Teu choro já não toca meu bandolim
Diz que minha voz sufoca teu violão
Afrouxaram-se as cordas e assim desafina
Que pobre das rimas da nossa canção
Hoje somos folha morta
Metais em surdina
Fechada a cortina Vazio o salão
Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão
Se a gente nota
Que uma só nota
Já nos esgota
O show perde a razão
Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar
Se os duetos não se encontram mais
E os solos perderam a emoção
Se acabou o gás
Pra cantar o mais simples refrão
Se a gente nota
Que uma só nota Já nos esgota
O show perde a razão
Mas iremos achar o tom
Um acorde com lindo som
E fazer com que fique bom
Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz
Olha nós outra vez no ar
O show tem que continuar
Nós iremos até Paris
Arrasar no Olímpia
O show tem que continuar
Olha o povo pedindo bis
Os ingressos vão se esgotar
O show tem que continuar
Todo mundo que hoje diz
Acabou vai se admirar
Nosso amor vai continuar
Na letra da música composta em parceria com Luiz Carlos da Vila, Arlindo Cruz diz que “o show tem que continuar”. Mas os admiradores das composições desse craque do samba sabem que a arte popular brasileira ficou mais pobre a partir de hoje.
Aos 66 anos, Arlindo Cruz, brilhante compositor, cantor e multi-instrumentista morreu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz.
Arlindo estava afastado dos palcos desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, em casa. Desde então, enfrentava graves sequelas e passou por diversas internações ao longo dos anos.
Mais informações sobre o velório e o sepultamento ainda serão divulgadas pela família. ICL.