O “Espetáculo Econômico” de Milei Verdades e Números
É, o governo de Javier Milei continua entregando um show à parte na economia argentina, daqueles que misturam drama, imprevisibilidade e altas doses de ironia.
O dólar “disparando”, ou melhor, o peso despencando, dependendo do ângulo, e a Bolsa de Buenos Aires, o MERVAL, como estrela principal do pior desempenho global em 2025.
Vamos aos fatos concretos, com base nos dados mais recentes, de 3 de outubro de 2025, para contextualizar esse circo do descabelado.
O Dólar, Inflação, Desvalorização e o “Blue” em Alta. O “dólar blue” o informal, que é o que realmente importa paea o dia a dia dos argentinos, fechou nesta quinta (02) em torno de 1.450 pesos, um salto de cerca de 1% só no dia anterior e uma escalada de mais de 20% desde janeiro de 2025.
Isso reflete a pressão contínua sobre o peso, com a taxa oficial, controlada pelo BCRA, por volta de 1.000-1.100 ARS/USD, mas ninguém liga pra ela – o blue é o rei.
Por quê? Milei prometeu estabilizar a inflação com cortes radicais de gastos, mas o ajuste fiscal ainda não domou o monstro. A inflação anualizada está na casa dos 200-250%, apesar de ter caído de picos de 300% em 2024.
O FMI elogia o superávit primário, mas o mercado sente o tranco da desvalorização controlada.
Resultado, argentinos correm para o blue para se protegerem, e o dólar dispara como foguete.
Aqui vai o creme do bolo? o índice MERVAL, em dólares, realmente está fazendo história, c,laro pra pior.
De janeiro a outubro de 2025, ele acumulou uma queda de mais de 50% em USD, partindo de um pico de cerca de 2.450 pontos em dezembro de 2024 para os atuais 1.800 em abril, com continuação da sangria até agora.
Em pesos, o índice subiu um pouquinho (tipo 1-2% no ano), mas ajustado pela desvalorização do peso? Desastre total.
E o título de pior do planeta? Confirmado.
Num ranking global de bolsas em 2025, via MSCI e Morningstar, o MERVAL lidera, ou melhor, fecha a lanterna entre emergentes e desenvolvidos, batendo até bolsas em crise como a Turquia ou o Egito.
Enquanto Europa, Grécia +25%, Polônia +18% e Ásia, Coreia do Sul +15%, surfam na alta, Buenos Aires afunda com energia, bancos e utilities, setores que Milei “reformou” à la motosserra.
Mas o eleitorado sente o osso. Desemprego em 8-10%, recessão técnica e protestos nas ruas.
Se o FMI soltar mais grana, e há negociações em curso, pode estabilizar; senão, 2026 pode ser o bis desse espetáculo.
Ironia suprema. Enquanto o MERVAL sangra, cripto e ouro explodem na Argentina como hedge.
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