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Ser rico não é pecado, ser ganancioso e tapado, é

“Vencer” na vida engrossando os ganhos na base da molecagem social, não é exemplo de nada.

A burguesia brasileira se acha portadora de uma receita eficaz para o país. Primeiro ponto, para se construir tal eldorado, é preciso menosprezar totalmente aqueles que vivem num mar de iniquidade para o domínio absoluto da economia pelos que vivem nas suas ilhas de prosperidade.

A paspalhice do enricado da casca grossa, João Camargo, Presidente do conselho da Esfera Brasil, ou seja, da CNN, é insulto à inteligência, mas ele acha bonito expor sua ignorância e mau gosto, lógico. O sujeito, com aquela receitinha pronta, dizer que “ser rico não é pecado”, é uma idiotice infinita, tosca, podre, e que taxar os podres de ricos é, “taxação reduz a arrecadação”. Sem dizer lhufas de como reduzir a desigualdade no país, é mostrar que enxerga o Brasil com uma máscara afivelada nos olhos.

Seu primoroso artigo na Folha, portador de uma mensagem dos milionaríssimos, de que a arrecadação cai se os super ricos forem taxados, nesse meio, é moeda corrente desde que o Brasil é Brasil.

Mas, em pleno 2023, o sujeito dizer um troço desse com a cartola enfiada até o pescoço, sem falar que a desigualdade gera um consumo manco que fragiliza o varejo e a própria indústria, provocando uma real queda de arrecadação a partir de um mercado interno fraco, é estúpido, foge até das leis do mercado, que sabe como ninguém que um consumidor com potencial de compra se harmoniza com o crescimento dos negócios, seja do varejo ou do atacado.

Ou seja, o camarada caminha pelo mesmo terreno alagadiço e pueril dos escravocratas oitocentistas de discutir as questões de um país de fisionomia arquitetônica como o nosso.

Em seu raciocínio, o superficial deleta a chave do caso, o poder de compra de um trabalhador que, na origem, é o consumidor, é que cria novas formas de negócios que empregam muito mais gente e a arrecadação se torna infinitamente maior.

Não é preciso enumerar com abrangência o caso brasileiro, e veja os estados que pagam melhor e que geram melhor oportunidade de empregos; e os que pagam menos, geram menos empregos. E veremos a origem do problema social e também empresarial expressos na arrecadação da União.

É inútil prosseguir nessa fala se quiser atingir e mudar o olhar de um camarada como esse, que só consegue fazer exame superficial da economia de um país, quando, na verdade, a sua única preocupação é manter a hierarquia tradicionalista de um povo, assim é o seu estágio mental.

A interpretação de João Camargo sobre a economia de um país é de um espelho pior do que o de Narciso consagrado pelo jet set jeca brasileiro, que assina patacoadas como a que escreveu na Folha, que são verdadeiras pancadas na cabeça da inteligência nacional.

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