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Pochmann vai ao ponto: O que ameaça a dívida pública no Brasil é a taxa de juros

Não só a dívida pública, mas todo o sistema econômico.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, aponta que 96% do déficit fiscal brasileiro é resultado da despesa financeira com o serviço da dívida.

Isso é uma loucura!

A ameaça maior sobre a dívida pública brasileira segue sendo a despesa financeira, não a operacional. Para os 8% do PIB estimados de déficit nominal nas contas públicas, 96% do total decorrem da super despesa com juros sobre o estoque da mesma dívida pública (estimada em 7,7% do PIB)”, afirmou Pochmann.

Ele foi ainda mais didático e certeiro: a situação das contas externas do país permanece estável. Ele informou que os investimentos diretos estrangeiros no Brasil devem fechar em torno de 70 bilhões de dólares, enquanto o superávit na balança comercial pode alcançar 65 bilhões de dólares.

“Ou seja, uma soma de entrada de recursos em moeda externa em cerca de 135 bilhões de dólares, o que supera em 2,5 vezes a saída de recursos externos do Brasil por meio do déficit em transações correntes anual estimado em 54 bilhões de dólares”

Pochmann concluiu que as reservas externas do Brasil continuarão a crescer, apesar dos possíveis ataques especulativos contra o real. “As reservas externas seguirão crescendo, não obstante o ataque especulativo contra o real”, completou.

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Dívida pública cai a 76,1% do PIB em dezembro e superávit primário supera expectativa

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 77,0% para a dívida bruta e de 61,0% para a líquida.

A dívida bruta do Brasil registrou queda em dezembro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário acima do esperado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 76,1%, contra 77,7% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 61,1%, de 61,2% em novembro.

Em dezembro, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 15,745 bilhões, acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de R$ 10,2 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve saldo positivo de R$ 26,728 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de R$ 12,018 bilhões e as estatais tiveram superávit de R$ 1,035 bilhão, mostraram os dados do BC.