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Hamas liberta três prisioneiros, mas Israel diz que planeja novos “ataques” em Gaza

Liberação ocorreu via Cruz Vermelha após mediação do Egito e Catar; segunda fase das negociações permanece incerta.

AFP
O Hamas libertou neste sábado (15) mais três prisioneiros israelenses como parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A Cruz Vermelha fez o transporte dos libertados até Khan Younis, onde foram entregues ao governo de Israel.

Há uma semana, o estado judeu ameaçava retomar ataques contra a população de Gaza, frente à paralisação nas liberações. O principal motivo foi o descumprimento dos termos do acordo por Israel, que bloqueava o acesso de palestinos ao território, assim como de mantimentos e materiais para reconstrução da região desolada pelo massacre.

Mediadores egípcios e cataris foram os responsáveis por articular as conversas entre o Hamas e o governo de Israel para manter o acordo de cessar-fogo. Após a libertação dos três prisioneiros, o Hamas aguarda a soltura de 369 palestinos e palestinas mantidos por Israel.

Mesmo com o gesto palestino, o chefe do Estado-maior de Israel, tenente-general Herzi Halevi afirmou que as forças do país estão preparando “planos de ataque”, sem dar detalhes sobre as possíveis ações militares.

A primeira fase do acordo se encerra em março. Ainda há incertezas se será possível alcançar a segunda fase, que colocaria fim ao genocídio israelense em Gaza. Em mais de um ano de ataques, mais de 47 mil pessoas morreram, grande parte delas mulheres e crianças.

Na segunda-feira (10) passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou provocar um “inferno” em Gaza se os prisioneiros israelenses não fossem libertados até este sábado, como estabelece o acordo de trégua que está em vigor desde 19 de janeiro.

O Hamas reagiu afirmando que as ameaças não tinham valor. “Trump deve lembrar que há um acordo [de trégua] que ambas as partes devem respeitar, e que essa é a única forma de fazer com que os prisioneiros retornem”, declarou Sami Abu Zuhri, um dos líderes do movimento.

*BdF

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Hezbollah bombardeia Israel com drones e promete novos ataques

Ataque atingiram o norte de Israel, ferindo civis na cidade costeira de Nahariya.

O grupo armado libanês Hezbollah lançou uma série de ataques com drones e foguetes no norte de Israel nesta terça-feira (6), mas alertou que a tão esperada retaliação pelo assassinato de um alto comandante por Israel na semana passada ainda estava por vir.

O Hezbollah disse que lançou uma bateria de drones de ataque em dois locais militares perto do Acre, no norte de Israel, e também atacou um veículo militar israelense em outro local.

Os militares israelenses disseram que vários drones hostis foram identificados cruzando o Líbano e um foi interceptado. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que vários civis ficaram feridos ao sul da cidade costeira de Nahariya. Imagens da Reuters mostraram um local de impacto perto de um ponto de ônibus em uma estrada principal fora da cidade.

Em comunicado, os militares israelenses disseram que sirenes soaram em torno do Acre, mas que acabou sendo um alarme falso, e que a sua força aérea atingiu duas instalações do Hezbollah no sul do Líbano.

Aumentam os temores de que o Oriente Médio possa ser levado a uma guerra total após as promessas do Hezbollah de vingar a morte do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, e do Irã de responder ao assassinato em Teerã, na semana passada, do chefe do grupo militante palestino Hamas.

Uma fonte do Hezbollah disse à Reuters que “a resposta ao assassinato do comandante Fuad Shukr ainda não chegou”.

Na manhã desta terça-feira, quatro pessoas foram mortas em um ataque a uma casa na cidade libanesa de Mayfadoun, quase 30 quilômetros ao norte da fronteira, disseram médicos e uma fonte de segurança.

Duas fontes adicionais de segurança disseram que os mortos eram combatentes do Hezbollah, mas o grupo ainda não havia publicado os habituais avisos de morte.

O Hezbollah e os militares israelitas têm trocado tiros durante os últimos 10 meses, em paralelo com a guerra de Gaza, com os ataques retaliatórios limitados principalmente à zona fronteiriça.

Na semana passada, Israel matou Shukr, o comandante militar mais graduado do Hezbollah, num ataque ao reduto do grupo nos subúrbios ao sul da capital do Líbano, Beirute.

O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, prometeu vingança, mas disse que a resposta seria “estudada”. Ele deve falar nesta terça-feira no memorial de uma semana para Shukr.