Deputado Ney Leprevost concorreu à cadeira de prefeito tendo como vice Rosângela Moro.
Derrotado na corrida à Prefeitura de Curitiba no primeiro turno, o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) disse nesta terça-feira (15) que a entrada do senador Sergio Moro (União Brasil) e da deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) na sua chapa “não deu liga” e contribuiu para o resultado nas urnas.
“Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso”, disse Leprevost, em entrevista.
O deputado concorreu à cadeira de prefeito tendo como vice Rosângela, que entrou na chapa após uma costura do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda. Eles acabaram apenas em quarto lugar, com 6,5% dos votos válidos.
“Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, disse Leprevost.
Além disso, o deputado acredita que Moro não conseguiu trazer os votos do eleitor simpático ao lava-jatismo, já que o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) estava apoiando um adversário, Eduardo Pimentel (PSD).
Pimentel e Cristina Graeml (PMB) estão no segundo turno da disputa. O União Brasil em Curitiba, presidido por Leprevost, optou agora pela neutralidade, liberando os filiados.
O deputado admitiu que ele e Moro já não estavam mais se falando na reta final da campanha. Um distanciamento ocorreu cerca de dez dias antes do primeiro turno. “Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão.Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final”, disse ele.
Leprevost disse ainda: “A partir do momento que ela virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”.
Sergio Moro
Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026. ( Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026, e uma vitória em Curitiba era considerada estratégica.
“Eu não quero caminhar politicamente com Moro. E acho que ele também não quer caminhar comigo. Eu não estarei com ele para o governo em 2026. Se ele for o candidato do União Brasil, eu terei que sair do partido”, disse Leprevost.
“Não sou inimigo do Moro, não quero mal dele, mas também não quero papo com ele”, continuou o deputado.
O casal Moro ainda não se manifestou sobre quem apoiará no segundo turno em Curitiba.
Conhecido pela atuação na Operação Lava Jato, Moro deixou a cadeira de juiz federal no final de 2018, convidado para ser ministro de Jair Bolsonaro, então presidente eleito. Desde então, sua trajetória política tem sido tumultuada.
Em 2020, pediu demissão após uma série de atritos com o então presidente, a quem acusou de intervir na Polícia Federal. No ano seguinte, se filiou ao partido Podemos, mirando as eleições presidenciais em 2022. Mas, perto da data final para mudanças partidárias, o ex-juiz abandonou o Podemos, surpreendendo correligionários.
Ele migrou para o União Brasil e não conseguiu espaço para se lançar ao Planalto, optando pelo Senado. Inicialmente se lançaria no estado de São Paulo, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral e se candidatou no Paraná, vencendo a disputa.
Neste ano, além de Curitiba, o senador atuou na campanha de aliados em outras cidades paranaenses, mas colheu derrotas também em São José dos Pinhais, Guarapuava e Cascavel.
“Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, disse Leprevost.
Além disso, o deputado acredita que Moro não conseguiu trazer os votos do eleitor simpático ao lava-jatismo, já que o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) estava apoiando um adversário, Eduardo Pimentel (PSD).
Pimentel e Cristina Graeml (PMB) estão no segundo turno da disputa. O União Brasil em Curitiba, presidido por Leprevost, optou agora pela neutralidade, liberando os filiados.
O deputado admitiu que ele e Moro já não estavam mais se falando na reta final da campanha. Um distanciamento ocorreu cerca de dez dias antes do primeiro turno. “Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão. Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final”, disse ele.
Leprevost disse ainda: “A partir do momento que ela virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”.
Sergio Moro
Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026. ( Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026, e uma vitória em Curitiba era considerada estratégica.
“Eu não quero caminhar politicamente com Moro. E acho que ele também não quer caminhar comigo. Eu não estarei com ele para o governo em 2026. Se ele for o candidato do União Brasil, eu terei que sair do partido”, disse Leprevost.
“Não sou inimigo do Moro, não quero mal dele, mas também não quero papo com ele”, continuou o deputado.
O casal Moro ainda não se manifestou sobre quem apoiará no segundo turno em Curitiba.
Conhecido pela atuação na Operação Lava Jato, Moro deixou a cadeira de juiz federal no final de 2018, convidado para ser ministro de Jair Bolsonaro, então presidente eleito. Desde então, sua trajetória política tem sido tumultuada.
Em 2020, pediu demissão após uma série de atritos com o então presidente, a quem acusou de intervir na Polícia Federal. No ano seguinte, se filiou ao partido Podemos, mirando as eleições presidenciais em 2022. Mas, perto da data final para mudanças partidárias, o ex-juiz abandonou o Podemos, surpreendendo correligionários.
Ele migrou para o União Brasil e não conseguiu espaço para se lançar ao Planalto, optando pelo Senado. Inicialmente se lançaria no estado de São Paulo, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral e se candidatou no Paraná, vencendo a disputa.
Neste ano, além de Curitiba, o senador atuou na campanha de aliados em outras cidades paranaenses, mas colheu derrotas também em São José dos Pinhais, Guarapuava e Cascavel.