Imagens reveladas quase 2 décadas após massacre de Haditha evidenciam as violações perpetradas pelos EUA no Iraque.
Em um relatório de investigação publicado na terça-feira, o jornal norte-americano The New Yorker revelou o que as pessoas no Iraque haviam sofrido na própria pele as atrocidades, mas que o complexo militar-industrial dos EUA tentou desesperadamente ocultar a verdade durante 19 anos.
Em 19 de novembro de 2005, na província ocidental iraquiana de Al-Anbar, os fuzileiros navais americanos estacionados na cidade de Haditha foram de casa em casa executando pelo menos duas dezenas de civis a sangue-frio.
Naquele momento, as testemunhas oculares e sobreviventes disseram que a vítima mais jovem era uma menina de três anos e que não houve piedade com crianças, mulheres ou homens, que receberam tiros à queima-roupa.
Antes da execução em massa, quatro estudantes que viajavam em um táxi foram obrigados a sair de seu veículo e assassinados a tiros junto com seu motorista.
Foi necessário um relatório da revista Time para que o exército dos EUA abrisse uma investigação alguns anos após o incidente, mas todas as acusações contra os fuzileiros navais foram rapidamente retiradas porque o massacre foi um crime de guerra e poderia ter manchado ainda mais a imagem das forças de ocupação americanas.
No entanto, todas as acusações contra os fuzileiros navais foram rapidamente retiradas porque o brutal episódio teria constituído um crime de guerra e, portanto, teria manchado ainda mais a imagem já desgastada das forças de ocupação americanas.
Quase 19 anos depois, as fotografias vazadas publicadas pelo The New Yorker mostram os pais tentando proteger seus filhos. Famílias inteiras e seus bebês foram brutalmente assassinados e depois fotografados pelas forças de ocupação por prazer sádico.
Se essas fotos não tivessem sido vazadas, essa história não teria recebido a cobertura da mídia que tem agora, e a pergunta continua sendo se os fuzileiros navais americanos envolvidos nesse crime de guerra diabólico serão julgados. Embora, todos saibamos a resposta.
Quando se trata de Iraque e da ocupação militar americana do país árabe, a narrativa de Washington sempre foi “algumas maçãs podres”.
*Diálogos do Sul