O líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que enviará um representação ao TCU (Tribunal de Contas da União) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) devolva o dinheiro que está gastando em suas férias. A intenção é que o valor seja destinado às vítimas das chuvas na Bahia, informa o Uol.
Até a tarde de hoje, 24 pessoas haviam morrido e outras 434 ficaram feridas em decorrência das chuvas no Estado. De acordo com a Defesa Civil da Bahia, dos 141 municípios afetados pelos temporais, 132 se encontram em situação de emergência.
Além disso, o balanço mostrou que a tragédia afetou 629.398 pessoas. Dessas, 53.934 precisaram deixar suas casas e outras 37.324 ficaram completamente desabrigadas.
Enquanto isso, o presidente passa férias em São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Bolsonaro já declarou que não pretende abandonar seu período de descanso. A previsão é que ele retorne a Brasília na semana que vem.
No Sul, ele andou de moto aquática, cumprimentou apoiadores, visitou o deputado federal Coronel Armando (PSL-SC) – logo depois diagnosticado com covid-19 – e saiu para pescar. Enquanto isso, tem delegado a seus ministros a responsabilidade pelas contenções dos danos na Bahia.
Ministro será convocado
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues, o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França será convocado para dar explicações no Senado. O anúncio veio após o Brasil recusar ajuda humanitária da Argentina à Bahia.
Convocaremos o Ministro das Relações Exteriores para dar explicações à comissão representativa no Senado e representaremos ao TCU para que o Presidente devolva ao erário o dinheiro que está utilizando em suas “férias” e que esse dinheiro seja destinado às vítimas na Bahia. (Randolfe Rodrigues)
O país vizinho ofereceu envio de profissionais especializados nas áreas de saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres. Em documento oficial, o governo brasileiro agradeceu o apoio e justificou a dispensa afirmando que a situação na Bahia “está sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros e de pessoal necessários”.
O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que “na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão dos Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos”.
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