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Após pedir indiciamento de Bolsonaro nos casos das joias e vacina, PF pode concluir inquérito sobre trama golpista na próxima semana

Bolsonaro deve ser alvo de novos indiciamentos e desta vez por crimes considerados ainda mais graves pelos investigadores.

Após indiciar Jair Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas, a Polícia Federal prepara mais más notícias para o ex-presidente da República – e em breve.

Segundo a equipe da coluna da jornalista Malu Gaspar apurou, os investigadores pretendem concluir na próxima semana o relatório final de uma outra frente de apuração que pode complicar ainda mais a situação de Bolsonaro: a da trama golpista instalada no seio da antiga administração para impedir a posse de Lula.

Bolsonaro deve ser alvo de novos indiciamentos e desta vez por crimes considerados ainda mais graves pelos investigadores, como golpe de Estado e tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de direito.

As penas previstas, respectivamente, são de 4 a 12 anos e 4 a 8 anos de prisão.

O ex-presidente já havia sido alvo de pedidos de indiciamento por esses mesmos crimes no âmbito da CPI do 8 de Janeiro, que se encerrou em outubro do ano passado no Congresso Nacional.

Assim como no caso das joias sauditas, a delação premiada fechada pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid teve papel-chave nas investigações da PF.

Pelo cronograma que os policiais desenharam para o caso, o ex-presidente da República poderia ser condenado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no fim deste ano, em dezembro.

Mas para isso é preciso que a Procuradoria-Geral da República (PGR) aja com rapidez no caso, o que não parece ser a tendência no momento.

Entretanto, a equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet, teme a contaminação política das apurações e pretende atuar sem “açodamentos”, na tentativa de evitar acusações de atuação política no período eleitoral.

A apuração conduzida pela PF já mostrou que o ex-presidente conhecia uma minuta golpista e até encomendou mudanças na redação, retirando do texto a previsão de prisão do ministro do STF Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – mas mantendo o encarceramento do ministro Alexandre de Moraes, considerado inimigo público número 1 pela militância bolsonarista.

A minuta já foi usada para embasar a condenação de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde o ex-presidente foi declarado inelegível ao ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em junho do ano passado.

O documento foi incluído pelo tribunal em uma ação que se debruçou sobre uma reunião com embaixadores convocada por Bolsonaro para atacar as urnas eletrônicas.

À época, um aliado de Bolsonaro avaliava que a inelegibilidade de Bolsonaro era só a “ponta do iceberg” de uma série de reveses que ainda viriam nas diversas instâncias judiciais. As investigações da Polícia Federal mostram que os temores eram justificados.

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Inquéritos envolvendo Bolsonaro devem ser concluídos até a próxima semana, dizem investigadores da PF

Inquéritos que serão encaminhados ao STF apuram as suspeitas de falsificação de certificados de vacinas e a tentativa de venda ilegal de joias pertencentes ao Estado brasileiro.

A Polícia Federal (PF) pretende enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os relatórios finais de duas investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) nos próximos dias, ou até a semana que vem, diz a jornalista Daniela Lima em sua coluna no g1. Os inquéritos abordam a falsificação de certificados de vacinação de Bolsonaro e sua família, bem como a venda ilegal de joias pertencentes à República.

Os investigadores têm como objetivo concluir esses relatórios até sexta-feira (28). Em ambos os casos, a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, foi considerada fundamental para o andamento dos inquéritos. Cid confessou ter participado diretamente na criação de certificados de vacinação falsos e na venda de joias que foram presenteadas a autoridades pela Arábia Saudita.

A PF já reuniu provas contra Cid e avançou nas investigações, que incluem membros de sua família, como sua esposa e seu pai. Na tentativa de reduzir as implicações penais, Cid optou por firmar um acordo de delação premiada, colaborando com as investigações.

Aliados de Bolsonaro negam qualquer irregularidade nos casos, alegando que as investigações são uma forma de perseguição política.