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Netanyahu diz que não há como libertar reféns em meio a planos para inundação de túneis em Gaza

Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI) comentou sobre plano para inundar túneis usados pelo Hamas dizendo que seria “uma boa ideia”. Declarações de premiê israelense deixou familiares revoltados ao dizer que não há opção para trazer “todos para casa”.

Nesta terça-feira (5), uma reunião marcadamente tensa foi realizada entre um grupo de reféns recentemente libertados, junto a familiares daqueles que ainda são reféns na Faixa de Gaza, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com sua equipe.

De acordo com o jornal The Times of Israel, em trechos vazados da reunião, Netanyahu pôde ser ouvido dizendo às famílias “não há possibilidade neste momento de trazer todos para casa. Alguém pode realmente imaginar que, se isso fosse uma opção, alguém a recusaria?”. O portal israelense Ynet também citou as falas do premiê.

Segundo a mídia, a declaração foi recebida de forma indignada por muitos, com presentes relatando à mídia que algumas pessoas se levantaram e saíram da reunião no meio. Outras pessoas reclamaram que o primeiro-ministro não respondeu a todas as perguntas e leu texto de roteiro.

Em trecho transmitido pelo Canal 12 e citado pela mídia, a mãe de um refém gritou para o ministro da Defesa, Yoav Gallant.
“Não estou preparada para sacrificar meu filho pela sua carreira ou pela de qualquer um dos notáveis ​​aqui. Realmente não. Meu filho não se ofereceu para morrer pela pátria. Ele era um civil sequestrado de sua casa e de sua cama […] Prometa-me que você trará de volta meu filho e todos os outros reféns, vivos”, afirmou a israelense.

Danny Miran, o pai do refém Omri Miran, disse que toda a reunião foi caótica.

“A reunião foi um modelo de como o país é governado. Fomos convidados para as 15h00 [10h00 no horário de Brasília]; eles apareceram só às 15h45. Nos deixaram bravos e brigamos entre nós. Eu saí no meio, não é aceitável”.

Cerca de 120 pessoas ainda continuam reféns do Hamas desde o ataque do dia 7 de outubro. As declarações de Netanyahu acontecem enquanto é ventilado na mídia que Israel pretende inundar os túneis do Hamas com água do mar.

Também nesta terça-feira (5), o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-general Herzi Halevi, comentou os relatos sobre a inundação e disse que era “uma boa ideia”, segundo a mídia.”

“Estamos vendo muitas infraestruturas subterrâneas em Gaza, sabíamos que haveria muitas. Parte do objetivo é destruir esta infraestrutura.Temos várias formas [de lidar com os túneis], não vou falar de detalhes, mas incluem explosivos para destruir e outros meios […]”, disse Halevi em resposta a uma pergunta em uma conferência de imprensa hoje (5).

Israel montou um sistema de grandes bombas que poderia usar para inundar a rede de túneis do Hamas na Faixa de Gaza com água do mar, uma tática que poderia destruir os túneis e expulsar os combatentes do seu refúgio subterrâneo, mas também ameaçar o abastecimento de água de Gaza, segundo autoridades dos EUA.

*Sputnik

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Israel promove bombardeio mais pesado em Gaza e atinge 150 alvos

Segundo militares de Israel, jatos foram usados para atingir alvos subterrâneos do Hamas na Faixa de Gaza.

Jatos de Israel atacaram o norte da Faixa de Gaza, na noite sexta-feira (27/10, horário local) e atingiram mais de 150 alvos subterrâneos, principalmente túneis e bunkers, do grupo extremista Hamas. Militares afirmaram também que tanques e outras forças continuaram com incursões terrestres limitadas pelo terceiro dia seguido.

Explosões iluminaram o céu da Cidade de Gaza durante horas. Como resultado, segundo militares, “vários terroristas do Hamas foram mortos”.

Entre eles, dizem israelenses, está o chefe do sistema aéreo do Hamas, Issam Abu Rukbeh. As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o serviço secreto Shin Bet afirmaram que Abu Rukbeh era responsável pelo gerenciamento dos drones, veículos aéreos não tripulados, parapentes, sistemas de detecção aérea e defesas aéreas.

Relatos do outro lado após ataques de Israel
Informações sobre a situação em Gaza, faixa de terra costeira com 2,3 milhões e governada pelo Hamas, eram poucas, principalmente porque falta internet e serviços móveis. Mas imagens feitas a partir das fronteiras do território mostram os ataque aéreos noturnos. Alguns relatórios vindos de autoridades e jornalistas palestinos falam em “situação caótica”.