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‘Fizeram coisas inimagináveis’, palestino detido pelo exército israelense denuncia tortura

O Ministério da Saúde de Gaza anunciou na quinta-feira (14/03), em comunicado, um balanço atualizado de 31.341 mortos e 73.134 feridos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro. Pelo menos 69 pessoas morreram nas últimas 24 horas, segundo o ministério.

Há centenas, senão milhares, de palestinos atualmente detidos numa base militar de Israel no deserto, segundo a mídia israelense. Inicialmente acusados ​​de pertencer ao Hamas, alguns acabaram por ser libertados.

Embora não tenha sido estabelecida qualquer ligação entre os civis detidos e o movimento islâmico palestino, civis afirmam ter sido “torturados” no que se assemelha a uma “Guantánamo ao estilo israelense”.

Bahaa Abu Rukba tem 24 anos e trabalha em primeiros socorros no Crescente Vermelho Palestino em Gaza. Em dezembro passado, foi preso pelo Exército israelense no norte do enclave e passou 21 dias detido.

“Juro que sinto que passei vinte e um anos na prisão, por causa da tortura. Nem sei onde estava, numa base militar, eu acho. Não vi a luz do dia nem uma vez”, diz ele.

Durante a detenção, Bahaa foi continuamente interrogado. “Passávamos até 21h de joelhos todos os dias. Eles fizeram coisas inimagináveis ​​conosco. Diziam para mim: ‘Você é membro do Hamas!’ Respondi que trabalhava para uma organização humanitária. Eles não acreditaram em mim e me submeteram à tortura. Eles me deixaram completamente nu, com as mãos e os pés amarrados, bateram em minhas partes íntimas. Vou poupar você dos detalhes, mas sofri um tratamento humilhante e degradante. Teve até um soldado que me dava tapas na cara”, relata.

“Não estamos aqui para alimentar vocês, mas para mantê-los vivos”
O jovem afirma que foi privado de sono e alimentação. “Eles nos davam uma lata de atum para cada cem prisioneiros, um pepino e um pouco de pão à noite. Nem o suficiente para um pássaro. Eles nos diziam: ‘Não estamos aqui para alimentá-los, mas para mantê-los vivos e continuar a torturar vocês. Ameaçaram nos amputar ou até mesmo remover nossos órgãos”, diz.

Após três semanas de tortura, Bahaa Abu Rokba foi libertado e enviado de volta ao sul da Faixa de Gaza. Ele está trabalhando novamente como socorrista no Crescente Vermelho Palestino.

Por sua vez, o Exército israelense alega que “o tratamento violento dos detidos é proibido e contrário a seus valores”.

*Opera Mundi

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Governo Lula condena assassinato de palestinos pelo exército israelense

Segundo o ministério das Relações Exteriores, “o Brasil acompanha com grande pre

O ministério das Relações Exteriores brasileiro, comandado por Mauro Vieira, fez críticas às mortes de palestinos no campo de refugiados de Jenin, na cidade palestina de mesmo nome, na Cisjordânia, Oriente Médio, região formada por partes da Ásia e da África. Nove pessoas morreram. Foi um dos maiores números de mortos em apenas um dia em conflitos entre israelenses e palestinos nos últimos anos. Um total de 29 palestinos morreram na guerra com as forças de Israel em 2023. No ano passado, foram mais de 200 mortos.

“O governo brasileiro expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo e ao governo da Palestina”, disse o comunicado. “O Brasil acompanha com grande preocupação a crescente tensão entre forças israelenses e civis na Cisjordânia, que causaram centenas de mortes em 2022”, continuou.

“O Brasil reitera o seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz, em segurança e dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Com esse propósito, o governo brasileiro exorta ambas as partes a se absterem de ações que afetem a confiança mútua necessária à retomada urgente do diálogo com vistas a uma solução negociada do conflito”, acrescentou.

A Federação Árabe-Palestina do Brasil também emitiu uma nota de repúdio às ações violentas das forças de Israel.

ocupação a crescente tensão entre forças israelenses e civis na Cisjordânia”

*Com 247

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