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Chefe da PF diz que há indícios suficientes para PGR denunciar Bolsonaro

Andrei Rodrigues afirmou à CNN que indiciamento não é um “ato isolado” e precisa ter “um lastro probatório”

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou ao CNN Entrevistas que há indícios o suficiente para a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos sobre suposto esquema de fraudes em dados de vacinação e no caso de venda ilegal das joias sauditas.

“Nós já concluímos as investigações e as nossas conclusões foram nesse sentido. Quando a polícia indicia alguns investigados, a equipe da investigação, a autoridade policial que formalmente faz o indiciamento, é importante esclarecer, ela aponta.”

“O ato de indiciamento não é um ato isolado, ele tem que ter um lastro probatório, que tem que estar documentado no inquérito policial. Há um despacho fundamentado, trazendo todos os elementos de convicção que foram colhidos e que levaram a autoridade policial a concluir pelo indiciamento, que é um ato privativo da polícia e do policial que conduz”, disse Andrei.

Bolsonaro foi indiciado pela PF por fraude em cartão de vacinação para Covid-19 em março deste ano. O ex-presidente, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros aliados foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações.

Já no inquérito das joias, que apura se Bolsonaro e aliados se apropriaram de joias do acervo presidencial, o ex-presidente foi indiciado no começo deste mês. Ele foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Para Andrei, há indícios consideráveis para a apresentação da queixa. “Nós entendemos que há elementos suficientes para que o processo avance, com o devido processo legal, com direito à ampla defesa. Que o juiz, a Suprema Corte, tome a decisão que tiver que tomar, absolvendo ou condenando os investigados”.

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PGR considera que há indícios suficientes para denunciar mandantes do assassinato de Marielle Franco

Os investigadores afirmam que as evidências reunidas não deixam dúvidas sobre a participação dos “autores intelectuais”

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está avaliando os elementos reunidos para uma possível denúncia contra os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Os fatos levantados até agora pela Polícia Federal (PF) indicam a participação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa.

Na última quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados manteve a prisão preventiva de Chiquinho Brazão, ratificando a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse movimento surge no contexto da operação “Murder Inc”, realizada pela PF em 24 de março, que resultou na prisão de três pessoas suspeitas de ordenar e planejar o assassinato ocorrido em 2018.

A investigação, que antes enfrentava obstáculos e poucos avanços, ganhou impulso quando a PF assumiu o caso no início de 2023. Colaborações premiadas, incluindo as de ex-policiais militares como Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, revelaram informações cruciais sobre a execução de Marielle e Anderson, segundo o Valor Econômico.

Apesar das dificuldades em obter provas irrefutáveis após seis anos do crime, os investigadores afirmam que as evidências reunidas até o momento não deixam dúvidas sobre a participação dos “autores intelectuais”. Ainda assim, há lacunas na investigação, como os motivos precisos do assassinato e os detalhes sobre a remuneração do executor.

A PF registrou que as delações de Lessa mencionam encontros entre ele e os irmãos Brazão, intermediados por Edmilson de Oliveira, conhecido como Macalé. No entanto, não há provas concretas dessas reuniões. Os irmãos Brazão negam veementemente qualquer envolvimento no crime, assim como Barbosa.