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Base de Lula encontra um caminho para demitir Campos Neto do Banco Central

A ideia é usar um processo no Tribunal de Contas da União, que aponta inconsistências contábeis no BC – o que justificaria sua saída.

Parlamentares aliados do presidente Lula no Congresso estão analisando a possibilidade de utilizar um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Banco Central para pressionar a saída de Roberto Campos Neto, presidente da instituição, caso ele continue se opondo à redução da taxa básica de juros (Selic), segundo informa o jornalista Julio Wiziack, na coluna Painel S.A.. O TCU é o órgão responsável por fiscalizar as atividades do governo federal no âmbito do Congresso. Sua missão é garantir a transparência nas contas, finanças, orçamento e patrimônio dos órgãos e entidades públicas do país.

O processo em questão remonta a 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, e investiga alegadas inconsistências contábeis de R$ 1 trilhão apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no balanço do Banco Central naquele ano. Após realizar diligências, os auditores do TCU concluíram que “os demonstrativos não refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa do BC”. Essas informações constam em um relatório obtido pela coluna.

O presidente Lula e outros integrantes do governo têm criticado veementemente o presidente do Banco Central por manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, mesmo com a queda da inflação. Campos Neto lidera o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa básica da economia, e tem resistido a adotar uma postura racional, coerente com os dados da economia.

*Com 247

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Lira avança sobre base de Lula para impedir plano B na eleição ao comando da Câmara

Presidente da Casa antecipa busca de acordos por reeleição em investida sobre PSD, União Brasil e MDB.

De acordo com a Folha, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), antecipou as articulações para a formação de uma aliança para garantir ainda neste ano apoio à sua reeleição no comando da Casa. O deputado, fiel apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) até as eleições, tenta impedir o surgimento de qualquer adversário competitivo nessa disputa.

A eleição ocorre em 1º de fevereiro e vale para um mandato de dois anos (2023-2025).

Apesar da declaração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que não deve interferir na disputa pela chefia da Câmara, um grupo de aliados do presidente eleito tem defendido nos bastidores que o novo governo deveria construir uma candidatura alternativa a Lira —que eles enxergam com desconfiança.

Esse plano dependeria da formação de uma base ampla no Congresso e de uma articulação entre os partidos governistas para o lançamento de um nome para enfrentar Lira na eleição.

Nos últimos dias, o atual presidente da Câmara avançou sobre partidos que devem integrar a coalizão de Lula, com o objetivo de esvaziar essa possibilidade. Lira reforçou o compromisso de apoio do PSD e de uma ala do MDB. Também abriu conversas para fechar uma aliança com parlamentares da União Brasil.

Lira já tinha indicações dentro desse trio de partidos de que haveria apoio a sua reeleição em caso de vitória de Bolsonaro. Agora, ele trabalha para manter as promessas dentro do novo cenário e obter logo a garantia de um número suficiente de legendas a seu lado para inviabilizar a chance de um concorrente.

PSD, MDB e União Brasil são considerados estratégicos na disputa pela presidência da Câmara. As legendas contam com 143 deputados eleitos. Com os 187 do núcleo do centrão (PP, PL e Republicanos), esses parlamentares seriam mais que suficientes para superar a metade das 513 cadeiras da Casa.

É por isso que uma adesão de PSD, MDB e União Brasil à reeleição de Lira pode impedir, matematicamente, a construção de uma candidatura alternativa.

O cálculo de aliados de Lula para o lançamento de uma candidatura governista dependeria de um acerto entre PSD, MDB, União Brasil e as siglas de esquerda, que têm 136 deputados eleitos.

Auxiliares do petista resistem a um acordo com Lira por entenderem que o presidente da Câmara acumulou poder demais nos últimos anos com o controle e a distribuição das emendas de relator. Além disso, o deputado demonstrou alinhamento com Bolsonaro.

Os petistas ponderam, no entanto, que pode ser muito pior enfrentar Lira, principalmente se houver chance de derrota.

O medo é repetir o ano de 2015, quando o governo Dilma Rousseff (PT) patrocinou um candidato à presidência da Câmara contra Eduardo Cunha (MDB-RJ), perdeu e viu instalado um adversário no comando da Casa.

O núcleo político do governo acredita que Lula deve se manter completamente afastado dessas articulações para não atrapalhar a tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, essencial para acomodar no Orçamento verbas para cumprir promessas de campanha.

Depois disso, com a montagem da base do governo e a distribuição dos ministérios, seria possível ter um quadro mais claro do tamanho da coalizão do petista e saber se o melhor caminho é fazer um acordo com Lira ou enfrentá-lo.

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