Documentos mostram que o ex-ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, assumiu a Mettacard e o Banco Pleno, controlados pelo Master, após grupo política atuar para liberação de crédito consignado do Auxílio Brasil, usado eleitoralmente por Bolsonaro.
Documentos obtidos pela Fórum mostram que o ex-ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro, Ronaldo Vieira Bento, deixou o comando de uma das principais pastas sociais do país, que impulsionou o programa eleitoreiro Auxílio Brasil, para assumir cargos estratégicos em empresas que orbitam o colapsado Banco Master, de Daniel Vorcaro, e operam no mercado de crédito consignado a servidores públicos.
Registros societários e propostas enviadas a prefeituras apontam Bento como administrador da Mettacard Administradora de Cartões e diretor do Banco Pleno S.A., instituição criada a partir do antigo Banco Voiter em uma reestruturação que separou ativos considerados saudáveis do conglomerado Master, hoje em liquidação extrajudicial pelo Banco Central, em meio à Operação Compliance Zero, que apura suspeita de fraudes bilionárias envolvendo o banco e o BRB, como já noticiado pela Fórum e outros veículos.
Ao cruzar essas informações com decisões da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o consignado do Auxílio Brasil e documentos de tribunais de contas estaduais, surge uma intrincada engrenagem financeira que mostra que o ex-ministro de Bolsonaro que ajudou a abrir o mercado de consignado sobre benefícios sociais assume, pouco tempo depois, a administração de empresas que lucram com esse modelo de endividamento.
Bento foi um dos principais articuladores do Auxílio Brasil, que foi turbinado em 2022 diante de uma iminente derrota eleitoral de Bolsonaro. A tração no programa causou um rombo de R$ 175 bilhões de um total de R$ 198 bilhões gastos acima do teto pelo ex-presidente. De acordo com a Forum, o estouro obrigou Lula a negociar com o Congresso, antes de tomar posse, a PEC da Transição para que pudesse governar o Brasil a partir de 2023.
Reportagem de Natália Portinari nesta quinta-feira (1º) no portal Uol mostra que Vorcaro e o Master estava na mira da Polícia Federal (PF) desde 2020 por um desvio de R$ 500 milhões em fundos de pensão de servidores públicos.
Segundo a reportagem, o banqueiro chegou a ser citado em relatório da PF, mas uma decisão da desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, impediu que ele fosse denunciado criminalmente.
Segundo informações da CNN, a desembargadora Maria do Carmo é amiga pessoal do clã Bolsonaro, mais próxima de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e teria sido a “madrinha” da indicação de Kássio Nunes Marques para a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF).
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