Categorias
Uncategorized

Enquanto o Sistema Guandu, sabotado, vira um bloco de espuma de detergente, Witzel trama privatização da água

Fica cada dia mais evidente que os cariocas foram sabotados para apoiarem a privatização da Cedae.

Cedae interrompe funcionamento do Guandu por excesso de detergente.

Mas quem é responsável pela presença elevada de produto químico na água captada que obrigou o fechamento das comportas do canal principal da estação, responsável pelo abastecimento de mais de oito milhões e meio de pessoas no Estado do Rio?

Isso é que precisa ser investigado e esclarecido, pois tudo leva a crer que é uma grande sabotagem para privatização da água.

A forte concentração de detergente cobriu de espuma boa parte das instalações da ETA do Guandu e obrigou o fechamento das comportas, com a interrupção do tratamento da água.

Aonde está Witzel?

Não, ele não está no Guandú para saber o que está ocorrendo. Ele está reunido com prefeitos para pedir apoio para a privatização da Cedae.

Desde o início do ano, moradores de bairros correspondentes a 30% da população, principalmente na Zona Norte e na Zona Oeste, vem relatando cor, odor e sabor estranhos na água que sai das torneiras. A companhia atribuiu o problema a geosmina, substância produzida por algas, que por sua vez se nutrem de material orgânico em decomposição, como esgoto doméstico.

Pra piorar a situação, a A CEDAE identificou no fim da tarde desta segunda-feira (03/02), por meio de análise laboratorial, a presença de surfactantes (detergentes) na água bruta que chega à Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu.

Para garantir a segurança hídrica das regiões atendidas pelo sistema Guandu, a diretoria de Saneamento e Grande Produção da CEDAE decidiu fechar as comportas da entrada do canal principal da estação.

A interrupção do funcionamento da ETA do Guandu acontece na véspera de um ato público nas escadarias da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em favor da CPI da Água e contra a privatização da companhia, prevista para o segundo semestre deste ano.

As ações da Cedae foram oferecidas em garantia ao banco francês BNP Paribas, em uma operação de refinanciamento da dívida do Estado com a União, em 2018, ainda na gestão de Luiz Fernando Pezão (MDB).

O Sintsama-RJ está convocando os trabalhadores da Cedae para fazer um grande movimento hoje dia 04/02, já na abertura dos trabalhos na Alerj, para pressionar os deputados estaduais a criarem uma CPI que investigue o desmonte da Cedae, que vem provocando a queda na qualidade da água oferecida para a população do Rio de Janeiro.

Para o Sindicato, é preciso apurar o que está por trás desse interesse em tirar do povo a mais importante empresa do estado (Cedae) e responsabilizar os dirigentes que promovem esse desmonte.

A Cedae vem passando por um desmonte intenso. “No ano passado foram demitido 54 técnicos experientes com nível superior, sem nenhuma reposição e realizado três Programas de Demissão Voluntária (PDV) com a saída de 1.000 técnicos com vasta experiência. Falta investimento na empresa e a realização de um concurso público para realizar um melhor atendimento para a população do Rio,” argumenta o presidente do Sintsama, Humberto Lemos.

É só juntar os fios para saber quem está por trás da sabotagem na CEDAE.

 

*Da redação

Comente