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Afinal, qual desses personagens do senador Marcos Do Val é o verdadeiro?

Primeiro, o ilustre senador Marcos Do Val (Podemos – ES), colocou-se na condição de tribunal supremo dos atos terroristas do último domingo, pelos vândalos do bolsonarismo, e escreveu em bom português o que segue abaixo.

Em seguida, o grandiloquente senador continuou no bonde da legalidade, dizendo-se indignado com a suposta prevaricação de Flávio Dino por não ter pedido reforço da guarda nacional, o que é uma gigantesca mentira.

Blasfêmias à parte, Flávio Dino cansou de dizer publicamente, e isso foi ecoado pela mídia do Brasil todo, que havia feito pedido de reforço policial ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que lhe garantiu pronto atendimento. Não atendeu e ainda colocou a culpa no Anderson Torres, o então secretário de Segurança do GDF, que está com prisão decretada por Alexandre de Moraes.

Então, essa acusação não vale sequer como símbolo de desfaçatez.

Mas a suprema miséria do impassível senador, está longe de ser esta e, depois de representar a caricatura de um indignado com os atos, subir na tribuna do Senado acusando o ministro da Justiça de prevaricação, a prova disso está no vídeo abaixo, o Exmo. Senhor senador, doutor, aparece se fartando entre os presos pelo ato terrorista em dependências da Polícia Federal.

Quer dizer então, que o senador que, de um lado, berra contra os terroristas, de outro, adquire outra fisionomia quando se encontra com eles e se transforma no verdadeiro Hércules, numa simulação de preocupação coletiva das mais grosseiras que um político sucupirano, bem Paraguaçu, pode produzir.

Pergunta-se, qual  desses personagens é de fato o senador Marcos Do Val. Estou confuso.

E

https://twitter.com/marcosdoval/status/1612942924290953216?s=20&t=LelAOb3KqVdfC4pBYeULeQ

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Vídeo: Senador da CPI trabalhou com ‘gabinete paralelo’ para popularizar cloroquina

O senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo e membro da CPI da Covid, trabalhou com o gabinete paralelo que orientou o uso de medicamentos e políticas públicas inúteis contra a covid-19. Em uma longa reunião privada, classificada pelo empresário Carlos Wizard como um “encontro nacional” com médicos de “27 estados”, o senador foi apresentado como o “padrinho político” da iniciativa.

Uma gravação do encontro foi entregue agora ao Intercept por uma fonte que pediu para se manter anônima por medo de represálias. O material, com confissões até então inéditas, não faz parte dos documentos recolhidos pela CPI. Para preservar a identidade da fonte, o Intercept optou por não publicar a íntegra do vídeo, mas apenas trechos dele.

Numa fala de quase dez minutos, do Val afirmou que trabalhava para convencer autoridades para que adotassem o chamado kit covid, assim como para organizar a distribuição de fármacos comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus. O senador mencionou tratativas dele com as Forças Armadas, governadores, prefeitos, o Ministério Público e a Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A reunião ocorreu em 28 de junho de 2020.

“Estou aqui não só como padrinho, mas como ponta de lança para entrar onde vocês vão ter dificuldade”, disse o senador no encontro. “Até peço: não entre na seara política, que é muito complicada. Pode contar comigo que vou estar na neutralidade, não quero e não vou fazer publicidade disso. Para mim, fazer publicidade disso é um crime”.

A confissão do senador – que meses depois mentiu a respeito, como mostram notas taquigráficas de sessão da CPI – foi feita em uma reunião fechada de duas horas do grupo, que se autodenomina “conselho científico independente”.

No mesmo encontro virtual, o médico Emmanuel Fortes, que é um dos vice-presidentes do Conselho Federal de Medicina, o CFM, e membro ativo do gabinete paralelo, confirma que a entidade trabalhou alinhada aos defensores do tratamento precoce para dar garantias a quem prescrevesse a medicação inútil a pacientes de covid-19.

Além disso, o vídeo confirma o papel central de Wizard no gabinete paralelo montado por Jair Bolsonaro para aconselhá-lo no combate à covid-19. Ao longo de mais de duas horas, é ele quem preside a reunião, distribui tarefas e faz pedidos aos médicos que participam do encontro virtual.

A mentira do senador

Marcos do Val jamais revelou detalhes de sua atuação junto aos médicos, apesar do grupo ser um dos focos centrais da investigação de que ele mesmo faz parte. Pior: durante o depoimento de Wizard à CPI, em 30 de junho passado, do Val apenas disse que foi convidado para uma live com Wizard e que nunca lhe pediram nada.

“Não me foi pedido nada, apoio de nada, absolutamente nada. Então, eu queria deixar claro isto pra sociedade, pra todos que estão assistindo: como eu acabei te conhecendo, como eu acabei conhecendo a equipe de médicos e cientistas”, disse, na CPI.

O encontro secreto mostra outra fotografia. Um ano antes do depoimento prestado por Carlos Wizard, do Val disse que tinha proximidade com o empresário, com o presidente Jair Bolsonaro, e se cacifou como representante dos médicos que buscavam promover um medicamento sem eficácia contra o coronavírus.

O parlamentar revelou que por seus esforços conseguiu “fazer com que as Forças Armadas disponibilizassem oficialmente o Exército aqui no meu estado para armazenar a medicação e fazer a distribuição”. “Consegui recursos com o Ministério da Saúde para compra de mais de 200 mil kits para o meu estado, são 4 milhões de moradores”, orgulhou-se.

Adiante, ele repetiu a afirmação: “A gente está conseguindo fazer o movimento mesmo com o governador [do Espírito Santo, Renato Casagrande, do PSB] ter sido contrário, do secretário de Saúde ser extremamente contrário a isso. Consegui [empurrar a distribuição da cloroquina] via Ministério Público, via CRM”, falou, referindo-se ao Conselho Regional de Medicina capixaba.

*Íntegra da reportagem: Intercept Brasil

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