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Coronel de SP pivô de crise no 7/9 ganha superpoderes na PM de Tarcísio

Polícia diz não haver impedimento para oficial exercer ‘funções inerentes ao seu posto hierárquico’.

Integrantes das cúpulas do Ministério Público e da Polícia Militar de São Paulo se reuniram, no início de agosto, para tratar de “diversos temas de interesse institucional”. No registro oficial do encontro, o procurador-geral Mario Sarrubbo aparece ladeado por dois coronéis: à esquerda está o comandante-geral, Cássio Araújo de Freitas, e, à direita, Aleksander Toaldo Lacerda, subchefe do Estado Maior, segundo a Folha.

A imagem que eternizará esse encontro é também uma demonstração pública do status alcançado por Lacerda na gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em agosto de 2021, o coronel foi pivô de uma grave crise institucional entre a PM e o governo paulista ao convocar pelas redes sociais participação nos atos em apoio ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) na “guerra” contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

O envolvimento de um oficial da ativa da maior PM do país, com cerca de 80 mil homens, aumentou o clima de tensão daquele 7 de Setembro em razão de rumores sobre a possibilidade de um golpe de Estado com apoio de policiais militares.

A adesão de Lacerda sinalizava a possibilidade de rompimento de PMs paulistas com a gestão João Doria (então no PSDB) e, com ele, o fim do Estado democrático de Direito.

O envolvimento do coronel com o bolsonarismo foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em redes sociais, além da convocação de atos pró-Bolsonaro no 7 de Setembro, o oficial fazia ataques a Doria e aos ministros do STF, em especial a Alexandre de Moraes, ex-secretário da Segurança de SP.

Após a reportagem, Lacerda foi afastado do comando da região de Sorocaba e virou alvo de investigação interna. O então comandante-geral Fernando Alencar Medeiros ainda determinou que policiais militares de folga não participassem de manifestações políticas naquele feriado, algo inédito na corporação. A ordem foi cumprida, mas a imagem da contaminação política da tropa permaneceu.

Com o início da gestão Tarcísio, Lacerda foi nomeado subchefe do Estado Maior –uma das funções mais importantes da PM por ser o responsável pela condução de todos os estudos estratégicos da corporação e pela materialização das decisões tomadas pelo comando.

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Tarcísio desdenha Rodrigo Garcia e diz que “não vê sentido” em dividir palanque com ele

Tucano foi seu adversário na disputa ao governo, mas ficou em terceiro lugar, atrás de Fernando Haddad (PT).

Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo no segundo turno, afirmou, nesta terça-feira (4/10), que aceita o apoio do PSDB, mas que “não vê sentido” em dividir palanque com Rodrigo Garcia (PSDB).

O tucano foi seu adversário na disputa ao governo, mas ficou em terceiro lugar, atrás de Fernando Haddad (PT). Nesta terça, Tarcísio participou de encontro com lideranças do Progressistas (PP), partido que integra a coligação de Rodrigo Garcia. A sigla oficializou apoio ao político do Republicanos nesta manhã.

Tarcísio disse que existe uma “adesão natural” do PSDB a uma “linha anti-PT”. “Não imagino o PSDB agora apoiando o PT, eu acho que isso não vai acontecer”, afirmou. Para o candidato, é natural que a sigla firme adesões à sua candidatura. No entanto, ele afirmou que não deve dividir palanque com Garcia.

“Preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles no palanque. Agora, entendo que eles têm capilaridades, têm boas políticas que precisam ser preservadas. Entendo que eles possam ter papel fundamental na eleição do presidente, mas vou seguir na linha que eu me comprometi com o estado de São Paulo”, disse a jornalista

Eleições em São Paulo

Tarcísio de Freias e Fernando Haddad disputarão o segundo turno ao governo de São Paulo. O candidato do Republicanos teve 42,32% dos votos. O petista ficou com 35,70%. Rodrigo Garcia ficou em terceiro lugar, com 18,40% dos votos.

Garcia recebeu o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos articuladores políticos da campanha do presidente, no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira (4/10), antes de anunciar apoio a Tarcísio.

O tucano vai se encontrar pessoalmente com Bolsonaro em São Paulo no fim da tarde. Bolsonaro fará uma agenda com Tarcísio em duas igrejas evangélicas na capital paulista.

*Com Metrópoles

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