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Israel escondeu o massacre que sofreu em ataques do Irã

O governo de Israel escondeu informações sobre os danos causados pelo Irã a instalações militares, usando para isso censura militar sobre jornalistas, inclusive correspondentes estrangeiros.

A denúncia foi feita pelo diário britânico Daily Telegraph, a partir de imagens de satélite obtidas pela Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.

De acordo com a análise, seis mísseis iranianos penetraram o chamado Domo de Ferro e atingiram ao menos cinco instalações militares de Israel, as bases de Zipporit, Irtah, Glilot, Beit Nehemia e a base aérea de Tel Nof.

Oficialmente, o governo de Benjamin Netanyahu não confirmou nem desmentiu os ataques, sugerindo apenas que os danos não teriam sido significativos.

O sistema anti-mísseis de Israel, também conhecido como Cúpula de Ferro, era tido até recentemente como invulnerável.

Ao menos 36 outros mísseis iranianos não foram interceptados. De acordo com a análise publicada pelo diário britânico, no sétimo dia da Guerra dos 12 Dias o Irã obteve o maior sucesso, com uma taxa de penetração do Domo de Ferro de 16%.

Isso sugere que os iranianos adaptaram seu ataque, combinando drones e mísseis para saturar o sistema anti-mísseis de Israel.

Teerã teria começado a retaliação a Israel gastando seu estoque de mísseis antigos, para depois usar modelos mais sofisticados, como o míssel hipersônico Fattah-2.

18 mil km/hora
O Fattah-2, com alcance de 1.500 quilômetros, pode voar a até 18 mil quilômetros por hora.

Ele não faz uma trajetória balística, ou seja, não sai da atmosfera antes de despencar em solo.

Mísseis balísticos podem ser monitorados praticamente desde o seu lançamento, facilitando o trabalho da defesa anti-aérea.

O Fattah-2 faz trajetória horizontal e é manobrável.

O triplo sistema anti-mísseis de Israel pode interceptar mísseis de curto, médio e longo alcances. Faz isso de forma automática, depois que radares fixam a trajetória do míssil inimigo.

No caso do Fattah-2, no entanto, o míssil pode mudar de trajetória pouco antes de atingir o alvo.

De acordo com a análise do Daily Telegraph, o Irã acertou: sete mísseis na infraestrutura de produção de energia, inclusive a refinaria de Haifa; destruição parcial do Weizmann Institute, um dos centros de pesquisa mais importantes de Israel; danos ao Centro Médico da Universidade de Soroka; ataques em áreas densamente povoadas, que deixaram 15 mil pessoas sem teto, segundo a Forum.

Censura militar
Assim como Israel fez com o Hamas, em Gaza, desta feita foi o Irã que acusou Israel de esconder ativos militares entre a população civil. Não há como confirmar de forma independente tais acusações, usuais em tempos de propaganda de guerra.

O público em Israel continua desinformado sobre os danos causados pelo Irã à infraestrutura militar e de produção de energia do país.

Durante a Guerra dos 12 Dias, a censura militar imposta pelo governo de Benjamin Netanyahu ameaçou punir quem postasse nas redes sociais imagens de destruição em alvos militares ou considerados estratégicos em Israel. Isso também foi aplicado a jornalistas locais e correspondentes estrangeiros.

O governo de Israel guiou os repórteres até alvos supostamente civis, com o objetivo de destacar que o Irã estava fazendo uma retaliação indiscriminada.


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