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Grupo rebelde Houthis dispara míssil contra navio dos EUA no Mar Vermelho

Rebeldes prometeram continuar ataques no local até que Israel interrompa o conflito em Gaza.

O grupo rebelde Houthis disparou um míssil contra um navio estadunidense no Mar Vermelho neste domingo (15). Um caça-jato dos Estados Unidos interceptou o projétil, segundo o Comando Central do país.

Não houve feriados ou danos relatados, de acordo com as autoridades estadunidenses. O ataque dos Houthis foi na direção de um navio que opera na região sul do Mar Vermelho.

Este é o primeiro ataque das forças rebeldes reconhecido pelos estadunidenses desde os bombardeios de Estados Unidos e o Reino Unido a alvos dos Houthis no Iêmen.

A operação contra o grupo rebelde se iniciou durante a madrugada de sexta-feira (12), pelo horário local — noite de quinta-feira (11), no Brasil. A missão aconteceu um dia após os Houthis realizarem o maior ataque nas rotas comerciais do Mar Vermelho desde 19 de novembro.

Segundo autoridades estadunidenses e britânicas, a ação foi um “ato de legítima defesa”. Já o porta-voz dos Houthis afirmou que a operação contra alvos do grupo é “injustificada” e que os ataques a navios com destino a Israel no Mar Vermelho iriam continuar.

Os Houthis ainda não reconheceram a gravidade dos danos causados pela ação dos Estados Unidos e Reino Unido. Segundo eles, os ataques mataram cinco dos seus soldados e feriram outros seis, diz o g1.

Na sexta, o Irã, a Rússia e o Omã condenaram a missão contra as forças rebeldes. Horas após o ataque, a Rússia afirmou que solicitou uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir os bombardeios.

Ataques no Mar Vermelho
A ação conduzida pelos Estados Unidos e o Reino Unido, na sexta-feira, foi feita via água e ar, com o uso de submarinos, navios e aeronaves.

Esses foram os primeiros bombardeios contra o grupo desde que os rebeldes começaram a atacar navios comerciais no Mar Vermelho, no fim de 2023.

Nas últimas semanas, militantes do grupo rebelde, apoiados pelo Irã, vêm fazendo uma série de ataques contra navios comerciais em protesto contra bombardeios de Israel na Faixa de Gaza. O grupo Houthis controla boa parte do Iêmen.

Desde novembro, pelo menos 27 ataques conduzidos pelo grupo rebelde contra navios foram registrados na região. Em dezembro, por exemplo, um navio norueguês foi atacado por um míssil, na costa do Iêmen.

Os rebeldes prometeram continuar os ataques até que Israel interrompa o conflito em Gaza e alertaram que atacariam navios de guerra dos EUA se o próprio grupo fosse alvo.

Com a instabilidade na região, a navegação na principal rota entre a Europa e a Ásia diminuiu. A passagem pelo Mar Vermelho representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.

Várias companhias de transporte marítimo suspenderam operações, preferindo o trajeto mais longo em torno da África.

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Houthis reagem à operação militar dos EUA e prometem ataques diários no Mar Vermelho

‘Estamos tentando ajudar os palestinos’, diz grupo do Iêmen que tem reagido às hostilidades israelenses em Gaza; Pentágono anunciou operação para ‘proteger’ comércio marítimo do território.

O grupo Houthi, do Iêmen, declarou nesta terça-feira (19/12) que irá realizar ataques diários no Mar Vermelho após os Estados Unidos anunciarem uma “operação multinacional” na região visando “proteger o comércio marítimo”. A informação é da emissora catari Al Jazeera.

À emissora, um dos porta-vozes do movimento afirmou que as ações contra navios cargueiros é em defesa do povo palestino, que está sendo bombardeado desde 7 de outubro pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). Ainda de acordo com o representante, os Houthis consideram que qualquer embarcação que entre nas ´´aguas territoriais do Iêmen “serão um alvo legítimo, independentemente da sua nacionalidade”.

Mais cedo, o grupo alertou que as ações no Mar Vermelho vão continuar, pelo menos a cada 12 horas, confrontando a operação norte-americana, que conta com o apoio de ao menos 10 países, como França, Reino Unido, Canadá, Itália, Noruega e Espanha.

“Mesmo que a América consiga mobilizar o mundo inteiro, as nossas operações militares não irão parar, não importa os sacrifícios que isso nos custe”, disse Mohammed al-Bukhaiti, um alto funcionário Houthi, em publicação na plataforma X (antigo Twitter).

Na segunda-feira (18/12), al-Bukhaiti já havia reforçado que o grupo será capaz de enfrentar qualquer coligação formada pelos Estados Unidos que possa ser implantada no Mar Vermelho, defendendo que as ações ocorrem como resposta aos ataques diários de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza.

A intensificação dos ataques comandados pelas autoridades de Tel Aviv tem despertado um alerta às organizações internacionais. Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza mais de 19.667 palestinos mortos desde o 7 de outubro, enquanto pelo menos 52.586 estão feridos.

As declarações ocorrem após o anúncio na segunda-feira do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, de uma “operação multinacional” que tem como propósito “defender” o Mar Vermelho.

*Ópera Mundi

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Houthis do Iêmen apreendem navio de carga alugado por Israel no Mar Vermelho

Os Houthis, que controlam o Norte do Iêmen, vêm também disparando salvas de mísseis contra alvos israelenses nos territórios palestinos ocupados, incluindo a cidade de Eilat.

O movimento rebelde Ansar Allah do Iêmen, também conhecido como Houthis, apreendeu no domingo o navio comercial Galaxy Leader no Mar Vermelho, que se acredita pertencer a uma empresa israelense, disse uma fonte do movimento à agência de notícias Sputnik.

Os Houthis, que controlam o Norte do Iêmen, vêm também disparando salvas de mísseis balísticos contra vários alvos israelenses nos territórios palestinos ocupados, incluindo a cidade de Eilat, no sul de Israel. “As forças do movimento usaram barcos para interceptar e abordar um navio comercial chamado Galaxy Leader, na costa do Iémen, no Mar Vermelho”, disse a fonte.

“O movimento levou o navio para as áreas sob seu controle na província de Al Hudaydah, no oeste do Iêmen”, disse a fonte, acrescentando que estavam interrogando os 22 tripulantes do navio.

Anteriormente, os Houthis alertaram no domingo sobre possíveis ataques a todos os navios afiliados a Israel e instaram outros estados a cancelarem suas tripulações e evitarem aproximar-se de tais navios no mar.

“Devido à brutal agressão israelo-americana a que a Faixa de Gaza está a ser submetida… as forças armadas iemenitas anunciam que terão como alvo todos os navios sob a bandeira da instituição sionista, navios operados por empresas israelitas e propriedade de entidades israelitas, “, disse o porta-voz Houthi, Yahya Saria, à emissora Al Masirah.

O porta-voz disse também que o movimento instou todos os países a retirarem os seus nacionais dos navios operados por Israel, a evitarem o transporte de mercadorias nesses navios e a manterem uma distância segura deles no mar.

No início desta semana, um destróier de mísseis guiados dos EUA no Mar Vermelho abateu um drone lançado do Iêmen na direção do navio de guerra, disse um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA em comunicado à Sputnik. No mês passado, outro navio de guerra da Marinha dos EUA abateu três mísseis de cruzeiro e vários drones lançados pelas forças Houthi no Iêmen.