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Procurador do AM diz que Ministério da Saúde foi alertado quatro dias antes sobre falta de oxigênio

Integrante do MPF afirma que ainda tenta contabilizar mortes por asfixia.

Igor da Silva Spindola, procurador da República do Amazonas, afirmou nesta quinta-feira que o Ministério da Saúde foi alertado há pelo menos quatro dias que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus.

“O estado não se preparou. E como se não bastasse, a direção de Logística do Ministério da Saúde só se reuniu hoje (quinta-feira) para tratar disso após ser avisada há quatro dias”, disse à coluna o procurador que atua na área de saúde no estado.

Spindola criticou o que avalia como “falta de coordenação” do governo federal e de militares no ministério, que desconhecem o funcionamento do SUS. Ele ainda tenta contabilizar as mortes por asfixia.

“Acordei hoje com uma ligação por volta de 7h do diretor do Hospital Universitário dizendo que só tinha duas horas de oxigênio. Por volta de 12h, a gente já tinha notícia dos óbitos por asfixia. Foi emocionalmente impactante”.

De acordo com Spindola, no pico da pandemia em 2020 a demanda por oxigênio em Manaus era de 20 mil metros cúbicos. Agora, saltou para 70 mil.

A empresa White Martins, que fornece oxigênio para os hospitais da capital, consegue produzir 28 mil metros cúbicos de oxigênio.

O excedente era transformado em oxigênio líquido, o que o torna mais perigoso e inflamável, e o transporte só pode ser feito por avião cargueiro, como o da Força Aérea Brasileira (FAB).

No entanto, a aeronave quebrou nesta quarta-feira:

“O que o Exército nos passou oficialmente é que o avião da FAB teria quebrado. Mas eles têm outros aviões. Ninguém se movimentou para resolver”, disse o procurador.

O procurador é um dos membros do MP que assinam uma ação civil pública ajuizada nesta quinta-feira na Justiça Federal do Amazonas.

A ação cobra da União uma solução para o colapso de fornecimento de oxigênio na saúde da capital.

Mais de 5,8 mil pessoas já morreram de Covid no Amazonas.

Em Manaus, a média móvel de mortes pela doença saltou 183% nos últimos sete dias.

*Guilherme Amado/Epoca

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