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As previsões em Brasília sobre as acusações de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro

O avanço das investigações de um suposto esquema de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) já faz ministros e integrantes do Ministério Público Federal (MPF) traçarem paralelos entre a situação do filho “zero dois” de Jair Bolsonaro com a do irmão mais velho, o senador Flávio (PL-RJ), que enfrentou problemas similares na Justiça, diz Malu Gaspar, O Globo.

No entanto, para ministros e integrantes de tribunais superiores ouvidos pela equipe da coluna, a situação de Carlos Bolsonaro é mais complicada do que a de Flávio, que foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa — e teve as investigações anuladas por uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que invalidaram as provas do processo em 2021.

No entanto, para ministros e integrantes de tribunais superiores ouvidos pela equipe da coluna, a situação de Carlos Bolsonaro é mais complicada do que a de Flávio, que foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa — e teve as investigações anuladas por uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que invalidaram as provas do processo em 2021.

As acusações são semelhantes, e alguns dos fatos investigados inclusive se deram na mesma época. Flávio foi denunciado em 2020 por conta de um esquema de apropriação de parte do salário de servidores que atuavam no seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando era deputado estadual. O caso foi revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Já Carlos entrou na mira do Ministério Público do Rio depois que um laudo constatou que seu chefe de gabinete na Câmara de Vereadores, Jorge Luiz Fernandes, recebeu R$ 2,014 milhões em créditos de seis servidores. O que a investigação vai apurar agora é se o filho de Bolsonaro foi diretamente beneficiado por esses desvios.

A principal diferença é que as investigações sobre Carlos serão aprofundadas e examinadas pela Justiça em um momento em que Bolsonaro já não é mais presidente e não tem mais poder para intervir em órgãos de investigação, como a Polícia Federal e a Receita.

“Os fatos são similares, mas a situação é completamente diferente. Ao contrário do irmão, Carlos não contará com rede de proteção, porque o pai já não é mais presidente”, avalia um experiente ministro de tribunal superior.

No caso de Flávio, havia relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e quebras de sigilo bancário indicando que ele havia se beneficiado dos desvios de salário. Mas o STJ anulou essas evidências e concluiu que o juiz de primeira instância não tinha competência para cuidar do caso devido ao foro privilegiado do parlamentar.

Outra desvantagem de Carlos é que ele não tem a mesma rede de conexões políticas e jurídicas do irmão senador em Brasília e no Rio de Janeiro – Flávio inclusive atuava como como “consultor” do pai na definição de escolhas de magistrados para tribunais durante seu mandato.

Enquanto Flávio tentou apaziguar a relação de Bolsonaro com o Judiciário, Carlos fez justamente o contrário: incentivou o conflito com os outros poderes e ajudou a alimentar as redes sociais com ataques ao Supremo.

“Ele tem muito menos amigos que o Flávio e ainda se enrolou fake news e atos antidemocráticos, o que deve complicar a sua situação”, afirma outro integrante do Judiciário.

Essas são as duas investigações que mais atormentam o clã Bolsonaro, e ambas correm no Supremo sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

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