“Ninguém vai aguentar”, disse Wanderlei Alves, o Dedeco. Para ele, a guerra Rússia-Ucrânia está servindo como “desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras”.
O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, um dos principais líderes da greve da categoria em 2018, disse que o Brasil tem que parar em protesto contra o novo aumento no preço dos combustíveis, anunciado nesta quinta-feira (10) pela Petrobras.
Em Mato Grosso, onde parou o caminhão que está dirigindo para abastecer e seguir viagem até Presidente Prudente, em São Paulo, ele afirma que pagou R$ 6,8 o litro. “E agora vai para mais de R$ 8”, protesta. As altas entram em vigor a partir de sexta-feira (11).
Dedeco afirma que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está servindo como “desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobras”.
“Eles já tiveram um lucro absurdo, doentio com os aumentos mais recentes, e estão ficando milionários às custas da tragédia de todos nós. Só quem está feliz hoje no país são os investidores da Petrobras”, segue.
Dedeco afirma que caminhoneiros e transportadoras são os primeiros a sentir o baque, mas logo os preços são repassados e chegam “na gôndola dos supermercados, em todos os produtos”, penalizando a população brasileira.
Segundo Dedeco, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia está servindo como “desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobrás”. “Eles já tiveram um lucro absurdo, doentio com os aumentos mais recentes, e estão ficando milionários às custas da tragédia de todos nós. Só quem está feliz hoje no país são os investidores da Petrobrás”, afirmou.
O caminhoneiro alertou, ainda, que o setor de transporte é o primeiro a sentir o impacto, mas ressaltou que os custos serão repassados e chegarão “nas gôndolas dos supermercados, em todos os produtos”, alcançando o restante da população.
No início do ano passado, Dedeco anunciou ter perdido os três caminhões com os quais trabalhava após atrasar o pagamento de suas parcelas. O episódio fez com que ele abandonasse os 27 anos na estrada e abrisse uma hamburgueria em Curitiba, onde mora.
Atualmente, ele trabalha em uma empresa chamada Framento Transportes de Chapecó.
Filiado ao Podemos, o caminhoneiro chegou a se engajar na pré-campanha à Presidência de Sergio Moro (Podemos), mas rompeu com o ex-ministro e ex-juiz após desentendimento em um grupo de WhatsApp no mês passado.
Nomeado “Apoio ao Sergio Moro”, o grupo tem entre seus membros figuras como o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).
*Mônica Bergamo/Folha
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