Mês: agosto 2020

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Nassif revela como Rodrigo Maia está nas mãos da família Bolsonaro

Roberto Bertholdo, preso no esquema Witzel, foi um dos operadores da eleição de Rodrigo Maia.

De acordo com o jornalista Luis Nassif, Roberto Bertholdo, advogado recentemente detido pela Lava Jato do Rio, “foi um dos braços direitos do atual líder do Centrão, deputado Ricardo Barros, ex-Ministro da Saúde”. O advogado, afirma o jornalista, “se tornou o ‘facilitador’ de apoios ainda indecisos” à eleição de Rodrigo Maia para a presidência da casa”.

Era na sauna de sua mansão, no Lago Sul, que os deputados se encontravam com Maia e negociavam o apoio político no ambiente da sauna – sem chance para escutas ou grampos.

Um dos trunfos da família Bolsonaro contra Rodrigo Maia é Roberto Bertholdo, advogado curitibano recentemente detido pela Lava Jato do Rio de Janeiro, acusado de falcatruas na área de saúde. Ele se tornou um dos principais operadores do Centrão.

Bertholdo foi um dos braços direitos do atual líder do Centrão, deputado Ricardo Barros, ex-Ministro da Saúde no governo Bolsonaro. Foi nesse período que passou a ser mais conhecido em Brasilia, quando se tornou o “facilitador” de apoios ainda indecisos à eleição de Rodrigo Maia para a presidência da casa.

Era na sauna de sua mansão – sem chance para escutas ou grampos -, no Lago Sul, que os deputados se encontravam com Maia e negociavam o apoio político . Vinhos finos, lagostas e camarões, preparados pelo próprio anfitrião, completavam os encontros que, aliás, não ficavam restritos a parlamentares.

Com isso, Bertholdo tornou-se um dos principais operadores do Centrão.

As fotos mostram Bertholdo celebrando a eleição de Rodrigo Maia, entre deputados, no espaço restrito reservado aos parlamentares.

Esta semana, Bertholdo foi detido pela Lava Jato Rio por acusações de falcatruas na saúde do Rio de Janeiro.

 

*Luis Nassif/GGN

 

O fim da era da isenção

Durante todo esse tempo em que a “história” foi escrita pela mídia em que muitos aventureiros de má fé, claro, mergulharam de cabeça nas infames matérias de ataque de ódio a Lula e Dilma, uma outra parcela se atreveu a denunciar a mão do mercado por trás dos barões da mídia, tendo na vigorosa militância petista o ponto de maior resistência.

Em meio a isso, um grupo detentor de uma suposta isenção, omitiu-se por não entender exatamente o que estava acontecendo diante de um verdadeiro bombardeio diário que unia judiciário, Globo e congêneres, através da farsa do mensalão e, depois, da Lava Jato.

À medida em que os símbolos heroicos, forjados pela mídia através de uma informação confusa para ser confusamente compreendida, foram perdendo cor, brilho e, por outro lado, uma linha técnica da justiça passou a adotar um tom acima contra o que estava por trás daquela orquestração, parte da sociedade começou a participar do debate e questionar as lacunas que uma farsa, naturalmente, deixa.

Daí em diante, a tendência dessa parcela que se mostrava isenta, foi a de optar por um lado, principalmente durante a pandemia. Esse lado foi determinante, porque partiu do confronto que Bolsonaro resolveu fazer contra a ciência, em nome dos interesses do mercado, sempre ele.

Ali ficou estabelecido um divisor de águas e caiu por terra a famosa escolha difícil da jornalista Vera Magalhães em editorial do Estadão que, sorrateiramente, colocava Bolsonaro alguns degraus acima de Haddad, mesmo diante do histórico monstruoso que o genocida trazia em sua folha corrida.

Vera Magalhães paga e pagará caro o resto de sua vida por aquela insanidade, provavelmente encomendada pelo dono do jornalão. E se uma coisa puxa a outra, e Bolsonaro já era considerado inimigo da sociedade por uma parcela que, antes, se colocava como isenta, foi só juntar os fios do próprio raciocínio.

Daí que dentro dessa lógica começa-se a fazer uma avaliação do que orbita em torno de Bolsonaro. E o primeiro nome que vem é o de Moro. Nesse momento esse grupo já entende que Moro não presta, pois do contrário, não teria ido para o governo Bolsonaro.

Para entender que, se Moro não presta e, portanto, foi capaz de condenar e prender Lula sem provas para eleger Bolsonaro e garantir o seu ministério, foi um passo. E o restante do novelo foi se desenrolando num público que era isento, mas que também era pensante.

Então, a conclusão de que Lula, assim como Dilma, foram vítimas de uma trama que envolveu Aécio, Cunha, Jucá, Moro, Temer, entre outros personagens que nos capítulos seguintes do golpe em Dilma foram desmascarados por corrupção e, em seguida da prisão de Lula descobriu-se que a Lava Jato tentou tungar R$ 2,5 bilhões da Petrobras, somado ao vigoroso trabalhado do Intercept, que mostrou os intestinos podres da Força-tarefa de Curitiba em tabelinha com o juiz do caso, a coisa ganhou outro tempero que, como tudo, ganhou outro sabor a partir de um determinado tempo.

A partir de então, não se viu convulsões porque a pandemia impediu qualquer tipo de manifestação nas ruas contra não só Bolsonaro, mas o que foi armado para colocá-lo no poder, o que não impediu de trazer como resultado um bloco, mesmo fragmentado, de pessoas que estavam apenas assistindo a tudo isso para uma posição extremamente ativa contra o pardieiro em que foi transformado o país depois de toda essa trama.

A tendência é que esse movimento cresça cada vez mais, ganhando não só robustez, mas intensidade. Já o outro lado, que se nutriu da sabotagem da democracia patrocinada pelo grande capital, está cada dia mais encolhida vivendo de frases ainda mais curtas, tendo como referência gente imunda, como Augusto Nunes, Alexandre Garcia e outras xepas do jornalismo de esgoto que vêm o bolo da direita solar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Para Moro, a batalha política contra Lula já está perdida

Estava escrito nas estrelas, sem a armadura medieval que a toga lhe proporcionava, Moro seria um rato careca. Seu tamanho diminuiria na altura e dimensão de seu caráter.

Para piorar, a vitória momentânea de Dallagnol no CNMP, por prescrição, expondo a hipocrisia dos “heróis da Lava Jato”, foi um tiro que saiu pela culatra direto na testa de Moro, com uma exatidão matemática impressionante, tanto que, assim que os conselheiros livraram a cara de Dallagnol, o oráculo do supremo juiz da operação foi apedrejado, espinafrado no twitter, assim como o de Dallagnol.

Mas não para aí, a declaração de Fachin e, agora, até a declaração oportunista de Witzel dizendo que Moro foi parcial com Lula, mostram que no campo político dentro da sociedade o jeca de Curitiba está levando um sacode de Lula.

O Batman se transformou em um morcego qualquer, não tem mais o judiciário que lhe servia de batmóvel e, no tete-a-tete, tendo que enfrentar Lula com a bola dominada, o passeio seria fatal.

A questão nem é mais se Lula poderá ou não ser candidato em 2022 com o judiciário lhe devolvendo os direitos políticos, mas a conclusão que aquele esquartejamento monstruoso, digno de filmes de terror que a Globo, em parceria com Moro e sua Lava jato, quiseram promover contra Lula, deu ruim.

Ao contrário do que se vê por aí, enquanto o sujeito que está envolvido em mutretas, chora, passa mal, Lula foi para o enfrentamento, entregou-se à justiça sem hesitação, de cabeça erguida, o que fez dele um gigante ainda maior do que já era, porque empregou a mesma energia que tirou 40 milhões de pobres da miséria para defender a sua honra, coisa que Moro nunca soube e jamais saberá o que é.

Por isso a sociedade como um todo cada dia mais engrossa a caminhada de Lula por justiça, enquanto vê Moro como um juiz corrupto e ladrão, como sentenciou de forma definitiva, o grande deputado Glauber Braga (Psol-RJ).

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

Ver Bolsonaro refém dos pobres para conseguir uma sobrevida, não tem preço

Aquela gente, que durante os governos Lula e Dilma dizia odiar o Bolsa Família e consequentemente virou bolsonarista, hoje, vendo que Bolsonaro é refém do auxílio emergencial, ou seja, dos pobres, descobriu que é “socialmente consciente”.

O próprio Bolsonaro, que sempre cuspiu nos pobres em seus discursos de extermínio, agora, clama por eles para salvar os filhos da cadeia.

Sim, a conta de Bolsonaro segue a lógica de Dallagnol. Fazer os crimes do clã Bolsonaro prescreverem e livrar os filhos e ele próprio da cadeia. Crimes que já ocupam a capa do caderno internacional do New York Times.

Para isso, Bolsonaro precisa se reeleger e, para tanto, precisa desesperadamente do voto dos pobres, como mostrou o Datafolha, pois, do contrário, vai parar junto com filhos, esposa e ex-esposas na mesma gaiola de Queiroz e sua mulher.

Se isso que Bolsonaro planeja vai dar certo, não se sabe. O que se sabe é que ele só tem essa opção. Manter-se no poder e usá-lo para cercar galinha no terreiro dominado por aliados nas instituições de controle.

Por isso, ele não abre mão de sustentar de alguma forma o auxílio emergencial, porque já entendeu que Paulo Guedes é um blefe e que a economia será essa tragédia a que estamos assistindo, daí pra pior.

Então, que fique claro, não são os pobres que estão comendo na mão de Bolsonaro, é ele que está comendo na mão dos pobres. Pela vontade dele, mandaria fuzilar quem ele diz estar preocupado. Mas depende, para sua sobrevivência, da sobrevivência dos pobres.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

O que fez Witzel que Flávio não tenha feito, para o governador ser afastado e o senador, não?

O que motivou o Ministério Público a pedir, inclusive, a prisão de Witzel, negada pelo juiz, que não se assemelhe com o que nos estarrece sobre os esquemas que envolvem Flávio Bolsonaro, Queiroz e as esposas dos dois, além da loja de chocolate?

Até  aqui, de Witzel, não apareceu nada que se compare ao impressionante enriquecimento patrimonial de Flávio, num período recorde de tempo, sempre culminando com a mesma lavagem de dinheiro em que a grana é viva e, certamente, os valores são muito maiores do que os declarados.

Os escândalos diários de Flávio são menores que os de Witzel?

Já há praticamente dois anos que o Brasil sabe da relação de Flávio com o miliciano Queiroz e o senador segue cercado de proteção e absolutamente nada acontece contra ele.

Fica a pergunta: pau que dá em governador, não dá em senador?

Há uma administração política no judiciário que impede que se meça a corrupção de Flávio com a mesma régua usada para medir a de Witzel, mesmo que o país inteiro saiba que Flávio apenas herdou a carreira de picaretagem que o pai fez com Queiroz durante décadas?

Ora, estamos falando de uma dinastia de vigaristas que, comparada ao que se descobriu de Witzel, o transforma num trombadinha. Witzel é um mau-caráter, um papudo que achou que faria carreira empilhando corpos nas favelas e fazendo deles degrau para se mostrar mais violento e agradar os eleitores de Bolsonaro. Escrúpulo? Zero.

Imaginar que um sujeito desse perto do clã Bolsonaro, é um amador, é estarrecedor. Primeiro, porque essa família está no topo do poder. Segundo, porque diante do que aconteceu com Witzel que é um governador, não acontecer nada com Flávio que é um senador, ambos do mesmo estado, assombra, porque aí se vê dois pesos e duas medidas quando o que pesa sobre Flávio é infinitamente maior, até então, do que se sabe que pesa sobre Witzel.

Pela orientação do pai, aprendeu a fazer o esquema com Queiroz antes mesmo de aprender a ler. Assim, fica difícil entender os critérios que pautam o Ministério Público.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto: Igo Estrela/Metrópoles

 

 

 

 

Vice de Witzel, Cláudio Castro, assume Governo do Rio como refém do clã Bolsonaro

Presidente aumenta poderio no estado com afastamento de Witzel e investigação contra presidente da Assembleia.

A família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) amplia seu poderio no Rio de Janeiro com o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do governo e com as investigações em curso contra o presidente da Assembleia Legislativa do estado, o petista André Ceciliano.

Alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (28), o governador em exercício, Cláudio Castro, assume a vaga de Witzel como refém do clã.

Além da dependência financeira do estado, que ainda precisa renovar o ajuste fiscal com a União, Castro necessita de apoio político para governar.

Em um gesto de boa vontade, Castro até avisou a aliados que deixará o PSC, partido de Witzel, e que consultará a família do presidente da República antes de tomar decisões de impacto nacional. O PSC é presidido por Pastor Everaldo, antigo aliado, hoje desafeto de Bolsonaro e que foi preso também na sexta-feira.

Emissários de Castro informaram aos bolsonaristas que o governador pretende ouvi-los sobre a sucessão na Procuradoria-Geral de Justiça do Rio, onde tramitam casos de interesse da família, como o inquérito do suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa.

As negociações foram iniciadas antes mesmo da abertura de processo de impeachment contra Witzel. A indicação também serviria para tentar agradar deputados estaduais, que temem as investigações do Ministério Público.

A Constituição fluminense impede a repetição da estratégia adotada pelo presidente, que ignorou os três nomes mais votados pela categoria ao escolher Augusto Aras para chefiar a PGR (Procuradoria-Geral da República). O governador do Rio é obrigado a optar por um nome da lista tríplice eleita internamente.

Ainda assim, atender aos desejos da família presidencial poderá levar à quebra de uma tradição. Há 15 anos o escolhido é o mais votado da lista. Os candidatos também costumam se comprometer, por escrito, a recusar a indicação caso não lidere o pleito entre seus pares.

Procurado por aliados à espera de uma orientação, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que não pretendia se envolver diretamente na sucessão do governo, mas admitiu que preferiria ver Castro à frente da administração estadual.

O primogênito do presidente afirmou à Folha que “poderia ajudar mais uma pessoa que estivesse no lugar de Witzel”, que, segundo ele, se mostrou um traidor.

A aliados Castro disse ainda que vai substituir a maioria dos secretários herdados por Witzel. A ideia é nomear deputados para áreas de seu interesse.

Não foi apenas a derrocada de Witzel que expandiu a força bolsonarista no domicílio eleitoral do presidente. A família –que já exerce grande poder na prefeitura do aliado Marcelo Crivella– ganha musculatura quando o presidente da Assembleia é abalado por denúncias.

O petista André Ceciliano e o governador em exercício, Cláudio Castro, sofreram mandados de busca e apreensão na sexta-feira. Os investigadores suspeitam que os dois tenham se beneficiado de um esquema de desvio dos duodécimos do Legislativo do Rio (valores repassados pelos governos estaduais para o custeio das Assembleias Legislativas, como prevê a Constituição).

Na mira da PGR, Castro precisa de sustentação política para se manter no cargo. Ele afirma que jamais tratou de distribuição de duodécimos com Ceciliano, como disse o ex-secretário de Saúde Edmar Santos em delação premiada.

Se Witzel e o vice Cláudio Castro estivessem impedidos de assumir a administração do estado, Ceciliano ocuparia o cargo de governador. Caso ele também fosse impedido, tomaria posse o presidente do Tribunal de Justiça do estado, o desembargador Claudio de Mello Tavares.

No caso do afastamento de Witzel e de Castro até dezembro de 2020, ou seja, no período correspondente aos dois primeiros anos do mandato que teve início em 2019, seriam realizadas novas eleições diretas.

Se o afastamento ocorresse depois de dezembro, no período correspondente aos dois últimos anos do mandato, a eleição seria realizada de forma indireta pela Assembleia Legislativa, que decidiria quem ficaria à frente do “mandato-tampão”.

A eleição para o cargo de governador, direta ou indireta, só aconteceria no caso do afastamento definitivo de Witzel e de seu vice, aponta a advogada constitucionalista Vera Chemim.

O afastamento definitivo, segundo ela, acontece em duas situações. Primeiro, se o político for condenado por crime de responsabilidade e sofrer um processo de impeachment.

Segundo, se for condenado por crime comum com sentença transitada em julgado. O artigo 92 do Código Penal prevê como um dos efeitos da condenação a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo.

Já a Constituição determina no artigo 15 que a perda ou suspensão dos direitos políticos se dá no caso de condenação criminal transitada em julgado (após esgotadas as possibilidades de recurso).

Na sexta-feira, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes revogou decisão do presidente da corte, Dias Toffoli, de suspender a tramitação do processo de impeachment de Witzel na Assembleia do Rio.

Com isso, o ex-juiz terá mais três sessões para apresentar sua defesa. A expectativa é de que em até duas semanas o parecer da comissão seja colocado para votação em plenário. Nesta votação, os deputados decidem sobre a admissibilidade da denúncia contra Witzel.

Segundo o rito da Assembleia, se os deputados decidirem por maioria absoluta pelo recebimento da denúncia, o governador será afastado até que ocorra o julgamento definitivo.

Ainda que Witzel já tenha sido afastado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a decisão dos deputados é importante porque abre caminho para o afastamento definitivo.

O julgamento final é realizado por um tribunal misto, composto por deputados estaduais e desembargadores. São eles que decidem se Witzel será ou não afastado definitivamente.

*Ana Luiza Albuquerque, Catia Seabra, Italo Nogueira/Folha

 

Capa do New York Times pergunta para o mundo: por que o clã Bolsonaro e Michelle receberam dinheiro de Queiroz?

Pronto!
Deu no New York Times!

O maior jornal da terra, dedicou uma pagina inteira para perguntar ao planeta sobre o mistério dos depósitos de Queiroz na conta da primeira dama Michelle e do restante do clã Bolsonaro.

O esquema criminoso que desviava salários de servidores, que tinha como tesoureiro Fabrício Queiroz, ganhou fama internacional, mostrando o que o governo Bolsonaro hoje exporta “Escândalo de corrupção Made in Brazil!”

O jornal pergunta, por que os filhos de Bolsonaro e Michelle, a primeira-dama, receberam recursos do miliciano de Rio das Pedras, Fabrício Queiroz, tesoureiro do esquema?

Diz o jornal: “O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, estava visitando uma catedral na capital nos últimos dias quando um repórter fez uma pergunta: Presidente, por que sua esposa recebeu US$ 16.000 de um ex-assessor sob investigação de corrupção? A resposta foi agressiva, mesmo para um presidente conhecido por expressar sua raiva a jornalistas e críticos. ´O que eu gostaria de fazer´ , disse Bolsonaro ao repórter, ´é quebrar sua boca´

“Em seus dois anos de mandato, quando Bolsonaro e seu círculo íntimo, incluindo seus filhos, foram envolvidos em um número crescente de investigações criminais e legislativas, ele atacou repórteres, investigadores e até mesmo membros de seu próprio gabinete que o fizeram. ousou ir contra ele”, escreveram ainda os jornalistas. “Os brasileiros estão fazendo uma pergunta que pode ameaçar o futuro político do presidente Jair Bolsonaro: por que sua esposa e filho receberam pagamentos de um homem sob investigação por corrupção?”

O jornalista da Globonews Guga Chacra expôs hoje em seu twitter a matéria sobre o clã Bolsonaro no NYT: “Investigação de corrupção da família Bolsonaro na capa do caderno de Internacional do New York Times deste sábado”

*Da redação

 

Witzel, assim como Flávio Bolsonaro, usava contas para lavar dinheiro; Witzel caiu e Flávio segue impune

Por que o governador Wilson Witzel caiu e o senador Flávio Bolsonaro segue impune?

Segundo O Globo, a investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) detectou que Wilson Witzel usou, assim como Flávio Bolsonaro, dinheiro vivo para pagar contas superiores a R$ 1.000.

Na avaliação da PGR, essa prática tem nome, lavagem de dinheiro, prática usada por Sergio Cabral e Flávio Bolsonaro.

Cabral está preso, Witzel foi afastado, sofrerá impeachment e deve ser preso pelas práticas criminosas. E Flávio Bolsonaro, seguirá ileso com seu mandato, sem sofrer qualquer penalidade, praticando os mesmos crimes de Cabral e Witzel?

Investigadores da Polícia Federal apreenderam diversos pagamentos de  boletos em dinheiro vivo, segundo informações obtidas durante a apreensão contra Witzel no fim de maio, a quantidade de depósitos de Queiroz em dinheiro vivo nas contas de Flávio, de sua mulher e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, somado com o esquema de usar sua loja de chocolates como lavanderia, mostram que Witzel é um aluno aplicado do clã Bolsonaro, clã que abraçou a sua candidatura a partir de uma dobradinha entre Flávio e ele, além de ter como vice, Cláudio Castro, indicado por ninguém menos que o corruptaço pastor Everaldo, preso na mesma operação que cassou Witzel.

Como o malandro agulha, Flávio Bolsonaro, segue escapando da justiça diante de um quadro idêntico ao de Witzel e Cabral, pergunta-se, por que o filho do presidente da República não sofreu nenhuma punição? Por ser o filho do rei?

Na verdade, a cassação de Witzel torna insustentável a impunidade de Flávio Bolsonaro. Mas, pela comemoração de Bolsonaro com o afastamento de Witzel e a prisão do pastor Everaldo, fica evidente que o clã está munido de uma blindagem que não se tem extensão do tamanho.

Mas pelo tom sarcástico de Bolsonaro, não é coisa pequena, o que desmoraliza ainda mais a já desmoralizada justiça brasileira, com a Lava Jato de Moro que, não por acaso, foi ministro da Justiça e Segurança Pública do clã Bolsonaro e que, agora, apresenta-se como aspirante a candidato à presidência da República, mostrando, assim como Witzel, que o clã é uma grande escola do crime que tem formado os novos vigaristas e pretendem assumir o comando do Brasil nos próximos anos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

A mentirosa: Deputada Carla Zambelli não teve Covid-19, diz hospital

Essa figura tosca representa bem o bolsonarismo que é, antes de tudo, uma falange de gente mau-caráter que não tem o menor pudor em viver de picaretagem, mentiras e outras formas de mau-caratismo.

Como se observa na foto em destaque, a deputada vigarista não só inventou que estava com Covid, como teve a pachorra de fazer um banner dizendo que ficou curada da doença tomando cloroquina, o que foi compartilhado pelo, não menos charlatão, Olavo de Carvalho, mais conhecido como o mago dos tolos.

Essa gente, que vive nos intermúndios do bolsonarismo, não é só mentirosa, é perigosa, Flordelis que o diga.

É nítido que essa mulher comete crime ao receitar um medicamento que, além de ser descartado no mundo todo como cura da Covid, produz efeitos colaterais que podem ser letais. E quando Zambelli diz que tomou o medicamento e se curou da doença, com a cara mais lavada, a picareta grosseira sai da condição de vigarista inconsequente para criminosa, porque o objetivo é dizer que as pessoas podem andar sem máscara, desobedecer qualquer orientação sanitária, porque ela, a mando de Bolsonaro, receita a cloroquina e inventa a doença, inventa que tomou o remédio e estimula a propagação do vírus que, certamente, terá para algumas pessoas um resultado fatal, no momento em que o Brasil atinge a marca de 120 mil mortos pela doença, por culpa exclusiva de Bolsonaro e de bolsonaristas.

Essa coisa, chamada Carla Zambelli, que não tem classificação, é deputada da base de um governo que tem um caráter que se mede pela própria índole dessa figura de dar desgosto só de lembrar que é parte da xepa do bolsonarismo.

Agora, devidamente desmascarada pelo hospital DFStar aonde esteve internada, está como uma alucinada, contando uma segunda mentira, dizendo que nunca afirmou que estava com Covid e que o primeiro teste dela tinha dado positivo e, o segundo, negativo. Nem mentir a picareta sabe.

Zambelli ainda ameaça processar quem a acusa de mentirosa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas