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Até tu MusK?

Elon Musk planeja reduzir seu tempo em Washington, especificamente no Departamento de Eficiência do Governo, liderado por ele mesmo, conhecido como “Doge”.

Essa decisão ocorre após a Tesla registrar uma queda significativa nos lucros trimestrais, com um declínio de 71% no lucro líquido e 20% na receita automotiva.

Musk afirmou que sua presença no governo Trump será reduzida a partir de maio, mas ainda dedicará um ou dois dias por semana ao trabalho governamental enquanto Trump desejar.

A queda nos lucros da Tesla pode estar relacionada à percepção pública sobre a participação de Musk no governo Trump e às suas políticas, incluindo as tarifas.

Musk mencionou que as tarifas são uma decisão do presidente e que a Tesla é a montadora menos afetada devido às suas cadeias de suprimento localizadas.

No entanto, o impacto das tarifas no negócio de energia da Tesla é considerado “desproporcional” devido à dependência de células de bateria da China.

Possíveis razões para a queda nos lucros da Tesla:
Impacto das tarifas: As políticas tarifárias do governo Trump podem afetar a Tesla, especialmente no negócio de energia, devido à importação de células de bateria da China.

Percepção pública: A participação de Musk no governo Trump e suas políticas podem ter afetado negativamente a imagem da Tesla.

Concorrência: A Tesla enfrenta uma concorrência crescente no mercado de veículos elétricos, especialmente das montadoras chinesas.
Próximos passos:

A Tesla não fornecerá orientação para 2025 até a atualização do segundo trimestre.

Musk continuará trabalhando no governo, mas com uma presença reduzida em Washington.

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Vendas da Tesla despencam na Europa após apoio de Musk à extrema direita

As vendas de novos carros da Tesla caíram quase para a metade (45%) em janeiro na Europa, segundo dados divulgados na terça-feira (25/02) pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis. As quedas foram maiores na França e Alemanha.

A fabricante que produz veículos elétricos vendeu cerca de 9 mil unidades no mês passado na Europa, apontando uma queda em relação ao mesmo período de 2024.

Na Alemanha, país que abriga a única fábrica da Tesla na Europa, registrou uma queda de 59,5%, enquanto que na França as vendas caíram 63%.

Especialistas debatem para tentar compreender possíveis causas para a queda. Porém, campanhas contra a compra de carros da marca vêm se multiplicando desde que Elon Musk, fundador e maior acionista da empresa, se posicionou ao lado da extrema direita, primeiro nos Estados Unidos e depois na Alemanha.

Uma reportagem do jornal britânico Guardian também mostra que entre os atuais proprietários de veículos da Tesla há uma parcela descontente com as posições assumidas por Musk.

O estrategista digital Mike Schwede, por exemplo, ficou horrorizado quando o bilionário investiu milhões de dólares na campanha de Donald Trump. Ele se orgulhava de ser um dos pioneiros em conduzir um Tesla, símbolo de luta contra a crise climática, e o republicano prometia aumentar a produção e o uso de petróleo e gás.

‘Senti nojo e perdi o gosto pelo meu Tesla’
Mas o definitivo para Schwede foi ver Musk fazer um gesto que remeteu à uma saudação nazista. “Eu senti nojo e perdi o gosto pelo meu Tesla”, conta o empreendedor que vive e trabalha na Suíça. Ele pensou em vender o carro, mas, em vez disso, resolveu doar 10 centavos por cada quilômetro rodado para a caridade, sobretudo as que ajudam jovens LGBTQIA+ ou que combatem o extremismo da direita.

O alemão Patrik Schneider resolveu lançar uma linha de adesivos anti-Elon depois que foi vaiado por um estranho que apontava para a marca de seu carro em um posto de gasolina. As mensagens dos adesivos são “Elon é uma droga” ou “Comprei isso antes de Elon enlouquecer”.

Segundo ele, à medida que Musk se aprofundava no apoio ativo à ultradireita do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), a demanda pelos adesivos disparou. Mesmo sem publicidade alguma, ele vende agora até 2 mil unidades por dia e não só para países de língua alemã, como também para a Austrália e Coreia do Sul.

Na Alemanha, duas empresas já eliminaram os carros Tesla de suas frotas pelas posições políticas de Musk. Foram elas a LickBlick e a rede de farmácias Rossmann. Esta última já o fez antes mesmo do bilionários se envolver na campanha eleitoral alemã apoiando a AfD.

‘Vai de zero a 1939 em 3 segundos’
Depois do gesto nazista de Musk, a britânica Led by Donkeys anunciou a mesma decisão e postou em suas redes sociais a campanha “Não compre um Tesla”. Ativistas londrinos também parodiaram a publicidade da empresa com um adesivo que inundou a cidade e os carros da marca que por lá circulam. Os adesivos dizem: “vai de zero a 1939 em 3 segundos”.

Na Polônia, onde a ocupação nazista matou 6 milhões de pessoas, o ministro do Turismo Slawomir Nitras pediu abertamente o boicote à Tesla.

*Opera Mundi