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Lula comemora ouro de Bia Souza no judô e destaca importância do Bolsa Atleta

Programa completa 20 anos em 2024 e já empenhou cerca de R$1,7 bilhão em bolsas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta sexta-feira (2) a conquista do ouro pela judoca brasileira Bia Souza nos Jogos Olímpicos de Paris, a primeira medalha dourada do país nesta edição. A fala de Lula ocorreu durante uma agenda no Ceará para a sanção de um fundo voltado para obras de infraestrutura social e a política nacional de hidrogênio de baixa emissão de carbono, além da expansão do programa Pé-de-meia.

Lula aproveitou a oportunidade para exaltar o programa Bolsa Atleta, iniciativa do governo federal criada em 2004 e que já empenhou cerca de R$1,7 bilhão em bolsas, se tornando a principal política pública de apoio ao esporte no Brasil. “Eu recebi um recado aqui: a nossa companheira Beatriz Souza, no judô, acaba de ganhar a primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas. É importante lembrar que 80% dos atletas que estão em Paris recebem uma coisa chamada Bolsa Atleta, que nós criamos em 2004”, disse.

O presidente também explicou o funcionamento do Bolsa Atleta e a sua importância para o esporte nacional. “Você tem várias faixas salariais, mas todo mundo ganha. Uns ganham R$ 10 mil, outros ganham R$ 15 mil, outros ganham R$ 3 mil, outros ganham R$ 4 mil. E por que a gente fez isso? Porque quando o atleta fica famoso ele tem patrocínio, aí os bancos vão atrás dele, os empresários vão atrás. Mas enquanto ele não é famoso, às vezes ele não tem um tênis para andar, não tem um lugar para uma menina jogar bola, saltar, dançar. Não é bonito a gente ver aquilo na televisão? Por que a gente não garante que as nossas crianças nascidas nos lugares mais pobres tenham direito de chegar ali? Por que a gente não garante? É só a gente direcionar o dinheiro público para isso”, afirmou.

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Mundo

Entrada do Irã no BRICS é ‘de suma importância, principalmente para a China’, aponta especialista

A entrada do Irã no BRICS, que será oficializada em 1º de janeiro de 2024, marca o ingresso de um país declaradamente contrário aos Estados Unidos. Que tipo de repercussões isso poderá trazer ao grupo?

Essas e outras questões foram respondidas por Jorge Mortean — geógrafo e professor de relações internacionais, mestre em estudos regionais do Oriente Médio no Irã e atual doutorando em geografia política na Universidade de São Paulo (USP) — no episódio desta segunda-feira (4) do podcast da Sputnik Brasil Mundioka, apresentado pelos jornalistas Melina Saad e Marcelo Castilho.

Para o especialista em estudos iranianos, a entrada do Irã no BRICS representa um ganho tanto para o país persa quanto para o grupo, uma vez que “temos aí a semiperiferia e periferia do mundo se aliando”, disse, referindo-se à teoria de sistema-mundo das relações internacionais, popularizada por Immanuel Wallerstein. “O que seria semiperiferia?”

“São países com um grau até importante de desenvolvimento tecnológico-industrial, que servem como ponte de retransmissão de fluxos de comércio (investimentos, capital). São grandes mercados e possuem certo poderio de defesa em suas respectivas regiões.”

Essas características, para Mortean, definem a posição ocupada pelas nações do BRICS mais do que qualquer relação econômica. Nesse ponto, o grupo de países, que agora se expande para se tornar o BRICS+ com a inclusão além do Irã, do Egito, da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e da Etiópia — e, talvez, da Argentina — forma um agrupamento antissistêmico.

“Ou seja, ele faz um contraponto a toda a hegemonia que se diz aí ocidental de países desenvolvidos, nomeadamente Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão, que apesar de ser do Oriente, é um Oriente mais ocidentalizado do que nunca.”

“Oferece, portanto, uma nova possibilidade de ordem mundial”, resumiu.

*Sputnik