 milhões contratados pela Secom, R$ 25,5 milhões foram pagos aos veículos. Os valores apurados se referem ao período de janeiro de 2019 a maio de 2020.

Gastos da Secom em emissoras de pastores da “Comitiva de Bolsonaro”

Universal do Reino de Deus 

TV Record – R$ 28,6 milhões

Record News – R$ 1 milhão

Rádio Guaíba – R$ 22 mil

Sara Nossa Terra

Fundação Sara Nossa Terra – R$ 741 mil

Assembleia de Deus

Rede Boas Novas – 472 mil

Renascer em Cristo

Fundação Evangélica Trindade R$ 402 mil

Igreja Internacional da Graça

Nossa TV – R$ 1,5 mil

A maior parte do valor pago pela Secom foi para campanhas na rádio e TV Record, controlada pelo bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. A secretaria pagou mais de R$ 28 milhões para campanhas publicitárias veiculadas na rádio e TV da emissora e na Record News. Desse total, R$ 25,1 milhões foram pagos diretamente aos veículos para custear os anúncios publicitários. O bispo Eduardo Bravo representou Edir Macedo na comitiva que esteve com Bolsonaro no dia 5.

A Secom pagou também cerca de R$ 30 mil em campanhas em emissoras afiliadas à Record. A TV Pajuçara, afiliada em Alagoas, recebeu R$ 12 mil.

Segundo a reportagem apurou, a maioria da verba pública gasta na Record foi para promover a reforma da Previdência. O governo contratou cerca de R$ 11 milhões em ações apenas na emissora de Edir Macedo, cerca de 15% de tudo que a Secom gastou para promover a reforma. A campanha é a mais cara já realizada desde a posse de Bolsonaro, com mais de R$ 70 milhões contratados ao todo.

Além de promover as mudanças na aposentadoria dos brasileiros, a Secom usou verba pública na Record para veicular campanhas de prestação de contas do governo, sobre segurança pública, no combate à violência contra a mulher e ações para divulgar uma imagem favorável do governo federal, como a “Agenda Positiva”. A reportagem encontrou mais mais de R$ 700 mil gastos pela Secom para veicular a campanha na Record, cerca de 12% de tudo que a secretaria já contratou para a ação, feita para mostrar “como cada ato do governo beneficia diretamente o cidadão e faz mudar seu dia a dia para melhor”. A Pública havia revelado que o governo já gastou R$ 14,5 milhões com a Agenda Positiva e manteve gastos milionários mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.

A reportagem encontrou R$ 510 mil gastos na campanha “Dia da Amazônia” apenas em veiculações na Record. A ação foi anunciada em setembro de 2019, após críticas internacionais sobre queimadas na floresta amazônica. Segundo o governo, a campanha, que já custa mais de R$ 3,1 milhões, serve para reafirmar “soberania do Brasil em relação ao território” e “mostrar como o Brasil defende e conserva o bioma”.

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Cotidiano

Assédio, perseguição e vasectomia: pastores vão à Justiça contra a Igreja Universal

Vários pastores da Igreja Universal procuraram a Justiça e denunciaram perseguição, falsas promessas e proibição de ter filhos.

Assédio moral, perseguição e proibição de gerar herdeiros. Essas são algumas das acusações imputadas à Igreja Universal do Reino de Deus em processos movidos por ex-obreiros, pastores e esposas de pastores que outrora integraram a instituição religiosa, diz o Metrópoles.

Em uma das ações, à qual o Metrópoles teve acesso, a igreja é acusada de “compelir” um ex-pastor a realizar uma vasectomia – procedimento que deixa o homem incapaz de gerar filhos – “em uma clínica clandestina localizada na Comercial Norte, em Taguatinga, no Distrito Federal”, e a “obrigar” que o homem e a esposa dele “se filiassem a um partido político como uma condição obrigatória para permanência no cargo pastoral”.

No processo, registrado no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), o ex-pastor da Universal cobra quase R$ 500 mil em dívidas trabalhistas. O autor da ação expõe, ainda, que a instituição estabelecia metas para recolhimento de dízimos e, em caso de não cumprimento, aplicava puniçõesImagem em preto em branco de um frame de processoEm outro processo, movido no mesmo tribunal, um segundo pastor narra práticas semelhantes que, supostamente, ocorriam dentro da instituição religiosa. No documento, o ex-integrante do templo conta que já atuava como pastor no local quando se apaixonou pela atual esposa. Para ficar com a amada, contudo, precisou da permissão de um superior, que também lhe informou a exigência da vasectomia em caso de um casamento.

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Política

Pastores com pautas progressistas começam a ter mais seguidores nas redes em contraponto ao domínio conservador da maioria

As pautas conservadoras defendidas pelo governo de Jair Bolsonaro continuam garantindo a proximidade do público evangélico e o predomínio nas redes sociais. Passados 11 meses de governo de Luiz Inácio Lula da Lula (PT), no entanto, líderes religiosos afinados à esquerda começaram a ganhar espaços de maior relevância na disputa pelo “púlpito digital”.

Segundo levantamento da Quaest, entre os 12 pastores mais influentes, nove apoiaram Bolsonaro. Mas, pela primeira vez, três nomes que se autointitulam “progressistas” aparecem com maior relevância digital; todos com mais de um milhão de seguidores.

Quem lidera essa vertente é o deputado federal Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) que, desde que assumiu seu mandato na Câmara, tem se dedicado a repostar suas falas sobre a comunidade evangélica. Em mais de uma ocasião, o parlamentar conseguiu viralizar com essa estratégia.

Em outubro, por exemplo, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo. Integrante deste colegiado, o pastor discursou:

— Para a sociedade nós ganhamos essa pauta, ampla mobilidade da sociedade civil, inclusive de religiosos. O que vai ficar registrado aqui é que um grupo extremista, antirrepublicano, se esforça bastante para tirar direitos das pessoas.

Sem cargos políticos, aparecem na lista os pastores Caio Fábio (Igreja Presbiteriana) e o cantor gospel Kleber Lucas (Batista); este cantou na cerimônia da posse de Lula, no dia 1 de janeiro. Outros dois pastores considerados progressistas também foram identificados pela Quaest como influentes: Hermes Fernandes (Reina) e Ariovaldo Ramos (Comunidade Cristã Renovada), com, respectivamente, 205 mil e 122 mil seguidores.

Entre esses quatro líderes, três declararam apoio à campanha do presidente Lula no ano passado. A exceção é Hermes Fernandes que, apesar de defender pautas da esquerda como os direitos LGBTQIAP+ e a descriminalização do aborto, e ser amigo da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não chegou a citar o então candidato nas suas redes.

No entanto, as bandeiras associadas à plataforma de governo foram o suficiente para que o pastor fosse rotulado como petista e sofresse ameaças, motivo que o levou a deixar o país durante o período eleitoral.

— É o tipo de coisa que temos que estar disposto a enfrentar, o ódio engaja. Como viemos na contramão, falando de amor, de acolhimento, tocando em pautas sensíveis, identitárias, acabam acirrando os ânimos. No início isso me afetava, mas fui criando uma crosta e hoje ser chamado de herege, falso profeta, não me incomoda mais — diz.

Com engajamento em suas redes que muitas vezes ultrapassa um milhão de pessoas, o pastor tem o costume de retrucar falas de líderes conservadores, como Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e André Valadão, da Igreja Lagoinha, ou parlamentares evangélicos, como Nikolas Ferreira (PL-MG).

Em suas postagens, Fernandes divulga o que foi dito por essas personalidades. De acordo com ele, a estratégia consiste em mostrar o “quão ridículo” são esses posicionamentos para que os apoiadores possam “repensá-los”.

Em algumas ocasiões, o líder religioso rebateu, inclusive, esses argumentos no púlpito. Em maio deste ano, o pastor viralizou ao chamar Valadão de “mensageiro do Satanás” durante um culto. Neste mesmo sermão, defendeu o casamento homoafetivo.

Enquanto as lideranças de esquerda tentam ganhar protagonismo, os pastores ligados a Bolsonaro seguem mobilizando a maior parte do segmento nas redes. Este é o caso de nomes conhecidos das vertentes neopentecostais como Silas Malafaia e o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Bispo Edir Macedo.

Malafaia afirma que migrou para as redes sociais assim que percebeu o processo de perda de audiência da televisão. Sobre o conteúdo político que publica, incluindo vídeos criticando o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Lula, o pastor alega apenas usar o canal para “exercer sua cidadania”:

— Sou um dos pouquíssimos que coloco a cara e falo. Nós, evangélicos, não podemos ser massa de manobra e temos que ter as nossas convicções. Se marxismo vale, a teologia vale muito mais.

Ao contrário dos vídeos de Malafaia, outros pastores influencers postam conteúdos mais religiosos que, em muitas ocasiões, traz um cunho político “nas entrelinhas”. Deive Leonardo, da Igreja Reviver, soma 35 milhões de seguidores e inclui, entre suas pregações, mensagens de apoio à família, pátria e liberdade.

— Esse campo conservador se articula politicamente desde antes do Bolsonaro. No Lula 1, Macedo, bispo Rodrigues, todos esses atores estavam apoiando o governo. Essa articulação não é nova, mas o que era um campo pragmático se bolsonarizou por uma oportunidade de maior influência — avalia Flávio Conrado, pós-doutor em Antropologia pela Universidade de Montreal e ex-secretário executivo da Aliança de Batistas do Brasil.

Na visão de Conrado, contudo, a maior projeção de pastores de esquerda não tem correlação com o governo, já que passados 11 meses, Lula não fez aceno concreto ao segmento. No início do mandato, havia um plano de criar uma subsecretaria ligada aos evangélicos, mas a ideia não foi adiante.

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Opinião

Falta um mês para a falange bolsonarista sair das páginas da política e parar nas páginas policiais

Ora, até o mundo mineral sabe que Bolsonaro se cercou de uma falange de generais, pastores, fascistas, milicianos, madeireiros, entre outros, para formar o pior bando da história da República. Cada qual com seu osso, que formou a própria visão do inferno na terra.

Adicione a isso, as Jovens Pans da vida, que se lambuzaram das verbas da Secom para dar sustentação a uma teia criminosa de fake news que manteve unido o gado de corte que ficará, em 30 dias, totalmente órfão.

Todos sabem que a contrapartida cobrada por Bolsonaro a seus mais fieis colaboradores foi participar de um conjunto de crimes que foram abafados das mais variadas formas, mas que em 30 dias começam a ser expostos para a sociedade e, consequentemente, essa turma, que compôs os ossos das mãos e dos pés da milícia palaciana, vai para o mesmo buraco ou para as mesmas manchetes das páginas policiais, onde Bolsonaro será estampado com garrafais de seus crimes.

O fato é que esse ajuntamento de animais que formou o governo Bolsonaro com integrantes de várias facções para realizar o maior saque da história da República, acumulou um acervo de crimes de quantidade e qualidade com abundância incomensurável.

Daí o berro do bando, declarando, em público, que a única saída que tem pela frente é dar um golpe. Como não tem força para tal, passará os próximos 30 dias que lhe restam anunciando viradas de mesa. Mas tudo não passará de palavrórios com verbetes do bando.

Na verdade, esse tipo de ameaça equivale à gravidade e o grau de punição que espera por eles, se tudo for feito dentro dos critérios da lei.

O que o mundo pronuncia para esse bando, é a tradução perfeita da devolução dessa raça à parte mais profunda do inferno.

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Corrupção

Documento interno prova que MEC dava a pastores status de autoridade

Documento com planejamento do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro prova protagonismo, no governo, de pastores acusados de cobrar propina.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, documentos internos do Ministério da Educação obtidos pela coluna revelam que o governo dava a pastores acusados de corrupção o mesmo tratamento dispensado a autoridades da pasta. São cronogramas montados pelo cerimonial do gabinete do então ministro Milton Ribeiro para organizar agendas pelo Brasil com prefeitos que buscavam recursos junto ao MEC, entre abril de 2021 e março de 2022.

Como se tratava de um material para consumo interno, sem objetivo de divulgação, os eventos eram detalhados com informações não repassadas ao público. No site oficial do governo, que pode ser acessado por todos, essas viagens de Ribeiro aparecem sem qualquer referência à dupla de religiosos Gilmar Santos e Arilton Moura, que chegaram a ser presos com Milton Ribeiro em junho.

Nas programações feitas pelo gabinete do então ministro, porém, a dupla tinha espaço reservado para discursar em eventos com prefeitos e até mesmo para integrar uma “mesa diretora”, composta por Milton Ribeiro e, na maioria das vezes, pelo presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte.

Arilton e Gilmar são acusados de cobrar propina para liberar recursos, e o governo vinha afirmando que os pastores nunca exerceram posição institucional junto ao ministério — o que é desmentido por esses documentos.

À época que o escândalo estourou, Ribeiro, que nega as acusações, afirmou que “os atendimentos técnicos” a prefeitos eram “conduzidos por servidores da autarquia” e permitiam “esclarecimento dos procedimentos para planejamento e acesso aos recursos disponibilizados via FNDE, por meio do Plano de Ações Articuladas”.

Agora, sabe-se, nesses “atendimentos técnicos” foram reservados assentos para quadros alheios aos servidores da autarquia.

Em audiência no Senado, Marcelo Lopes da Ponte, que ainda hoje permanece à frente do FNDE, defendeu Ribeiro e disse que seus nomes foram usados por “terceiros” sem autorização.

Ao falar sobre o escândalo, Bolsonaro não entrou em detalhes e buscou minimizar o caso: “Não foi corrupção da forma que se via em governos anteriores. Foi história de fazer tráfico de influência, é comum”, disse, a despeito de o relatório da Polícia Federal apontar que Ribeiro e os demais investigados são suspeitos de praticar crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Bolsonaro, que no início chegou a dizer que botava “a cara no fogo” por Ribeiro, recuou e passou a dizer que estava disposto apenas a “botar a mão”.

Nos registros internos do MEC, constam cinco participações de Gilmar Santos e quatro de Arilton nas viagens com o ministro.

Em 2 de julho de 2021, ambos participaram de encontro de Milton Ribeiro e do presidente do FNDE com o prefeito de Salinópolis, no Pará, e de cidades da região. O mesmo documento revela a composição da “mesa diretora”:

Ministro do Estado da Educação, Milton Ribeiro
– Presidente da Convenção das Assembleias de Deus Cristo para Todos no Brasil, Pastor Gimar Santos
– Prefeito do Município de Salinópolis, Carlos Alberto Sena Filho
– Presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, Marcelo Ponte
– Presidente do Conselho Nacional das Assembleias de Deus Cristo para Todos no Brasil, Pastor Arilton Moura
– Secretária Municipal de Educação, Marcia Beatriz Gomes da Silva

O protagonismo da dupla não parava por aí. Após a reunião, houve um espaço para falas. Quem discursou primeiro foi o pastor Arilton Moura, seguido pela secretária municipal, pelo pastor Gilmar Santos, pelo prefeito de Salinópolis e pelo presidente do FNDE.

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Política

Bolsonaro quer pastores convocando fiéis para 7 de Setembro

Lideranças evangélicas pediram para pastores gravarem vídeos convocando fiéis para atos do Dia da Independência convocados pelo presidente.

Segundo o Metrópoles, lideranças evangélicas aliadas de Jair Bolsonaro estão pedindo a pastores para gravar vídeos convocando seus fiéis a participarem dos atos de 7 de Setembro deste ano convocados pelo presidente.

Segundo integrantes da Frente Parlamentar Evangélica, o objetivo é usar o poder de mobilização dos pastores para engrossar os protestos, que terão tom eleitoral pró-Bolsonaro, durante o feriado.

A intenção é convocar esses fiéis a participarem dos atos não só em Brasília e no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro estará presente, como em outras cidades brasileiras.

A convocação para os protestos no feriado do Dia da Independência foi feita pelo próprio presidente na convenção do PL que formalizou sua candidatura, em 24 de julho.

Na ocasião, Bolsonaro pediu a seus apoiadores para “irem as ruas uma última vez” para que “estes poucos surdos de toga”(referência a ministros do STF) entendam “o que é a voz do povo”.

O evento, entretanto, está sendo considerado pelo PL, partido do presidente, como a grande mobilização do eleitorado do presidente no primeiro turno das eleições.

A expectativa de lideranças da legenda, como mostrou a coluna, é de que o presidente da República baixe o tom contra o Supremo, graças a um possível crescimento nas pesquisas eleitorais.

Em 2021, o presidente esteve em protestos em Brasília e em São Paulo no Dia de Independência. Na ocasião, o presidente atacou o ministro Alexandre de Moraes, que assume a presidência do TSE em dia 16 de agosto.

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Após insistência de Ribeiro em manter pastores na pasta, assessores pediram demissão

Relatório de 23 de maio da Controladoria-Geral da União (CGU) revela, segundo Thaís Arbex, da CNN Brasil, que assessores do Ministério da Educação pediram demissão após o ex-ministro da pasta Milton Ribeiro insistir em manter os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos dentro da pasta.

Segundo investigações da Polícia Federal, Ribeiro comandava, com a ajuda de Moura e Santos, um esquema no MEC de recebimento de propinas em troca de liberação de recursos do ministério, diz o 247.

“Os assessores chegaram a relatar, ‘em tom de desabafo’, que alertaram o ministro, por diversas vezes, em relação ‘ao perigo’ que a atuação dos pastores trazia para a imagem do ministro e do MEC. A CGU diz que as ações adotadas por Ribeiro foram contrárias ao que foi recomendado”, explicou a jornalista

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Opinião

Janio de Freitas: O Brasil real escancara-se com Milton Ribeiro e pastores e a delinquência se desnuda

O jantar era um velório antecipado e os convivas não sabiam. Foram convidados a homenagear Gilmar Mendes pelos 20 anos completados no Supremo. Nunca houve isso, nem o patrocinador do gasto público, presidente da Câmara, é dado a finezas. Quem não percebeu na ocasião ainda pode saber que Arthur Lira aproveitou a data para proporcionar na casa oficial, entre dezenas de figurantes ilustres ou longe disso, o encontro desejado por Bolsonaro com o ministro Alexandre de Moraes.

Há dúvida sobre o tempo em que conversaram o acusado e o condutor das ações penais contra Bolsonaro. Menos de 48 horas depois, o que tenha sobrado da conversa destroçava-se, ao som de diálogos a um só tempo suaves e fulminantes do casal Milton Ribeiro.

O aviso de Bolsonaro ao ex-ministro e pastor, sobre busca da Polícia Federal em sua casa, não foi só interferência contrária a uma investigação da Polícia Federal. Não foi só a violação de sigilo oficial por interesse particular e criminal. Não foi só o conhecimento de motivos para prevenir o ex-ministro.

É também um chamado ao Tribunal Superior Eleitoral para considerar a nova condição do candidato Jair Bolsonaro. No mínimo, suspendendo-lhe o registro até que o Supremo defina os rumos processuais do caso e, neles, a condição do candidato implicado. Isso independe da responsabilização de Bolsonaro como presidente.

É um sistema quadrilheiro que começa a desvendar-se. Ficam bem à vista duas estruturas que têm a Presidência da República como elo entre elas. Uma age dentro da administração pública, em torno dos cofres, e reúne pastores da corrupção religiosa, ocupantes de altos cargos e políticos federais e estaduais. A outra age do governo para fora, na exploração ilegal da Amazônia, em concessões injustificáveis, e em tanto mais. Duas estruturas independentes que se conectam na mesma fonte de incentivos, facilitações e proteção para as práticas criminais.

A investigação de todo esse dispositivo de saque é complexa. O desespero do pastor Arilton Moura emitiu uma informação de dupla utilidade, para os investigadores e para os seus camaradas de bandidagem: “eu vou destruir todo mundo”, se a sua mulher for atingida de algum modo.

Logo, são muitos os implicados, incluindo esposas como possíveis encobridoras de bens ilegais. E, contrariando sua simpática discrição, mesmo Michelle Bolsonaro e suas ligações com pastores da corrupção, a começar com Milton Ribeiro por ela feito ministro.

O que se sabe do “todo mundo” está longe da dimensão sugerida pelo pastor. Uma das várias dificuldades iniciais para avançar com a investigação está na própria PF, em que se confrontam a polícia de policiais e a polícia de delinquentes (por comprometimento político ou não).

O embate público dos dois lados apenas começou, com a certeza de que o aviso dado por Bolsonaro partiu da PF contra a PF e, preso o ex-ministro, com ações a protegê-lo.

É imprevisível o que se seguirá no confronto de extrema gravidade: sem uma limpeza no quadro de chefes de inquéritos, a confiança na PF dependerá de saber, como preliminar, se a ação policial é de policiais ou de delinquentes. E não é fácil sabê-lo.

Note-se, a propósito, que eram dois os informados da então próxima prisão de Milton Ribeiro: o diretor-geral da PF, delegado Márcio Nunes de Oliveira, e o delegado Anderson Torres, ministro da Justiça que acompanhava Bolsonaro nos Estados Unidos, sem razão oficial para isso, quando o ex-ministro recebeu de lá o telefonema sobre a busca policial. Sem o esclarecimento dos seus papéis nessa transgressão, os dois bastam para comprometer a PF até como instituição.

Quando Bolsonaro procurava o ministro Alexandre de Moraes, com pedidos ou propostas, já o lado policial da PF cuidava de expor, na voz do ex-ministro, o crime de responsabilidade do presidente ilegítimo. Bolsonaro ruía com seu governo e seus pastores. O Brasil real escancarava-se outra vez, faltando-lhe mostrar, no entanto, onde o bolsonarismo militar vai encaixar, no novo cenário, o seu inimigo —a urna eletrônica, preventiva da corrupção também eleitoral.

*Com Folha

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Depois da esbórnia do viagra, os pastores picas da Galáxia do MEC, Bolsonaro faz uma farrociata. Tudo regado a dinheiro público

Que fique bem claro, Bolsonaro nunca foi de extrema direita, é um mero picareta saído do chorume do baixo clero. Ele sempre agiu dialogando com o chiqueiro.

Não é por acaso que ele mantém sua rotina fisiológica com o chiqueirinho do Palácio da Alvorada, este sempre foi seu modus operandi. O que ocorre é que, despido de qualquer escrúpulo, Bolsonaro não vê limites para as suas calhordices, tanto que, com sua política genocida durante a pandemia, já matou mais 660 mil brasileiros.

Bolsonaro patrocinou com dinheiro público uma das campanhas de genocídio mais cruéis da humanidade, em parceria com um jornalismo como o da Jovem Pan que exala o mesmo fedor que hoje toma conta do Palácio do Planalto.

O problema de Bolsonaro é que ele tem um dispositivo que todo psicopata tem, que é, dentro do seu universo cultural, não abrir mão do cinismo, da absoluta falta de vergonha na cara e da destruição indiscriminada das instituições para lhe servirem e, assim, como é prática no baixo clero se servir ao máximo da condição política que o cargo lhe confere.

Depois de duas semanas em que a denúncia vazada da irmã de Adriano da Nóbrega que deixou claro que o Planalto tinha interesse na morte de Adriano, uma renca de pastores lobistas transformou o MEC num prostíbulo, o Brasil descobre que o Palácio do Planalto também virou um sex shop para militares com a aquisição de viagra a próteses penianas, com direito a gel lubrificante e sabe-se lá mais o quê.

Bolsonaro gasta R$ 1 milhão de verba pública com uma motociata debaixo das barbas do TSE em plena campanha antecipada. Ou seja, enquanto o país se vê estarrecido com as patuscadas neoliberais de Paulo Guedes levando a economia à bancarrota, com uma inflação galopante em que a baderna de preços explode o custo de vida e o bolso dos brasileiros, Bolsonaro faz um baile animado reunindo gente paga para fazer as vezes de eleitores numa comemoração ao aniquilamento quase total do Brasil.

Isso pode ser caracterizado como uma “putocracia” em que o Brasil foi transformado em um bordel pelas mãos de delinquentes que tomaram de assalto o Estado brasileiro e que transformaram o Brasil nessa baderna generalizada.

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Política

Pastores lobistas visitaram Bolsonaro 45 vezes no Planalto

Áudio vazado do ex-ministro Milton Ribeiro indicava que os pastores lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos tinham o aval de Bolsonaro para negociar propina no MEC.

Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de pedirem propina a prefeitos para que o Ministério da Educação (MEC) liberasse recursos, estiveram 45 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A revelação foi feita pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao Jornal O Globo um dia depois do ministério ter negado as informações alegando um suposto risco à vida do presidente da República e de seus familiares. Partidos de oposição chegaram a se mobilizar contra a tentativa de manter os encontros de Bolsonaro com os pastores lobistas em sigilo.

Segundo os dados apresentados ao jornal, Arilton esteve 35 vezes no Planalto, enquanto Gilmar esteve outras 10 vezes. Os dados foram liberados pelo GSI devido a uma “recente manifestação da Controladoria-Geral da União quanto à necessidade de atender o interesse público”.

Gilmar é presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e Arilton era seu assessor. Eles teriam montado um “gabinete paralelo” que controlava a distribuição de recursos do Ministério da Educação. O escândalo derrubou o chefe do MEC, o reverendo Milton Ribeiro.

Prefeitos confirmam corrupção no MEC em audiência no Senado

Em audiência pública realizada na Comissão de Educação do Senado, três prefeitos confirmaram o escândalo de corrupção envolvendo pastores no Ministério da Educação do governo Bolsonaro e deram detalhes de como a esquema funcionava. Áudio vazado do ex-ministro Milton Ribeiro indica que eles teriam o aval de Bolsonaro para atuar.

Os prefeitos Gilberto Braga (PSDB), de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza (PP), de Boa Esperança do Sul (SP); e Kelton Pinheiro (Cidadania), de Bonfinópolis (GO) relataram que receberam pedidos de propina dos pastores para a liberação de recursos.

Braga chegou a ouvir um pedido de propina em barras de ouro durante um almoço com mais de 20 prefeitos em um restaurante de Brasília. “O pastor Arilton me disse: ‘Você vai me arrumar R$ 15 mil para protocolar suas demandas; depois que o recurso já estiver empenhado, como a sua região é de mineração, vai me trazer um quilo de ouro’. Eu não disse nem que sim nem que não, me afastei da mesa”, relatou ao Senado.

Dois prefeitos convidados – Calvet Filho, prefeito de Rosário (MA), e Hélder Aragão, de Anajatuba (MA) – negaram ter recebido esses pedidos. Eles, no entanto, tiveram recursos liberados.

“Todos os prefeitos que disseram que não aceitaram dar propina não tiveram nenhum recurso público empenhado. Todos os que tiveram recurso empenhado negam que tenham dado propina”, apontou o presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

*Com Forum

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