Um coronel na cultura: sai o amigo do Carluxo, entra um coronel

Dois meses no cargo, presidente da Funarte é demitido após embate com Mario Frias.

Coronel da reserva foi nomeado para substituir Luciano Querido na fundação. E assim segue a coitada da cultura brasileira, sem eira nem beira, mas com um coronel à frente da Fundação Nacional das Artes.

Dois meses depois de ser nomeado para comandar a Funarte, Luciano Querido foi demitido. Bateu de frente com Mario Frias, secretário de Cultura, por causa de nomeações — algumas que foram feitas e outras que deixaram de ser feitas.

Querido foi assessor de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores, cuidando da área de mídias sociais do gabinete. Participou também da pré-campanha de Jair Bolsonaro à presidência. Depois, foi afastado pelo próprio Bolsonaro, e ganhou abrigo na Funarte.

O próprio Bolsonaro deu o.k. para a troca. Querido, no entanto, deve ser aproveitado em algum outro cargo no governo.

Para o lugar de Querido, foi nomeado um coronel da reserva do Exército, Lamartine Holanda. Bolsonaro conversou com ele nos últimos dias.

Aos 60 anos, Holanda exibe um currículo variado. Estão lá desde a graduação na Escola Militar das Agulhas Negras a cursos de roteirista na Escola de Cinema de São Paulo, de manutenção de material bélico, de gestão de direitos do processo de financiamento de projetos audiovisuais com recursos públicos, de transportes de cargas perigosas e de comunicação neurolinguística.

 

*Com informações de Lauro Jardim/O Globo