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Cotidiano

Assédio, perseguição e vasectomia: pastores vão à Justiça contra a Igreja Universal

Vários pastores da Igreja Universal procuraram a Justiça e denunciaram perseguição, falsas promessas e proibição de ter filhos.

Assédio moral, perseguição e proibição de gerar herdeiros. Essas são algumas das acusações imputadas à Igreja Universal do Reino de Deus em processos movidos por ex-obreiros, pastores e esposas de pastores que outrora integraram a instituição religiosa, diz o Metrópoles.

Em uma das ações, à qual o Metrópoles teve acesso, a igreja é acusada de “compelir” um ex-pastor a realizar uma vasectomia – procedimento que deixa o homem incapaz de gerar filhos – “em uma clínica clandestina localizada na Comercial Norte, em Taguatinga, no Distrito Federal”, e a “obrigar” que o homem e a esposa dele “se filiassem a um partido político como uma condição obrigatória para permanência no cargo pastoral”.

No processo, registrado no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), o ex-pastor da Universal cobra quase R$ 500 mil em dívidas trabalhistas. O autor da ação expõe, ainda, que a instituição estabelecia metas para recolhimento de dízimos e, em caso de não cumprimento, aplicava puniçõesImagem em preto em branco de um frame de processoEm outro processo, movido no mesmo tribunal, um segundo pastor narra práticas semelhantes que, supostamente, ocorriam dentro da instituição religiosa. No documento, o ex-integrante do templo conta que já atuava como pastor no local quando se apaixonou pela atual esposa. Para ficar com a amada, contudo, precisou da permissão de um superior, que também lhe informou a exigência da vasectomia em caso de um casamento.

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Justiça

Caixa deve pagar R$ 3,5 milhões por assédio do ex-presidente bolsonarista Pedro Guimarães

Em evento institucional, Pedro Guimarães teria constrangido os trabalhadores da estatal a fazer flexões “ao estilo militar”.

Conjur – Justiça do Trabalho condenou, a título de danos morais e coletivos, a Caixa Econômica Federal a pagar R$ 3,5 milhões em indenização por conta de seu ex-presidente, Pedro Guimarães, ter humilhado e constrangido funcionários durante um evento institucional do banco público em 2021.

A decisão foi assinada pela juíza do Trabalho Viviany Aparecida Carreira Moreira Rodrigues. O processo corria sob segredo de Justiça, que acabou levantado na mesma sentença.

A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. No evento institucional chamado “Nação Caixa”, que ocorreu nos dias 14 e 15 de dezembro de 2021, Guimarães, então presidente, teria constrangido os trabalhadores da estatal a fazer flexões “ao estilo militar”.

A Caixa argumentou afirmando que o momento foi de “descontração”, como forma de “quebrar o gelo” durante a abertura do evento. Ainda disse que se tratou de uma “atividade desenvolvida num contexto de comemoração pelos excelentes resultados alcançados por esta Empresa Pública em 2021”.

A juíza, no entanto, não acatou os argumentos da estatal. “É incontroverso que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Sr. Pedro Guimaraes, em evento institucional realizado na cidade de Atibaia, obrigou os participantes a realizarem flexões de braço em nítida alusão a treinamento físico militar. Ainda que alguns possam entender que isso se deu maneira ‘descontraída’ e como forma de ‘quebrar o gelo’, a conduta em si mesmo considerada se mostra reprovável, constrangedora e humilhante”, escreveu a juíza.

“Os vídeos juntados em plataforma eletrônica própria demonstram que o ex-gestor abusou de seu poder hierárquico e submeteu os participantes do evento a constrangimento e exposição desnecessários, com utilização de ‘brincadeira’ de mau gosto, incompatível com a finalidade do evento”, afirmou Rodrigues.

Na decisão, a magistrada afirma que o valor de R$ 3,5 milhões deve ser revertido à Fundação Projeto Travessia, conforme pleiteado pelo próprio Sindicato na ação.

No pedido, o sindicato também citava questões como a não adoção, por parte do banco público, de medidas restritivas para combater a Covid-19 durante a pandemia, além de fechamento de postos de trabalho que teriam prejudicado o funcionamento e a qualidade laboral do banco. O objeto de análise da juíza, no entanto, se restringiu ao evento institucional.

Para o advogado Eduardo Antonio Bossolan, integrante da área jurídica do Sindicato dos Bancários de São Paulo e sócio de Crivelli Advogados, o processo tramitava sob segredo de justiça a pedido da Caixa Econômica Federal para não contaminar a campanha de Bolsonaro à reeleição.

“Contudo, o sigilo foi levantado pela Justiça do Trabalho por entender que os fatos apreciados são públicos, pois divulgados por vários meios de comunicação”, explica.

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Testemunha conta que colegas se escondiam no banheiro e pulavam por cima de mesas para se esconder do assédio de Pedro Guimarães

Novas denúncias de assédio do agora ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães continuam aparecendo. Uma ex-funcionária do banco, deu rosto ao grupo de mulheres que passaram por abusos e constrangimentos em encontros com Guimarães.

Guimarães deixou a presidência da Caixa nesta quarta-feira (29), após se tornarem públicas denúncias de que ele cometeu assédio sexual contra funcionárias. O Ministério Público Federal investiga o caso. Nesta quinta-feira (30) áudios que mostram assédio moral dele com funcionários do banco foram divulgados pelo portal “Metrópoles”.

A denúncia é de uma ex-assessora de diretoria da Caixa que não trabalhava diretamente com Guimarães, mas que encontrou com ele no prédio do banco. Ela relatou que a intenção de gravar o vídeo é para “dar uma cara para essas mulheres”.

“Era comum a mulherada se esconder no banheiro quando ouvia a voz dele chegando no corredor, fazendo estardalhaço, aquela confusão toda. Ele saia catando o celular na mesa [das pessoas] para tirar fotos. E, para a gente não ser abraçada de novo e tirar foto de novo, a gente se escondia no banheiro”.

Ela conta que era comum o povo correr. “Uma colega contou que já pulou uma mesa para evitar um abraço”.

Ele ainda perguntava de onde a funcionária era e o motivo de ela ainda não ter foto com ele. “Falou que eu tinha cara de brava”. Ao tirar a foto, agarrava a gente e não soltava, passava a mão no lado do seio e pegava forte na cintura, o que causava desconforto, segundo a ex-funcionária. “Mas quem iria falar?”

Guimarães é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncias feitas por funcionárias do banco. Ele é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, a quem costuma acompanhar em viagens e em “lives” na internet. Ele estava na presidência da Caixa desde o início do governo e deixou o cargo nesta quarta-feira (29).

Ex-funcionária da Caixa Econômica Federal, Carolina Lacerda denunciou em sua página no Instagram que também foi vítima do assédio sexual cometida pelo então presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, que deixou o cargo nesta quarta-feira (29) após a divulgação de que o Ministério Público Federal (MPF) investiga uma série de denúncias de crimes que teriam sido cometidos por ele.

“Durante meus 13 anos de exercício na CAIXA, nunca tinha vivido nenhum tipo de assédio. Dei sorte de trabalhar com superiores éticos e profissionais. Um dia, esse grande filho de uma puta, me “abraçou” à força e não me soltava! Estavam presentes alguns colegas homens que viram meu sufoco, meu olhar pedindo socorro, mas não puderam/quiseram se manifestar… eles testemunharam meu desconforto… e em casa, chorei… graças a Deus, nunca precisei ficar sozinha ou trabalhar diretamente com essa criatura nojenta, que conseguiu destruir o clima organizacional da empresa”, escreveu.

Na rede, Carolina fez uma publicação se despedindo dos colegas do banco em novembro de 2021. Segundo ela, além do assédio, Guimarães e o comando da Caixa imposto por Jair Bolsonaro (PL) promovia as mulheres que se rendiam aos achaques.

“Grande dia para as empregadas CAIXA! Para aquelas que tiveram coragem de denunciar, meus sinceros cumprimentos e solidariedade… pras que têm um cursinho pixulé de Adm na “Uniskinas” e foram promovidas num piscar de olhos durante essa gestão podre, tenho pena e vergonha de você… sua marmitinha…”, relatou.

G1/Forum

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Pedro Guimarães, acusado de assédio, queria ser candidato a vice de Bolsonaro

Quem é o presidente do banco, que, no cargo, se dedicou a promover atual governo.

Em três anos de gestão, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, transformou o banco em uma máquina de promoção de “boas notícias” para o governo na mesma velocidade com que colecionou acusações de assédio sexual e desavenças no comando da instituição.

Desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, Guimarães implementou uma agenda reformista e não se cansava de criticar a gestão petista que, segundo ele, conduziu o banco a negócios duvidosos marcados por corrupção e prejuízos, segundo a Folha.

Chegou a colecionar desafetos junto à Funcef, o bilionário fundo de pensão dos funcionários do banco, por mexer na governança da instituição para promover “uma limpeza”, como dizia internamente, sem temer o risco de sofrer ações judiciais e processos juntos a órgãos de controle.

No primeiro ano, vendeu R$ 15,5 bilhões em ativos da Caixa, melhorando o balanço que saltou para um lucro de R$ 14,7 bilhões. No ano passado, ele apresentou um resultado ainda maior (R$ 17,3 bilhões).

Boa parte desse desempenho se deve à venda de ativos considerados por Guimarães como “tóxicos”, que nada tinham a ver com a “natureza do banco”. Desde então, ele passou a enquadrar as medidas adotadas como “matemáticas”.

“Se fizerem sentido para o banco, se derem lucro, serão consideradas”, dizia Guimarães. “A Caixa é o banco do Excel [programa de computador usado para planilhar dados].”

Tornou-se próximo de Bolsonaro e da família do presidente ainda antes da eleição, segundo relatos de quem coordenou a campanha à época.

Amigos relatam que, ainda como sócio do banco Plural, última instituição por onde passou antes de ingressar no governo, Guimarães agendou conversas com empresários e financistas no Brasil e nos EUA para apresentar Bolsonaro, então presidenciável.

Ainda segundo relatos, inicialmente, Guimarães chegou a ser cogitado para coordenar a Economia, então sob os cuidados do hoje ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

No primeiro ano, vendeu R$ 15,5 bilhões em ativos da Caixa, melhorando o balanço que saltou para um lucro de R$ 14,7 bilhões. No ano passado, ele apresentou um resultado ainda maior (R$ 17,3 bilhões).

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Comando da Caixa sabia de assédio e acobertou casos até com promoções, dizem ex-dirigentes

O comando da Caixa Econômica Federal sabia dos casos de assédio do atual presidente, Pedro Guimarães, e acobertou as denúncias, inclusive com promoções, relataram ao blog três ex-integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal da instituição, segundo Ana Flor, G1.

Os primeiros casos chegaram aos canais de denúncia do banco ainda em 2019, quando Pedro Guimarães assumiu a presidência.

Segundo os relatos ouvidos pelo blog nesta quarta-feira (29), mulheres vítimas do assédio de Guimarães que aceitavam não levar adiante as denúncias foram transferidas, receberam cargos em outras instituições públicas ou ficavam temporadas no exterior, em cursos.

Já quem ajudava Guimarães a acobertar os casos chegou a receber promoção.

Outros executivos da instituição deixaram o banco porque não aguentaram o ambiente de assédio, que também era moral.

Um ex-dirigente conta que, em reuniões do conselho e da diretoria, Guimarães gritava com auxiliares e xingava subordinados, inclusive com palavrões.

As áreas de “compliance” e a ouvidoria eram pressionados pelo próprio presidente do banco, segundo outro relato.

“É preciso uma ampla investigação na instituição, porque diversos casos eram de conhecimento da cúpula da casa”, afirmou ao blog um ex-conselheiro.

Um caso que deve entrar também na mira do Ministério Público é o de um segurança que trabalhava na garagem da instituição e que acabou demitido depois de flagrar a conduta impropria de Guimarães em relação a uma assessora dentro de um carro.

Além de pressionar subordinados com demissão, Guimarães usava a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro para garantir o silêncio dentro do banco, segundo os relatos.

“A publicidade deste caso se deve à corajosa atitude de mulheres que denunciaram o assédio sofrido. A instituição falhou miseravelmente em coibir atitudes improprias e fazer valer regras básicas de governança”, afirmou ao blog um dos ex-dirigentes.

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Vídeo: Performance feminista gigante coloca mulheres chilenas como protagonistas dos protestos

Coletivo feminista LasTesis já reuniu mais de 10 mil mulheres em uma única apresentação, em frente ao Estádio Nacional de Santiago, para denunciar mais de 70 casos de abusos sexuais cometidos por policiais.

O que começou como uma performance de centenas de garotas chilenas pelo Dia do Combate à Violência Contra a Mulher, no dia 25 de novembro, após dez dias, e com a difusão dos vídeos pelas redes sociais, se transformou no novo hit das manifestações no Chile e colocou o Movimento Feminista à frente dos grandes protestos no país nos últimos dias.

Se trata da performance “Um estuprador em seu caminho”, criada pelo coletivo feminista LasTesis para denunciar os abusos sexuais cometidos por policiais contra mulheres manifestantes, que se tornaram constantes desde o início da revolta social no país, em outubro. Para dar números a esse protesto, podemos dizer que nestes 46 dias de explosão social já foram registrados mais de 70 casos de abusos sexuais cometidos por policiais contra mulheres detidas, incluindo ao menos 37 estupros e muitos outros de nudez forçada, assédio e humilhação sexual.

A performance, que dura pouco mais de um minuto, se destaca pelos olhos vendados das participantes e por suas frases fortes, como o refrão que diz “o Estado opressor é um macho estuprador” e a parte que acusa “o estuprador é você” com as ativistas apontando ao local onde se está realizando o ato – que já foi feito, por exemplo, ao lado do edifício sede dos Carabineros (polícia militarizada, similar à PM), da Corte Suprema e do Congresso Nacional, entre outros lugares.

A letra também ironiza o discurso de que a polícia protege as mulheres nas manifestações – o título vem do slogan publicitário dos Carabineros, que diz “um amigo em seu caminho”.

Depois do sucesso da performance do dia 25 nas redes sociais, o coletivo LasTesis passou a realizar apresentações diárias em todas as grandes cidades do Chile, e outros coletivos feministas a reproduziram também em diferentes cidades do mundo, como Sydney, Buenos Aires, Cidade do México, Bogotá, San José da Costa Rica, Barcelona e Paris. No Brasil, a cidade de São Paulo viu, no domingo (01/12), a primeira versão com a letra inteiramente traduzida a outro idioma – em Sydney e em Paris, por exemplo somente os refrãos foram traduzidos.

https://youtu.be/cMcyUzuRVMo?t=34

 

 

*Com informações do Ópera Mundi