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Armas e escola domiciliar afastam evangélicos do bolsonarismo em São Paulo

Pesquisa ouviu 613 moradores de São Paulo entre 24 e 28 de junho deste ano.

Os evangélicos paulistanos não estão 100% alinhados com as pautas bolsonaristas. Esta foi a constatação de uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha , que ouviu 613 moradores de São Paulo entre 24 e 28 de junho deste ano. Segundo o levantamento, a maior divergência entre os fiéis e as ideologias promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se referem às armas e ao “homeschooling”, o ensino à distância.

De acordo com a pesquisa, apenas 28% dos evangélicos da cidade mais populosa do Brasil acreditam que o cidadão deve ter uma arma para se defender. A pauta é considerada valiosa para Bolsonaro, que promoveu uma política pró-armamento durante seu governo (2019 a 2022) . Até hoje, aliados do ex-presidente usam esta bandeira, seja no Congresso ou nas redes sociais.

utro tema sensível para os evangélicos da capital paulista é o “homeschooling”, levantado por Bolsonaro e sua então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a atual senadora Damares Alves.

Segundo a pesquisa Datafolha, apenas 19% dos evangélicos de São Paulo aprovam a ideia de que os pais possam substituir as escolas com o ensino em casa. O levantamento afirma que, principalmente na periferia, a merenda escolar é considerada importante para os fiéis.

Além disso, não há unanimidade entre os evangélicos paulistanos quando o assunto é aborto – o tema voltou a ser discutido na Câmara dos Deputados após um projeto de lei propor equiparar quem aborta com mais de 22 semanas a um homicida. O PL está em discussão na casa.

O levantamento aponta que 48% dos evangélicos entrevistados acreditam que as regras para o aborto no Brasil não devem ser alterada. Além disso, somente 30% afirmam que uma mulher deve ser presa por abortar.

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“Eu nunca estudei se a Terra é plana”, disse Nikolas Ferreira, que presidirá Educação na Câmara

“Eu nunca nem parei pra pesquisar isso. De verdade, eu não me importo. Se a Terra é plana, é oval, é quadrada, sabe, caguei.”

Eleito o novo presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) já afirmou que não “estudou” se “a Terra é plana”, e anunciou que uma de suas prioridades será o homeschooling, a educação domiciliar que retira as crianças da escola.

Terra Plana
Em um vídeo recuperado após a nomeação de Nikolas, o deputado foi questionado sobre o que ele achava da teoria da Terra Plana. “Eu posso ser sincero? Eu nunca nem estudei isso. Tipo, não me chama a atenção, sabe. Juro!”, falou, rindo.

Em seguida, chegou a dizer que “gosta de quem gosta”, de quem “tem curiosidade com isso”.

Concluindo: “Mas eu nunca nem parei pra pesquisar isso. De verdade, eu não me importo. Sério mesmo. Se a Terra é plana, é oval, é quadrada, sabe, caguei.”

Homeschooling
Em outro episódio já polêmico, o recém nomeado presidente da Comissão de Educação falou, em suas redes sociais, que uma de suas prioridades será o homeschooling – a prática que retira as crianças dos colégios para estudar em casa, com os pais, sem controle pedagógico.

“Com 22 votos, acabo de ser eleito, Presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Neste ano de presidência, debateremos assuntos importantes e complexos como: Plano Nacional de Educação, Segurança nas Escolas, fortalecimento da Educação Básica, homeschooling, dentre diversos outros temas que são importantes para a Educação em nosso país”, escreveu.