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Os mesmos “democratas” que foguetearam a queda do muro de Berlim, comemoram o muro da cracolândia

Ainda guardo na memória uma cena macabra que tive o desprazer de ver em frente a escola pública que estudava.

Eu, com meus 14 anos, fique traumatizado vendo 9 corpos amarrados um ao outro com arame farpado e um cartaz do grupo de extermínio da ditadura “esquadrão da morte”

Naquele dia, nem consegui dormir direito.

Os detalhes da cena bárbara tinham os itens básicos dos muitos outros grupos de extermínio espalhados pelo país. Um troço horrendo.

Mas a curiosidade sobre o motivo daquela chacina era grande.

Então a notícia que corria era que todos estavam de alguma forma envolvidos com uso ou tráfico de drogas.

De lá para cá, o consumo e venda explodiram e a repressão também, mostrando que esse tipo de política, mais que enxugar, virou uma gigantesca fábrica de gelo

Nessa última semana chega a notícia que Nunes, prefeito de São Paulo, erguer uma muralha para isolar a cracolandia do resto da cidade, anunciando uma tragédia ainda maior sobre a relação do Estado com a questão complexa das drogas.

O que se pretende com isso?

40 metros de muro vão dar conta de que nesse gigantesco universo que envolve o uso e o tráfico de drogas?

A realidade nua e crua mostra que o caminho para lidar com isso, é diametralmente oposto.

Mas o discurso fácil para questões complexas sempre foi a escolha dessa direita fascista.