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Joaquim de Carvalho “Podemos estar diante de um crime de estado”

O jornalista Joaquim de Carvalho afirmou nesta quarta-feira (15) que os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips podem ter sido “um crime de Estado”.

Segundo reportagem da Bandnews, os irmãos Oseney da Costa e Amarildo dos Santos, o “Pelado”, confessaram à Polícia Federal que assassinaram Bruno Pereira e Dom Phillips.

Numa sequência de tweets publicados antes da confissão dos crimes vir a público, Joaquim de Carvalho lembrou da declaração de Jair Bolsonaro, dois dias atrás, afirmando que ‘indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles’. “Parece um jogo de informação e contrainformação, para confundir o público”, afirmou Joaquim.

“Se o desaparecimento de Bruno e Dom não tiver esclarecimento cabal e rápido, sinto-me autorizado a suspeitar que o episódio vai muito além de criminosos menores, como o tal Pelado. Podemos estar diante de um crime de Estado. Seja na execução ou no embaralhamento dos fatos”, acrescentou o jornalista.

Leia a sequência de tweets de Joaquim de Carvalho sobre o assunto:

“O desaparecimento de Bruno e Dom remete a outros casos que envolvem forças de segurança violentas e sem credibilidade. Os corpos simplesmente somem, e a repercussão, com isso, ganha outra dimensão, menor.

As vítimas da ditadura são exemplo clássico do que certamente é um método. Mais recentemente, tivemos o caso do Amarildo e da Patrícia Amieiro, no Rio. Por isso é que não engulo o caso que envolveu a Embaixada do Brasil em Londres.

Um diplomata de carreira, segundo na hierarquia do órgão, informa a família de Dom que os corpos foram encontrados, vem o desmentido da PF, e a Embaixada espera um dia inteiro — e sua repercussão — para dizer que errou.

No mesmo dia, o próprio presidente da república diz que haviam sido encontradas vísceras boiando — cadê o DNA? Parece um jogo de informação e contrainformação, para confundir o público.

As vítimas da ditadura são exemplo clássico do que certamente é um método. Mais recentemente, tivemos o caso do Amarildo e da Patrícia Amieiro, no Rio. Por isso é que não engulo o caso que envolveu a Embaixada do Brasil em Londres.

Um diplomata de carreira, segundo na hierarquia do órgão, informa a família de Dom que os corpos foram encontrados, vem o desmentido da PF, e a Embaixada espera um dia inteiro — e sua repercussão — para dizer que errou.

No mesmo dia, o próprio presidente da república diz que haviam sido encontradas vísceras boiando — cadê o DNA? Parece um jogo de informação e contrainformação, para confundir o público.

Se o desaparecimento de Bruno e Dom não tiver esclarecimento cabal e rápido, sinto-me autorizado a suspeitar que o episódio vai muito além de criminosos menores, como o tal Pelado. Podemos estar diante de um crime de Estado. Seja na execução ou no embaralhamento dos fatos.”

*Publicado no 247

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