O governo do estado de São Paulo, liderado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas, anunciou que passará a utilizar a ferramenta de inteligência artificial ChatGPT para auxiliar na produção de aulas digitais destinadas a professores da rede estadual. A iniciativa marca uma mudança no método de produção do material didático, que até então era elaborado exclusivamente […]
O governo do estado de São Paulo, liderado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas, anunciou que passará a utilizar a ferramenta de inteligência artificial ChatGPT para auxiliar na produção de aulas digitais destinadas a professores da rede estadual.
A iniciativa marca uma mudança no método de produção do material didático, que até então era elaborado exclusivamente por professores curriculistas.
Conforme um documento obtido pela Folha, o novo processo incluirá uma “primeira versão da aula” gerada pelo ChatGPT, com base em temas e referências pré-definidos pela Secretaria de Educação.
Posteriormente, os professores curriculistas serão responsáveis por avaliar e ajustar o conteúdo, garantindo sua conformidade com os padrões pedagógicos antes de uma revisão final pela equipe interna da secretaria.
A Secretaria de Educação de São Paulo confirmou que o teste do uso de inteligência artificial está programado para o terceiro bimestre deste ano, abrangendo alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.
A medida visa “melhorar a qualidade” das aulas previamente elaboradas e incluir novas atividades e exemplos práticos.
Este novo método também alterará a carga de trabalho dos professores, que passarão a entregar três aulas a cada dois dias úteis, aumentando o volume semanal de aulas.
A decisão segue a tendência anteriormente adotada por Renato Feder, secretário de Educação, de priorizar conteúdos digitais e alinhar o material didático às demandas das avaliações nacionais como o Saeb.
No entanto, a estratégia de substituir livros didáticos impressos por slides digitais havia sido criticada por erros encontrados no material, levando a um recuo parcial do governo, que decidiu manter a adesão ao Programa Nacional do Livro Didático.