Mês: março 2020

Regina Duarte, a namoradinha do Brasil. apoia a política genocida de Bolsonaro

Dá para traçar uma lista de celebridades mórbidas que apoiam o direito de Bolsonaro exigir que o povo morra para salvar lucros de grandes empresários. E Regina Duarte é uma dessas cidadãs que cultuam a fala de seu amo. Isso é pior do que a fala do imbecil do Roberto Alvim imitando o chefe da propaganda nazista.

A solidariedade de Regina Duarte ao genocídio proposto por Bolsonaro é das coisas mais repugnantes que o Brasil já viu.

Se para Bolsonaro quem tem que sobreviver é o mercado e não as pessoas, para Regina Duarte, quem tem que ser apoiado e ovacionado é o Jerico dessa ideia. Ou seja, Regina quer o assassinato cotidiano de brasileiros expostos a um vírus que tem mostrado uma letalidade impressionante no mundo.

São essas as ideias e valores da secretária de cultura de Bolsonaro, que enxerga nos seres humanos obstáculo para o desenvolvimento do mercado e a multiplicação de lucros dos que pensam no país de forma individual.

Vindo isso de um jumento como Bolsonaro, é normal. Em todos os discursos ornamentais do camarada, e são numerosos, ele enaltecia pedófilos, torturadores, assassinos, estupradores como Brilhante Ustra e Pinochet. Isso, sem falar do seu envolvimento com as práticas da milícia para a qual fez inúmeros discursos na Câmara dos Deputados defendendo esse tipo de contravenção e organização criminosa.

Agora, imaginar uma pessoa que, diante do mundo das artes, teve um mínimo de conhecimento de humanismo, reproduzir as barbaridades de um fascista, exaltando seu discurso assassino, é algo que nem o mais irracional dos irracionais poderia imaginar.

Para Regina Duarte, o esgoto está dois andares acima. E a história lhe reserva o troféu da escória.

https://www.instagram.com/p/B-J1yg8nIis/?utm_source=ig_web_copy_link

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Vídeo – Lula sobre Bolsonaro: “Ou esse cidadão renuncia ou faz o impeachment dele”

“Ele não quer a verdade. Ele quer criar o caos”, alertou Lula.

O ex-presidente Lula e o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, realizaram uma transmissão ao vivo nesta quarta-feira (25) comentando sobre a crise do novo coronavírus e a postura do presidente Jair Bolsonaro.

Lula criticou duramente a forma com que o ex-capitão tem lidado com o surto da doença e sugeriu o fim do governo. “Ou esse cidadão renuncia, ou faz o impeachment dele, porque não é possível que alguém seja tão irresponsável de brincar com a vida de milhões de pessoas”, declarou.

“Os partidos políticos, não apenas os de esquerda, todos do Congresso Nacional, devem começar a discutir muito seriamente o que vai acontecer com o Bolsonaro”, disse ainda o ex-mandatário.

Para o ex-presidente, o pronunciamento de Bolsonaro foi uma “demonstração de inabilidade política tremenda”. “Ele não estava preocupado com o coronavírus. Ele está preocupado com ele. Estava preocupado com o público a quem ele queria se dirigir para manter o clima de acirramento”, declarou.

“O pronunciamento acirra os ânimos contra governadores e prefeitos”, disse ainda.

Segundo Lula, Bolsonaro nunca fez questão de pensar em todos. “Ele foi eleito por uma parcela e tanta governar tentando dar respostas a uma pequena parcela, sempre com um discurso raivoso”, disse.

O ex-presidente criticou ainda a postura da Confederação Nacional das Indústrias. “O movimento sindical deveria partir pra cima da CNI. Nada que esse governo faz é de graça. Tudo que é feito parece que busca atender os interesses maquiavélicos do presidente da República”, afirmou.

https://www.facebook.com/Lula/videos/510333092917920/?t=0

 

 

*Com informações da Forum

 

Vídeo: Dono da Giraffas desautoriza filho playboy e o demite depois de postar um vídeo

CEO do grupo de fast-food brasiliense não gostou de ter o nome da empresa relacionado a vídeos feitos por Alexandre Guerra na web.

Um vídeo gravado por Alexandre Guerra, até então membro do conselho de administração da rede de fast-food brasiliense Giraffas, causou irritação dentro da própria empresa, ao dizer que trabalhadores em casa por causa do novo coronavírus se encontram “numa tranquilidade”. Desagradou também a Carlos Guerra, pai dele e CEO do grupo, que tirou Alexandre da função.

Alexandre havia afirmado que a quarentena é um “descanso forçado” que atrapalha a economia do país. “Você já seu deu conta que, em vez de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego?”, questionou o empresário, que concorreu ao governo do Distrito Federal nas eleições de 2018.

Confira o vídeo de Alexandre Guerra, reproduzido em uma conta do Twitter:

https://twitter.com/NELSONPIRESNT/status/1241770117123452928?s=20

Carlos Guerra respondeu em outro vídeo. Primeiro, ele se apresenta como fundador do Giraffas, presidente do conselho de administração, maior acionista e CEO da empresa. Depois, diz que o grupo não apoia nenhum governo, porque os vários associados têm visões ideológicas diversas. “Somos uma empresa pluralista”, afirma.

Então, avisa que ninguém é autorizado a ser porta-voz do Giraffas e dar declarações em nome deles. “Neste momento, só eu estou autorizado.”

“Alexandre Guerra é meu filho e fez gravações de vídeos que nós não concordamos e pedimos que não fossem conectadas ou vinculadas ao Giraffas. Infelizmente, por motivos óbvios, isso aconteceu”, explica Carlos.

“Concordamos no entanto que, para evitar esse tipo de vínculo, Alexandre deixe de ser acionista da empresa e deixe o cargo de membro do conselho de administração”, diz.

Veja a resposta de Carlos Guerra:

https://youtu.be/o1PeETB_qiw

 

*Com informações do Metrópoles

Insanidade: Seguindo a fala de Bolsonaro, Crivella vai abrir gradativamente o comércio do Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), informou hoje nas redes sociais que pretende ordenar a reabertura gradual do comércio na cidade. “A partir de sexta (27), começaremos a abrir, aos poucos, alguns comércios, como lojas de material de construção e lojas de conveniência (postos de gasolina).”

O anúncio acontece após pronunciamento feito ontem à noite pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente afirmou que a covid-19 é uma “gripezinha” e que a população deveria “voltar a normalidade”.

Segundo Crivella, haverá um trabalho de conscientização da população para que não haja “aglomeração”. Postos de gasolina e lojas de material de construção estarão autorizadas a funcionar normalmente.

 

 

*Com informações do Uol

Abandono: Sem água nem esgoto, moradores da Cidade de Deus enfrentam o medo da epidemia

Com cerca de 38 mil moradores, a Cidade de Deus foi a primeira comunidade carioca a ter um caso de coronavírus confirmado pelas autoridades municipais. Outros 19 estão sendo investigados somente na favela de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, que sofre sem abastecimento regular de água e sem tratamento de esgoto. Com muitos vivendo em até um único cômodo e em péssimas condições de higiene, cumprir a determinação de não sair de casa é quase impossível, e o medo da pandemia de coronavírus se espalha.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, são investigados 61 casos suspeitos da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, em comunidades do Rio. Numa das áreas mais miseráveis da CDD, o Brejo, conhecido como “a favela da favela”, que surgiu logo depois das Olimpíadas de 2016, o medo da pandemia é ainda maior. Lá, as casas são de madeira, e as condições sanitárias são o oposto das recomendadas para o combate à doença que assusta o mundo. Em termos de serviços públicos, moradores da região vivem ao deus-dará, ou seja, entregues à própria sorte.

A desempregada Deise Moreira do Espírito Santo, de 32 anos, divide um barraco de menos de 12 metros quadrados no Brejo com o marido e sete filhos — de 14, 11, 9, 8, 4 e 2 anos, além de um bebê de cinco meses. As telhas da casa estão caindo, e a família precisa esperar a chegada da água, que é incerta, para poder ter um mínimo de higiene.

— A nossa maior dificuldade é a falta de água e de comida — conta Deise.

Marido de Deise, o entregador Valmir Rodrigues Santos, de 39 anos, não vai para o trabalho desde que o patrão suspendeu as atividades, há mais de uma semana. Desolado, ele afirma que em poucos dias começará a faltar alimento para a família e diz que seu maior medo hoje é ser infectado pelo novo coronavírus.

— Já pensou? Vamos para onde? Se eu pegar isso, não terei como proteger meus filhos.

Muitos dos cerca de 700 moradores da localidade do Brejo catam restos de comida, frutas e legumes, num lixão na Estrada do Urubu, em Jacarepaguá, onde sacolões deixam as sobras de mercadoria que não foram vendidas. Aos 101 anos, Hilda Ramos vive de pensão e mora com um filho e um neto. Ela conta que não tem condições de arcar com os custos da compra de álcool gel ou máscara para se proteger do tão temido novo coronavírus.

— A gente vai levando a vida. Foi assim que Deus quis. A gente só queria um pouco de dignidade — desabafa a idosa.

Uma das fundadoras do SOS CDD, a cabeleireira Gisela Maria Lopes alerta:

— Tem criança aqui que morre de pneumonia por causa da insalubridade. Elas precisam que as autoridades olhem por elas.

A diarista Joana Célia da Conceição, de 53 anos, vive em uma casa de oito metros quadrados ao lado de um valão, no Brejo, com cinco filhos e 11 netos. Para a família, falta água para beber. Que dirá para lavar as mãos, hábito fundamental na prevenção ao coronavírus.

— Vivemos com essa quantidade de gente aqui em casa. Temos pouca comida e nos viramos como dá. A água é pouca e damos prioridade para beber. Como vamos lavar (as mãos) de tempos em tempos? Aqui é muito difícil (ter água). Nosso maior medo é essa doença chegar aqui e pegar todo mundo de surpresa. Infelizmente, hoje em dia tenho que sair de porta em porta pedindo as coisas para conseguir manter a minha família de barriga cheia — afirma Joana.

A Cedae prometeu enviar 40 carros-pipas para comunidades da Região Metropolitana. Em nota, a companhia informou que, entre o dia 16 e a última terça-feira (24), foram feitos 561 atendimentos de serviços operacionais somente em comunidades do Grande Rio. A Cedae também destacou que mantém núcleos permanentes de atendimento dentro das favelas com equipe em contato direto com moradores e associações. A estatal pediu ainda que ninguém manuseie bombas e registros da empresa para evitar causar danos.

 

 

*Com informações do Extra

Imprensa internacional horrorizada com Bolsonaro: ‘Incendiário’, ‘inacreditável’ e ‘contraditório’

A imprensa europeia destaca hoje as declarações do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão realizado na noite de ontem. Para os jornais, as declarações do líder da extrema-direita do Brasil sobre a pandemia de coronavírus são “incendiárias”, “difíceis de acreditar” e vão de encontro com as próprias recomendações do Ministério da Saúde do país.

Para o jornal francês Le Monde, o presidente “minimiza os riscos relacionados à pandemia da covid-19 ao criticar as medidas tomadas em diversas cidades e Estados do país, em um momento em que um terço da população mundial é colocada em confinamento”.

O diário também destaca que Bolsonaro acusou as mídias do país de propagar “histeria”, diante da pandemia que já causou mais de 18 mil mortos no mundo. “O Brasil está protegido da doença, segundo ele, devido ao clima quente e a população majoritariamente jovem”, reitera a matéria.

O jornal Le Parisien lembra que, no momento do discurso de Bolsonaro, o Brasil contabilizava 2.201 casos de coronavírus e 46 mortes. “Mas as deficiências do sistema de saúde, além da pobreza e a insalubridade nas quais vivem uma grande parte da população, ameaçam agravar a epidemia na primeira economia da América Latina”, afirma o diário.

Discurso resultou em “panelaços”

O jornal britânico The Guardian destaca que o presidente brasileiro declarou que “nada sentiria” caso fosse contaminado pela covid-19. A matéria classifica as afirmações do presidente como “incendiárias” e ressalta que o discurso provocou grandes “panelaços” no Rio e em São Paulo. The Guardian lembra que as duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio e muitas outras em todo o país, confinaram seus moradores “para salvar vidas”.

O jornal também destaca que muitos opositores de Bolsonaro acreditam que sua resposta à epidemia de coronavírus no Brasil “vai ser o fim de sua carreira política”.

Em editorial, o jornal espanhol El País analisa como a América Latina lida com a pandemia e afirma que Bolsonaro “é o pior caso” entre alguns líderes da região que tentam minimizar a situação. Para o diário, o presidente está mais preocupado com a briga política com os governadores de São Paulo e do Rio – estados que concentram 60% dos casos de coronavírus do Brasil – do que com os riscos da pandemia.

“E os riscos são gigantescos!”, afirma o editoralista. “As declarações oficiais de que o Brasil dispõe de recursos suficientes para enfrentar esse tsunami são difíceis de acreditar”, reitera o artigo. Para El País, a situação catastrófica de falta de material médico, hospitais e profissionais da área da saúde que vivem atualmente a Europa e os Estados Unidos pode se repetir no Brasil. “O vírus se comporta de maneira similar em todas as latitudes”, conclui.

Contra recomendações do Ministério da Saúde

Na live que faz diariamente em seu site, o jornal português Público lembra que o apelo de Bolsonaro pela reabertura das escolas e o restabelecimento do funcionamento do comércio contrariam as recomendações do próprio governo brasileiro. “No site, o Ministério da Saúde brasileiro aconselha a população a evitar aglomerações, a reduzir os deslocamentos para o trabalho, defendendo o ‘trabalho remoto’ e a ‘antecipação de férias em instituições de ensino’, especialmente em regiões com transmissão comunitária do vírus”.

O jornal também destaca que Bolsonaro subestima a pandemia, ao afirmar que se fosse contaminado “não precisaria se preocupar”. “O chefe de Estado do Brasil já se submeteu a dois exames ao novo coronavírus, ambos de resultado negativo, segundo o próprio. A imprensa pediu a divulgação pública dos resultados, mas sem êxito”, conclui o diário.

 

 

*Com informações do Uol

A estratégia de Bolsonaro foi falar de um suposto colapso na economia para não falar do inevitável colapso na saúde

Todos discutindo o que Bolsonaro disse, mas e o que ele não disse?

Ninguém, certamente, esperava Bolsonaro mostrar o resultado do seu exame e o da sua esposa, menos ainda o extrato bancário do depósito de Queiroz na conta da primeira-dama ou do Flávio e do resto do clã. Falar algo sobre a morte de Bebianno, Adriano da Nóbrega e o assassinato de Marielle, e de onde os assassinos se deslocaram do Vivendas da Barra ao centro do Rio para executá-la.

Bolsonaro imagina que isso já esteja superado, mexeu os pauzinhos aqui, ali, colocou Moro para fazer pressão em cima do porteiro, sumiu com o Coaf, tudo com a luxuosa ajuda do GSI. Por isso ninguém imaginou que seu pronunciamento tivesse algum componente dos crimes com os quais o clã está envolvido.

Bolsonaro partiu para o diversionismo mais tosco e colocou não só o país, como a imprensa internacional para descer a lenha em sua demência.

Mas e o que ele não disse?

Primeiro, não deu a mínima assistência à imensa maior parte da população. Segundo, Bolsonaro foi alertado pela Abin sobre a quantidade de mortes que o vírus provocará e que será imensamente maior se as medidas de prevenção não forem devidamente tomadas, ainda assim, a tragédia será agravada com o colapso do sistema de saúde, ou seja, muito mais mortes acontecerão também em função de outras doenças e por absoluta falta de estrutura de atendimento.

Para ficar bem claro, muito mais gente morrerá de infarto por falta de atendimento, assim como de diabetes, AVC, câncer e outras doenças provocadas por outros vírus como do sarampo, influenza, H1N1, entre outras.

A questão não é se vão morrer velhinhos com uma gripezinha, mas quem vai precisar ser hospitalizado para não morrer com o coronavírus e outras enfermidades devido a um colapso no sistema de saúde. Isso não ataca somente os velhinhos, mas todas as faixas etárias, do netinho ao vovô.

Bolsonaro deveria anunciar medidas de contenção do coronavírus, principalmente direcionadas para as camadas mais pobres da população, não simplesmente por serem as maiores vítimas, porque o colapso no sistema de saúde atingirá a todos, sem distinção.

Foi um discurso cômodo em que ele criou polêmicas para não se comprometer com a saúde de todos os brasileiros, porque esse é o grande perigo, o descontrole total e não o discurso binário.

E o que Bolsonaro disse sobre isso? Nada, nem um pio. Aliás, ele produziu um discurso idiota como o de vendedores de bugigangas como o Véio da Havan e dos donos de podrões de lanchonetes como a Girafa, por exemplo, já que não vale a pena comentar a fala do ancião de 65 anos, com síndrome de Peter Pan, Roberto Justus.

São esses empresários brasileiros a grande referência do pensamento econômico de Bolsonaro na crise do coronavírus, imagina isso!

Então, meus caros, Bolsonaro, com seu sofisma destilando estupidez oficial, acabou monopolizando as manchetes da mídia e fugiu de qualquer responsabilidade com a tragédia anunciada, como se não fosse o presidente da República e não tivesse qualquer compromisso com o colapso que, inevitavelmente, virá no sistema de saúde e provocará a morte de milhares de brasileiros com ou sem o coronavírus, como ocorreu na China, na Itália e na Espanha que também já ultrapassou o número de mortes na China.

Caminho que os EUA está fazendo com passos largos, conforme números do
Coronavírus no país:
14-03: 1700 casos, 41 mortos.
24-03: 55200 casos, 800 mortos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Carta do Cônsul da China no Rio de Janeiro

O Consulado da China no Rio de Janeiro, através da Câmara de Integração, Desenvolvimento e Comércio Brasil e China (Cidecom), emitiu a seguinte nota à imprensa:

“Ninguém é permitido se aproveitar do Covid-19 para prejudicar as relações China-Brasil” (Li Yang, Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro)

“Recentemente, um artigo publicado em um site de notícias no Brasil argumentou que a China produziu e propagou deliberadamente o Covid-19 a fim de provocar a queda das bolsas globais e, depois, aproveitar a oportunidade para comprar ações cujos valores subiriam quando passasse a pandemia, e, assim, faria ganhos com tal manobra. O autor afirmou, ainda, que as epidemias ocorridas na China, como a SARS em 2003, teriam sido manipuladas artificialmente com o mesmo objetivo. Este artigo enfeitiçou muitas pessoas no Brasil.

“Assim, visando valorizar e salvaguardar as cooperações amigáveis entre a China e o Brasil, faço um apelo sincero aos amigos brasileiros para que reconheçam as intenções funestas e desastrosas da mensagem daquele autor. A afirmação feita por ele revela ignorância dos fatos e desumanidade no propósito. Ele, certamente, não sabe quantos sacrifícios foram feitos e tampouco sabe os elevados custos pagos pelo povo chinês para vencer o desastre súbito. Foram enormes as perdas econômicas e a pressão financeira causadas pela suspensão das atividades econômicas e sociais na China por cerca de dois meses, pelos testes feitos na população, os isolamentos e tratamentos realizados para quase 100 mil casos suspeitos e mais de 80 mil casos confirmados do Covid-19. Tivemos, com muito pesar, mais de 3 mil óbitos dos nossos compatriotas, entre os quais cerca de 200 médicos e enfermeiras que sacrificaram as suas vidas na frente de combate ao Covid-19.

“Tudo isto já causou um trauma psicológico inimaginável ao povo chinês porque essas vidas não podem renascer, não importa quanto dinheiro você tenha! Mas essa cena trágica se tornou parte de uma mentira aos olhos do autor referido, que viu o combate ao Covid-19 do povo chinês como o filme de Chaplin que conta a história de um filho que quebra intencionalmente a janela da casa das outras pessoas para que o pai dele, depois, ofereça os serviços de troca do vidro e, assim, ganhar algum dinheiro. Como ele podia ter sangue tão frio?! Ele é uma pessoa com sinofobia e cheia de preconceitos políticos contra a China. A história da civilização humana é praticamente uma história da luta dos seres humanos contra os vírus. Na Idade Média, a peste negra, que se disseminou em muitos países europeus, reduziu cerca de um terço da população europeia na época.

“A Gripe de 1918, iniciada nos Estados Unidos, causou a morte de pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo. A Influenza (H1N1), iniciado nos EUA e no México em 2009, propagou-se para 214 países e levou ao falecimento de quase 18,5 mil pessoas. Na opinião do autor, essas famosas epidemias na história foram nada mais que desastres naturais, enquanto o SARS que surtiu na China em 2003 e a atual pandemia de Covid-19 teriam sido alguma conspiração escondida! O autor ignora fatos que não o ajudam a atacar a China, tais como as evidências de que o surto de Covid-19 já teria acontecido nos EUA no ano passado, anteriormente ao surto em Wuhan, e que fora considerado pelas autoridades norte-americanas como uma influenza normal, bem como o fato de que, depois de conter a epidemia no seu país,a China continua a ajudar 82 países a combater a pandemia de Covid-19. Qualquer coisa que ajude a difamar a China, mesmo um rumor como “os chineses comem morcego”, foi escrita pelo autor em seu artigo. De maneira hipócrita e venenosa o autor transmite um “vírus político” e provoca discriminação e conflitos racistas. Ele é uma pessoa que odeia e faz todo o possível para descrever os chineses como egoístas, gananciosos, bárbaros e terríveis, é para provocar medo e desgaste dos brasileiros com os chineses, é para danificar o entendimento e a confiança mútua, bem como a amizade cada vez mais profunda entre os dois povos, é para impedir o aprofundamento da cooperação China-Brasil que se baseia sempre no benefício mútuo em diversas áreas, e é para criar dificuldades e obstáculos ao desenvolvimento da Parceria Estratégica Global China-Brasil.

“Não podemos subestimar os danos causados pelo artigo sobre as relações sino-brasileiras, especialmente neste momento chave m que ambas as partes estão fazendo esforços para promover a cooperação no combate ao Covid-19. Este racista, através de sua “teoria conspiratória” sobre o combate ao Covid-19 do povo chinês, conseguiu enganar bastante brasileiros que não conhecem a verdade. O que ele faz é praticamente colocar sal na ferida não curada do povo chinês! Ele é uma pessoa sem confiança em vencer a pandemia, mas sim com toda a vontade de culpar os inocentes. Infelizmente a pandemia do Covid-19 chegou à bela terra brasileira. Culpar a China pelo surto da pandemia no Brasil é mais um objetivo que o autor não podia esperar para alcançar. Sem a coragem de enfrentar a pandemia junto com o povo brasileiro, ele ainda sonha tornar-se um herói com os elogios dos seus fãs, e por isso, ataca maliciosamente o povo chinês.

“No entanto, espero que os amigos e amigas brasileiros considerem seriamente as seguintes perguntas: o Brasil ganhará alguma coisa ao atacar a China? Imaginação louca conseguirá culpar a China pelo surto da pandemia? Criar rumores para confundir o povo conseguirá verdadeiramente unir toda a nação brasileira para derrotar este vírus tão perigoso?

“Caros amigos e amigas brasileiros, a única opinião correta daquele autor é que a nação chinesa está determinada a se tornar mais rica e forte. De fato, a civilização chinesa, com seus cinco mil anos de história, está realmente cada vez mais poderosa. Isso não resulta dos pequenos truques “recomendados” pelo autor, mas sim da firme liderança do Partido Comunista da China, e das virtudes do povo chinês que aquele tipo de pessoa nunca possuirá: unidade, trabalho duro e sabedoria.”

 

 

*Do Jornal do Brasil

Somente depois da intervenção de Lula, presidente da China, Xi Jinping, aceitou conversar com Bolsonaro

Dois dias depois de Lula enviar uma carta a Xi Jinping se desculpando, em nome do povo brasileiro, pela degradante agressão de Eduardo Bolsonaro à China, assim como Ernesto Araújo, com consentimento de Bolsonaro, o presidente chinês, que não atendeu a mais de um telefonema de Bolsonaro, resolveu, sem dúvida alguma, perdoar o Brasil, em nome dos cidadãos brasileiros e da relação dos governos Lula e Dilma com a China, período em que houve os maiores avanços nas relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, culminando na criação do BRICS.

Bolsonaro, lógico, ignorou em seu twitter a intervenção de Lula, assim como a própria Globo fez de conta que a carta de Lula ao presidente chinês nunca existiu.

Mas não há como negar que Lula extraoficialmente, em nome do prestígio que goza com o Partido Comunista Chinês, reatou as relações diplomáticas com a China.

Isso mostra a montanha que separa um estadista como Lula de um imbecil como Bolsonaro.

Lula tem reserva moral na bagagem para fazer tal pedido e ser prontamente atendido pelo líder da segunda maior economia do planeta.

Bolsonaro, de forma vergonhosa, já havia sido espinafrado por um jornal oficial do Partido Comunista Chinês que avisou que não toleraria agressões, lembrando a ele que o Brasil, com Lula e Dilma, estabeleceu relações comerciais extremamente vantajosas. Isso, logo no começo do governo Bolsonaro que, para agradar Trump, de forma estúpida resolveu agredir a China.

O fato é que Bolsonaro não governa nada e a cada dia que passa fica mais desacreditado dentro e fora do país, tendo que contar com o capital político de Lula e Dilma que os credencia a falarem a vários países em nome do povo brasileiro para que Bolsonaro não isole ainda mais o país diante da comunidade internacional. Este é o fato.

Leia aqui a íntegra carta de Lula a Xi Jinping:

São Bernardo, Brasil,
20 de março de 2020

“Caro presidente Xi Jinping,

Em nome da amizade entre os povos do Brasil e da China, cultivada por sucessivos governos dos dois países ao longo de quase cinco décadas, venho repudiar a inaceitável agressão feita a seu grande país por um deputado que vem a ser filho do atual presidente da República do Brasil.

Tal atitude, ofensiva e leviana, contraria frontalmente os sentimentos de respeito e admiração do povo brasileiro pela China. Creio expressar o sentimento de uma Nação, que tive a responsabilidade de presidir por dois mandatos, ao pedir desculpas ao povo e ao governo da China pelo comportamento deplorável daquele deputado.

Como é de seu conhecimento, setores expressivos da sociedade brasileira condenaram aquela agressão, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

Lamento, entretanto, que o atual governo brasileiro não tenha feito ainda esse gesto pelos canais diplomáticos e por meio do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que deveria ter sido o primeiro a tomar tal atitude. Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia.

Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo. Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.

Este governo passará, sem ter estado à altura do Brasil, mas nada poderá apagar os laços de amizade e cooperação que vimos construindo desde 1974, quando o então presidente Ernesto Geisel restabeleceu as relações entre o Brasil e a República Popular da China.

Praticamente todos os presidentes brasileiros, desde então, fortaleceram nossa relação nos mais diversos campos. Recordo que, ainda em 1988, o presidente José Sarney assinou os acordos para a construção do satélite sino-brasileiro, que viria a ser lançado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 1994, os presidentes Itamar Franco e Jiang Zemin estabeleceram a Parceria Estratégica Brasil e China, que tem frutificado em benefício mútuo. Desde 2009 a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em meu governo, o Brasil reconheceu a China como economia de mercado e construímos juntos os BRICS, inaugurando um novo capítulo na ordem mundial.

Recentemente, expressei minha solidariedade ao povo e ao governo da China no enfrentamento ao coronavírus. Recebo agora a notícia de que os esforços admiráveis nesse combate resultaram na interrupção, pelo segundo dia consecutivo, da transmissão do vírus em seu país. Parabéns por esta vitória e sigam lutando.

Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito. Um país com o qual desejamos manter e aprofundar as melhores relações de amizade e cooperação, inclusive no combate à grave pandemia que também nos atinge.

Receba minha saudação respeitosa e fraterna, que se estende a todo o povo chinês,

Luiz Inácio Lula da Silva

 

*Da redação

Crise institucional: Presidente do Senado divulgou nota repudiando pronunciamento de Bolsonaro

A presidência do Senado, representada por Davi Alcolumbre (DEM-AP) e pelo vice-presidente, Antonio Anastasia, divulgou uma nota repudiando o pronunciamento de Jair Bolsonaro feito na noite desta terça-feira 24, em que ele minimiza o problema da pandemia de coronavírus e pede para o Brasil “voltar à normalidade”.

No texto, o presidente e o vice-presidente do Senado apontam irresponsabilidade na fala de Bolsonaro. “Neste momento grave, país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje”, diz o comunicado.

A nota diz ainda que “não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos. É momento de união” e diz que “a Nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade”. Leia a íntegra:

Outros parlamentares e políticos manifestaram perplexidade com o pronunciamento de Bolsonaro.

Confira:

 

 

 

*Com informações do 247