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Palestinos pedem processo rápido movido pela África do Sul contra Israel em tribunal da ONU

Diante de um conflito que deve continuar “por muitos meses”, segundo o próprio primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (30), a Autoridade Nacional Palestina pediu que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) acelere o julgamento do processo movido pela África do Sul contra o país.

Na última sexta (29), o país sul-africano acionou o órgão das Nações Unidas acusando Israel de atos genocidas contra a população da Faixa de Gaza. Os bombardeios diários em todo o território, que tem cerca de 2,3 milhões de pessoas, já provocaram a morte de mais de 21,6 mil palestinos em menos de três meses.

O processo na CIJ alega “supostas violações de Israel de suas obrigações nos termos da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (a ‘Convenção de Genocídio’) em relação aos palestinos na Faixa de Gaza”, conforme comunicado da entidade.

África do Sul e a Autoridade Palestina, que também responde pela Cisjordânia, que tem outros 3,2 milhões de habitantes, são signatários da convenção.

“O que a África do Sul apresentou, baseando-se no Artigo 9 da convenção, e a violação de Israel dos Artigos 2 e 3, está totalmente alinhado com os deveres das nações para evitar a prática desse crime”, disse o ministério palestino, que pediu uma resposta rápida da corte às acusações para evitar ainda mais atos genocidas.

Enquanto isso, o Hamas pediu que mais países apresentem ao tribunal da ONU pedidos de investigação contra Israel, que ameaça a paz e a segurança globais.

As perspectivas para a guerra não são nada boas e não há sinais de que vá parar nas próximas semanas. Mais de 85% dos 2,3 milhões de moradores de Gaza já precisaram abandonar suas casas e, diante dos combates que seguem intensos, a exaustão dos civis é cada vez maior.

*Sputnik

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Anistia Internacional pede investigação contra Israel por desaparecimentos forçados em Gaza

Depois de relatos de mortes em centros de detenção militar, a Anistia Internacional exigiu nesta quarta-feira (20) uma investigação urgente sobre o desaparecimento forçado de palestinos na Faixa de Gaza e levados para o país. A guerra no território começou no dia 7 de outubro e já deixou mais de 20 mil pessoas mortas.

A organização humanitária estima que centenas de pessoas estão presas em centros de detenção no sul de Israel após serem capturados em operações militares. “As forças israelenses devem divulgar urgentemente o destino e paradeiro de todos os detidos desde 7 de outubro”, disse Heba Morayef, diretora regional da Anistia para o Oriente Médio e Norte da África, em comunicado.

A organização humanitária estima que centenas de pessoas estão presas em centros de detenção no sul de Israel após serem capturados em operações militares. “As forças israelenses devem divulgar urgentemente o destino e paradeiro de todos os detidos desde 7 de outubro”, disse Heba Morayef, diretora regional da Anistia para o Oriente Médio e Norte da África, em comunicado.

Tratamento desumano
Conforme a Anistia Internacional, há um o “tratamento desumano e desaparecimento forçado” dos palestinos deve ser investigado o mais rápido possível. Na última terça (19), as Forças de Defesa de Israel (FDI) foram questionadas sobre o assunto e resumiram a dizer que mortes dos destinos são investigadas.

Porém, não foram fornecidos detalhes sobre a localização dos desaparecidos e quantos morreram nas instalações israelenses. O jornal Haaretz chegou a divulgar um relatório que revelou que os prisioneiros morreram na base militar de Sde Teiman, perto da cidade de Beersheba. Segundo a publicação, os detidos neste local ficam “vendados e algemados durante a maior parte do dia, e as luzes permanecem acesas nas instalações durante toda a noite”.

O destino dos palestinos detidos por Israel foi alvo de preocupações maiores na última semana, após a mídia do país mostrar dezenas de civis sentados nus em uma rua de Gaza sob custódia militar. A suspeita é que as imagens, que também flagraram pessoas vendadas com as mãos amarradas, foram divulgadas por um membro do Exército.

Qual é a situação atual do povo palestino?
O conflito entre Hamas e Israel na Faixa de Gaza começou no dia 7 de outubro, por conta de um ataque surpresa do movimento ao país judeu que causou a morte de 1,2 mil pessoas. Por conta dos ataques aéreos e a operação por terra, mais de 80% da população do território palestino está desabrigada e há uma crise humanitária sem precedentes.

Um acordo mediado pelo Catar levou a uma pausa humanitária de uma semana em Gaza para a libertação de reféns e ainda a chegada mais intensa de ajuda com alimentos, água, remédios e combustíveis, porém foi encerrada no início do mês.

O conflito palestino-israelense, relacionado a interesses territoriais, tem sido fonte de tensões e conflitos na região por muitas décadas. A decisão da ONU de 1947 determinou a criação de dois estados, Israel e Palestina, mas apenas o israelense foi estabelecido.

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Líder do Irã pede reação contra Israel; Biden vai à zona de guerra

Aiatolá Khamenei volta a sugerir ataques de seus aliados em meio a escalada no sul do Líbano.

A esgrima retórica entre os Estados Unidos e o Irã acerca da guerra entre Israel e o Hamas, que gera temores de uma escalada regional com dimensões militares do conflito, ganhou novos capítulos nesta terça (17), diz a Folha.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel está cometendo “um genocídio” de palestinos na Faixa de Gaza e voltou a insinuar que seus aliados, como o Hamas, que provocou a atual guerra com seu ataque terrorista do dia 7 passado, deverão agir contra Tel Aviv.

“Ninguém pode confrontar os muçulmanos e as forças de resistência se os crimes contra os palestinos do regime sionista continuarem”, afirmou a estudantes em Teerã. “O bombardeio de Gaza deve parar imediatamente. Nós devemos responder, devemos reagir ao que está acontecendo.”

A retaliação de Israel ao ataque já matou 2.800 palestinos. Khamenei, cujo país não reconhece o Estado judeu desde que a teocracia foi implantada em 1979, naturalmente não fez menção ao ataque do Hamas, que deixou 1.300 mortos. O país nega ter participado da ação.

Na véspera, o presidente Ebrahim Raisi havia falado em uma ação iminente do que chama de forças de resistência, algo repetido nesta terça pelo chefe-adjunto da temida Guarda Revolucionária, mas até aqui não houve nada além da troca de fogo na fronteira do Líbano com o Hizbullah –outro grupo bancado por Teerã.

Por lá, a situação permanece tensa. As IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla inglesa) mataram quatro militantes do Hizbullah que invadiram seu território nesta terça.

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Hezbollah assume responsabilidade por ataques contra Israel

O grupo libanês Hezbollah afirmou que as suas armas e foguetes estão a disposição do Hamas depois do ataque a Israel.

O grupo libanês Hezbollah assumiu, neste domingo (8/10), a responsabilidade por três ataques a Israel, em uma região conhecida como Fazendas Shebaa, usando mísseis e artilharia.

As Forças Armadas de Israel, por sua vez, responderam aos ataques disparando artilharia contra uma área do Líbano apontada como a origem dos disparos do Hezbollah, diz o Metrópoles.

O grupo islâmico Hamas iniciou uma série de ataques surpresas contra o território de Israel nesse sábado (7/10). Foram disparados milhares de mísseis a partir da Faixa de Gaza contra cidades e alertas foram disparados em várias regiões, incluindo Jerusalém e Tel Aviv.

O Hezbollah parabenizou o Hamas pelos ataques e informou que suas armas e foques estão à disposição do grupo islâmico.

Líbano x Israel
O Líbano e Israel são considerados inimigos. No entanto, uma trégua entre as duas nações tem sido mantida desde 2006, apesar de pequenos conflitos registrados entre israelenses e libaneses.

Entre um dos principais conflitos entre os dois países, que fazem fronteira, está a Operação Litania que, em 1978, o Exercito de Israel decidiu ocupar uma região do Líbano para atacar um grupo de palestino. A ação tinha como objetivo criar uma de segurança entre os dois territórios.

Além dos conflitos em terra, Israel e Líbano divergem sobre a sua fronteira marítima. No ano passado, os dois países assinaram um acordo para limitar a uma área no mar conhecida pelo seu vasto estoque de petróleo.