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Lula está comendo o fígado da direita pelo centro; é antropofagia que chama

Antropofagia é o principal ritual da cultura brasileira, sobretudo na música, a nossa mais importante representação artística diante dos olhos do povo brasileiro e do mundo.

Incorporar as qualidades da arte de outros povos à nossa foi, segundo o grande guru Mário de Andrade, a responsável por dar à música popular brasileira um caráter único enquanto manifestação cultural e artística única e universal.

O conceito, por definição etimológica citado por Mário de Andrade em 1917 e, mais tarde, utilizado como movimento por Oswald de Andrade, deu um realce especial à grandeza da arte nacional, fazendo sobretudo da música brasileira, segundo Mário, a mais pura, a mais totalmente nacional das artes no Brasil.

Muita gente se pergunta, por que, afinal, em muitas pesquisas de opinião, Lula, que já ostenta uma vitória no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, amplia seu horizonte eleitoral no centro. Mais que isso, todos sabem que ele ainda segue censurado pela grande mídia e nem falou com o povo através dos tradicionais veículos de comunicação em massa, o que tudo indica, lhe dará ainda mais musculatura eleitoral quando o fizer.

Lula, como um brasileiro característico, carrega justamente essa perspicácia de incorporar no debate, através de uma estratégia antropofágica, os elementos centrais que podem fortalecer sua candidatura.

Uma disputa eleitoral não se restringe a uma disputa política. Na vida concreta, o povo brasileiro sabe disso e, por isso, não refuga expressões e costumes de outros povos, ao contrário, eles passam a fazer parte da receita brasileira a partir do nosso paladar.

E assim é construída uma gama de expressões saídas de um filão de aspectos que nos dá a garantia de seguirmos sempre evoluindo.

O Choro brasileiro é o exemplo mais vivo disso, tanto que ninguém consegue definir seu caráter, porque ele é formado por muitos. O que se pode afirmar é que, com a intenção de esculpir uma linha melódica que puxa a brasa para os nossos sentimentos mais profundos, na intenção de produzir o belo, o Choro brasileiro exclama determinados detalhes de significação extraordinária que faz dele uma obra de arte sem qualquer limite de latitude e, logicamente, sem ver no universo da música mundial, alguma linguagem musical que concorra com ele nesse efeito geral.

Voltando a Lula, é exatamente isso que Lula frisa com seu royal straight flush na mão e, com isso, esvazia e desanca o discurso da direita brasileira com serenidade e arte. A arte da política.

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