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A derrocada a jato do general Walter Braga Netto

Walter Braga Netto tinha a expectativa de ser vice-presidente da República, mas tornou-se um dos nomes mais encrencados na trama golpista.

Foi dura a queda de Walter Braga Netto. O general, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, figura como um dos nomes mais encrencados nas investigações da Polícia Federal contra os golpistas que circundavam o ex-presidente.

Braga Netto chegou a ser cotado como o candidato bolsonarista à Prefeitura do Rio de Janeiro. Descartou a ideia por alimentar o sonho de se lançar na disputa pelo Senado em 2026, mas acabou inelegível, ao ser condenado pelo TSE por instrumentalizar as festividades do 7 de Setembro.

Na quinta-feira (8/2), o general foi alvo de mandados de busca e apreensão e entregou o passaporte às autoridades. Mensagens de WhatsApp mostraram Braga Netto instruindo ataques aos chefes do Exército e da Aeronáutica, que não teriam aderido ao plano golpista formulado com a anuência de Bolsonaro, diz Guilherme Amado, Metrópoles.

Braga Netto tornou-se conhecido da população ao ser nomeado interventor federal na segurança do Rio de Janeiro pelo então presidente, Michel Temer, em fevereiro de 2018. Na época, os feitos do general quatro estrelas ganharam destaque na imprensa, mas a intervenção em nada mudou a situação do Rio.

No governo Bolsonaro, Braga Netto atuou como ministro-chefe da Casa Civil, entre fevereiro de 2020 e março de 2021, e ministro da Defesa, entre março de 2021 e abril de 2022.